quinta-feira, 13 de junho de 2013

Spi - protocolo fantasma

Tudo começou há muito tempo, quando o mestre de Spi, o melhor superespião do mundo, mandou que ele fosse atrás de um grego daqueles que bebem vinho de R$5,00 e roubam armas nucleares. Seria fácil de encontrá - lo por sua cara de abóbora pequena e o fato dele estar no guinness por ter os olhos mais claros do mundo inteiro, que poderiam ser vistos a milhares de quilômetros de distância, e por isso o nome dele é A. A de Abóbora, pior que o sol. Ele foi procurar no calçadão por atividade suspeita. E então encontrou o A de Abóbora, estava trocando os códigos de armamento das ogivas por diamantes de sangue de vidro. Spi sacou a arma, deu um tiro pro alto e disse: "Parado aí, porra!”. E a cara de pequena abóbora do grego ficou completamente surpresa. Deu um tiro na testa do cara com quem negociava os códigos, ficou com eles e os diamantes de bijuteria, e começou a atirar em todo mundo presente. Spi tentava disparar nele, só que no processo acertava todos ao redor dele, que morriam no mesmo instante. O pequena abóbora grego só acertava o pessoal na frente de Spi, que fez uma barricada com os cadáveres, para continuar errando e aumentando as baixas de civis de uma posição segura. Os passantes corriam por suas vidas, inclusive as mulheres que estavam andando de roller sem roupas. Todos levavam tiros nas costas e morriam, dano colateral do duelo de titãs. O pessoal tentava levar embora o máximo de comida que podiam para bem longe, inclusive as preciosas bolinhas de queijo! E tinha gente apática com um monte de batata frita mal - mastigada na boca, mas um monte mesmo, não conseguiam fechar a mandíbula. E o pequeno abóbora começou a fugir desesperado vendo Spi ao seu encalço, os dois correndo na mesma direção do povo, e Spi se aproximando correndo, atirando em todo mundo e falando pro A de Abóbora: "Para aí, porra! Vamos conversar!" Estavam perto de uma marina, A de Abóbora entrou nela com Spi logo atrás. Os dois continuaram matando gente, tacaram elas na água, derrotadas, e encheram o resto de coronhada. Entraram em lanchas gigantescas, e a perseguição continuou, assim como o tiroteio, que matou os peixes. Atropelaram os banhistas, que se afogaram, derrubaram jet-skis, e estragaram o feriado de bastante gente, os dois. A de Abóbora ficava puto que Spi não desistia jamais! A perseguição era tão intensa que nenhum deles viu as pedras no caminho, nas quais as lanchas bateram, rodopiaram no ar, e acertaram um farol, que explodiu num mar de chamas. Não sobrou nada dele, e nem das lanchas. Nisso, surge do nada uma música da Madonna pra todos ouvirem, que serviria de tema musical para basicamente tudo. Ouvindo - a, todos ficaram com inveja do pessoal todo que foi morto por aqueles dois, o casalzinho. Quando aquele atentado ao bem estar finalmente acabou, lá estavam A de Abóbora e Spi, curtindo com as sereias nas pedras do maaaaarr... comendo um peixinho frito com limão. Mas também estavam com pressa. Precisavam se aprontar logo, estarem bem apresentáveis, para o teatro de fantoches que ia ter na praça dali a 20 minutos!!E não estavam nem um pouco arrumados, estavam vestindo trapos chamuscados e sujos de sangue, com várias fraturas expostas, desdentados e muito ocupados se batendo, tentando matar um ao outro, pois eram inimigos de morte. Até que Spi interrompeu tudo, e disse que aquilo era uma insanidade. Ele sempre era a voz da razão e da experiência falando, nada podia contrariá - lo, quem contrariava ele era moleque. Quando ele falava, as mulheres se despiam, e esse era o único motivo pelo qual ele mantinha um blog. De qualquer forma, disse que de sua experiência com organizações terroristas, sabia que havia um homem por trás do homem por trás do homem por trás do homem, uma verdadeira fila de conga, e logo, disse que não havia sentido em A de Abóbora não entregar as informações que Spi queria nem continuar a trabalhar para sua organização, pois era descartável para seus superiores e não tinha sentido naquilo que ele fazia. E Pequena Abóbora viu a Luz. Então Spi perguntou a ele quem era seu chefe, ele disse que era um sujeito que atendia pelo nome de Arenque. Spi prometeu que uniriam forças para destruir Arenque, para privar o mundo do terrorismo, para solucionar os crimes, e Pequena Abóbora seria a mulherzinha. Isso era a única condição, e Pequena Abóbora aceitou de pronto. Os dois seriam que nem jornalistas, Spi como um pai – mãe (ou vice – versa) cuidando do filho demente. Pequena Abóbora saltitou de alegria, disse que o motivo pelo qual ele virou terrorista era que ninguém o levava a sério como jornalista sem diploma. E agora duas forças estavam unidas. Mas Arenque descobriu, e no dia seguinte o casalzinho acordou enforcado em praça pública. Como Spi era o agente mais sedutor do Serviço Secreto, milhares de mulheres fizeram romarias até o local e prantearam, prantearam, e em seguida foram pra justiça pra ver quem ia pagar a pensão dos filhos bastardos. Uma estátua de bronze foi erguida a ele em homenagem ao seu serviço à Pátria, e milhares de calcinhas foram jogadas nela. Enquanto isso, passavam pelo cadáver parcialmente decomposto, simplesmente jogado de Pequena Abóbora e se perguntavam quem era aquele palhaço. Agora que Spi, o agente secreto mais habilidoso de todos, sinônimo de sutileza e profissionalismo, como seus últimos dias provaram, estava morto, com uma música sem graça tocada por elfos como a última homenagem a ele, nada poderia deter os planos diabólicos de Arenque, que planejava escravizar a humanidade. E chegando em casa, aguardaria a mulher na cama com pétalas de rosa e banho com velas para que dali a uns 9 meses ele se tornasse o pai do Anticristo. E mais nada poderia detê - lo. Moral: Sempre escove seus dentes.

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