terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Texto Natalino: Como foi que cagaram o Natal

Tudo começou há muito tempo, dia 23 de dezembro. Faltava pouco para o Papai Noel cumprir com
seu dever anual e levar felicidade e sonhos materiais para todos os lares do planeta. Mas ele
não contava com o que estava por vir...

Aconteceu que o monte de manchas de merda "humanas" que são os membros da frente de libertação
animal (que convenhamos deveria se chamar frente de libertação de gatos persas e schnauzers, e
de preferência os menos feios, para não correr o risco de ser generalista demais...) chegaram na oficina dele e instauraram o caos!
Quebraram brinquedos, bateram nos duendes e levaram embora todas as renas!

Estavam firmemente convencidos de que o Papai Noel maltratava as renas, com base em fontes
hiperconfiáveis, como o Facebook. E ainda conduzia testes nelas! Era claro que aquela do nariz
vermelho era vítima da ganância da indústria cosmética!

Esse atentado ao Natal foi trazido a todos graças à conivência de policiais corruptos que ficaram ali de boa para que quebrassem tudo 'sem violência', e ao estrelismo dos Blérg Blocs e o Anonymous, que vivem de iludir moleques de 14 anos com sensacionalismos que nem o dos caçorrinhus e são uns oportunistas covardes e anarcoposers.

E agora a entrega de presentes estava prejudicada, e os pais teriam que, no último minuto, desembolsar tudo pra um PS4. Sem jogos, exceto Paciência. Mas nada seria pior que ouvir o CD da Simone de novo!

A ceia foi cagada também quando os otários jogaram vários perus do supermercado no lixo e soltaram todos os vivos das granjas, mostrando o quanto entendem das coisas. Isso porque, sendo fanáticos mimizentos que acham errado comer carne, ninguém mais podia! Maturidade a mil!

As renas foram carregadas em um ônibus poluidor com bancos de couro, tudo conforme à ideologia
verde deles, e levadas embora do Pólo Norte.

A maioria ou foi abandonada ou morreu. E quando o IBAMA soube, aliás era ele que deveriam ter
contatado antes de terem feito toda aquela palhaçada, denunciou todos e eles viraram mocinhas na cadeia, além de estarem na lista de quem se comportou mal.

E o triunfalismo foi exuberante com o Lado Sombrio da Força, com máquinas de guerra por todos
os lados, e o Hino Nacional bombando no volume 11, e se tocado ao contrário, parece Bee Gees.

Epílogo: Vários meses depois, outros dos valorosos ladrões de galinhas libertadores dos bichos
procuravam outra oportunidade de aparecer nos jornais para compensar a falta de atenção que os
pais nunca deram. Eles achavam que tinha um outro laboratório que fazia testes em beagles, mas
quando foram ver, faziam testes em negros! E ao invés de libertarem - nos, disseram "ah não, não quero".

domingo, 15 de dezembro de 2013

Serra Melada

Tudo começou há muito tempo quando o garimpo atraiu milhares ao norte do país com o propósito de enriquecer R$ 200 reais por hora, na época que a internet não existia.

Abinoã queria providenciar uma vida ótima e milionária para a criança feia e burra que ia ser o filho dele, que ia nascer dali a 5 meses. Isso porque ele era um professor comunistinha, leitor da Caros Amigos que regurgitava todo o conteúdo dela em sala, isso tendo sido dito pelo nazista sujo.

Mas Abinoã era incompetente demais até pra respirar, então chamou seu grande amigo alto e forte que só conhecia pelo facebook há 2 horas, o Menino Orc. A origem do nome tinha a ver com sua aparência. Abinoã fez um convite irresistível e os dois rumaram a pé durante semanas para chegar no norte do país, só fazendo gracinhas idiotas e sem graça um com outro. Se sobrevivessem, se tornariam os responsáveis pelos blocos de humor da mtv, dentre outros castigos divinos contra a humanidade.

Assim que chegaram no formigueiro humano da mineração, a função de Abinoã de professor comunistinha passou para narrador de todas as situações vistas ali, que precisavam ser descritas nos mínimos detalhes para gente simplória e ignorante que nem VOCÊ, que não é minimamente capaz de entender relações de poder e exploração só por imagens e cenas esfregadas na sua cara por um diretor pretensioso a cada 5 minutos.

Basicamente Abinoã explicou toda a organização do lugar e contou como lá eles cavaram fundo demais e com ganância demais, e que você sabia o que eles despertaram nas trevas de Khazad-dum... sombra e chamas.

Uma das coisas que Abinoã e o Menino Orc prontamente notaram no lugar era a quantidade de bichas. Uma quantidade absurda, maior do que se poderia encontrar em qualquer convenção de League of Legends. Prontamente veio um cazuza genérico tirar satisfação com o Menino Orc, dizendo que ele queria terra, quando na verdade queria cerveja com canudinho. Ele sabia que Menino Orc não era a autoridade responsável pelo garimpo, mas e daí? Se não fosse por situações forçadas e dramas bestas, não teria 10 minutos de filme.

Ele sacou uma faquinha e Menino Orc deu um murro na fuça dele, e ele desmontou e morreu, esvaziando os intestinos ao chegar no chão. Abinoã observou em choque, enquanto os companheiros travestis do finado o carregavam para fora, com um deles jurando vingança.

Mas isso depois não importava. Eles acharam ouro e tiraram fotos com vários maços de dinheiro e garrafas de uísque. E assim nasceu o Orkut. Abinoã usou sua parte para comprar fichas pro fliperama e de telefone para falar com a esposa grávida dele, que implorava para que ele voltasse, também porque tinha um astronauta obeso e estranho na sala de estar deles, que tinha levado mil tiros e estava apodrecendo. Ele disse que era só levar ele pro lixo não - reciclável. Ou orgânico, sei lá. Mas ela respondeu que não podia carregar ele porque tava grávida!

Ela perguntou por que ele não poderia voltar, ele já tinha conseguido dinheiro bastante até pra uma anhanguera. Mas ele disse que "NÃO! Eles precisam de mim! Precisam da minha narração em off sem que eu cale a boca nunca mais!" - E ele ficou por ali mesmo, porque... dane - se que a esposa dele tá grávida, porque o que estava por vir era bem melhor.

Ele e o Menino Orc foram para a zona, o que não foi interessante, assim como qualquer coisa no "Serra Pelada". O foco sempre ia para o feroz bando de travestis que jurou se vingar do Menino Orc, matando o filho dele. Mas ele não tinha filhos, então iam esperar pacientemente até ele ter um.

A indignação deles era tão grande quanto a das pessoas que viram "Serra Pelada", no qual o Capitão Nascimento faz uma mistura de palhaço frustrado com leão marinho que não foi interessante.

Depois de terem gasto tudo tolamente com bebida e mulheres, eles viram que estavam sem dinheiro. De novo. E que agora o chefe deles era apenas um peão nas mãos de Von Rammstein, um estrangeiro muito mau que queria roubar as terras de um certo José de Ribamar, cujo filho era mantido refém. E com a ajuda atrapalhada dos dois, ele fez tudo sozinho e se libertou, e se deixou acertar por um jagunço retardado que voa e atira.

E agora que souberam do assassinato do filho do Ribamar, o governo militar interviu com toda a força. E foi o caos que seguiu, com o Menino Orc assassinado de forma hipster pelo travesti vingativo: envenenaram o cupcake dele.

Assim que abriram fogo contra os travestis, o sangue se misturou com a lama, e Heitor Dhalia ficou triste com a perda deles como elemento do serra pelada; ele tinha uma identificação danada com eles.
E a história simplesmente foi embora! Saiu correndo rápido demais dali e foi pra Brasília! E não voltou mais. E como é que o Abinoã ficou? Ninguém liga pra isso; ele era um otário de qualquer forma.

Moral: Se preocupe com o meio ambiente.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A Saga da Dança da Motinha e da Nuvem de Espadas e Cocos

Tudo começou há muito tempo, em uma terra que transcende tempo e espaço... na Era Sigiriana, um mundo criado pelos deuses em um dia de tédio, que nem vídeos toscos na internet.

Nela havia um feiticeiro diabólico, com conhecimentos entranhados em artes negras e ignóbeis, que atraíam nada além da ruína e o ódio dos deuses. Seu nome era Narloch, roubado do obituário de um usineiro de açúcar, que mereceu a morte! Era sem dúvida o filho do demônio, que tinha um conjunto de roupas e acessórios especiais para eunucos, o que incluía uma camiseta do Zeca Baleiro.

Sua queda em torpeza e infâmia era evidente agora, mas antes ele era um dos expoentes de uma poderosa entidade religiosa terrena... a Vaga Religião, que pode ou não representar em um mundo fantasioso mequetrefe de moleques da 5ª série uma entidade da vida real! Eles eram guardiões originais da magia boa, que fazia... absolutamente nada. De que adianta magia sem bolas de fogo ou convocar demônios de outra dimensão? No fim o ideal era nem ter.

Era isso que atraía vários outros estagiários ingênuos e boas pessoas para o mesmo caminho trilhado por Narloch, de carona em caminhões com os coelhinhos felizes para a desgraça nas mãos de seres das Trevas!
Mas o que realmente aconteceu com Narloch foi a expulsão do corpo da sede suprema da Vaga Religião, porque ele era insuportavelmente arrogante e metido a sabe-tudo, após noites sem dormir revirando velhos pergaminhos com a cabeça alojada no meio da bunda e sotaque italiano forjado e ruim; era impossível passar muito tempo perto dele.

Ele acreditava que a expulsão foi o cúmulo da injustiça contra ele; afinal, ele era o melhor de toda a Vaga Religião! Era melhor em qualquer coisa! Pelo menos era isso a que era levado a acreditar depois que a mãe riponga dele o colocou ele em uma escola alternativóide "progressista" especial de ensino à distância na qual era "proibido proibir" e ele só aprendia "quando ele quisesse".

Ah, mas sua vingança seria malígrina... seu odioso plano causaria o colapso da Vaga Religião, e sobre os escombros dela ele governaria toda a civilização em um reinado de terror e sombras!
Para isso ele contava com a ajuda dos elementos, que ao seu mando rebolavam sem parar! Ele caminhava entre todos os planos da existência, e foi em um deles que ele perdeu as chaves e teve visões de seu pior inimigo, aquele que poderia impedir seu plano de dar certo...

Era ele que caminhava sobre a terra sem rumo, cada vez mais irritado! Tinha uma cobra em sua bota e ele precisava urgentemente achar um lugar para levar sua espada pra dançar, caso contrário ele iria destruir tudo no lugar que ele estava; não que ele fosse conseguir, pois era um pitboyzinho que seria logo inutilizado pela polícia.

Ele estava muito cansado de andar sem parar, além de estar com fome e com sede, pois as únicas coisas que tinha levado para comer há vários anos quando saiu de casa eram um nescau de caixinha e um punhado de uvas. E seu nome era Hua, Quérin Hua.

Hua caçava artefatos míticos que nem um Indiana Jones dos pobres, em um lugar muito frio que nem aqueles da era Sigiriana, só para vendê - los mesquinhamente e gastar tudo em bebida e danças idiotas que podiam sair de graça, pois eram realizadas em terrenos baldios para moleques da 5ª série que caçoavam da estupidez inerente a ele.

Mas ele preferia não gastar com vagabas e prostitutas em geral. A satisfação de sua lúxuria era realizada em emboscadas cheios de bandidos que usavam uma donzela indefesa como isca. Ele trucidava os bandidos apenas com seu joelho cheio de água, e, simplesmente do nada, ele passava a afogar o ganso com a donzela ali mesmo, no lugar da emboscada, geralmente uma floresta cheia de pedras nas quais ele mostrava do que seu joelho era capaz.

E juntos os dois iam para tavernas - confeitarias, onde havia fornicação e torta. E ele vivia à base de fiado, sempre fugindo pela janela, e deixando a pobre donzela para se explicar para violentos jagunços.

Dessa vez ele estava indo atrás do Medalhão Sodomítico da Bestialidade, que poderia trazer salvação a mundos inteiros; não que ele soubesse ou se importasse, o que valia era conseguir algo para sustentar sua vida à toa.

Ele subiu vários barrancos que serviam de aterro sanitário, até encontrar a passagem escondida; e foi assim que ele ingressou no ventre hediondo do morro... Através daqueles túneis úmidos de terra e raízes, ele encontrou o altar perdido, com o tesouro que procurava sobre ele; infelizmente para o maroto que ele era, havia só um pedaço inútil de argila, quebrado, ainda por cima. Não era isso que vários mercadores e eremitas lhe descreveram! Mas eles só sabiam encher a cara e confundiam travecos com mulheres, então não eram a fonte mais confiável de informação.

Mas pior do que em um videogame perigosíssimo para o qual se escoa culpa de burrices que pré - adolescentes mimados e à toa fazem, vários assassinos apareceram do nada! Estavam escondidos lá dentro daquelas escuras cavernas, apenas esperando Hua!

Mas nenhum deles era páreo para Hua, que lhes fez provar do aço mais fino com ervas que já existiu! Quase todos pereciam diante de seu joelho do terror! Só que Hua era muito covarde, especialmente em relação a assuntos polêmicos como aborto e pena de morte, e quando aqueles jagunços queriam discutir civilizadamente, ele saía correndo e dizendo: "hahaha nunca vou me casar! Tenho nojo de meninas!"

E ele conseguiu fugir vivo com seu tesouro decepcionante, com a única intenção de tentar vendê - lo. Com a reputação superestimada dele, não seria tão difícil.
Mal sabia ele que os assassinos enviados para eliminá - lo estavam a mando de Narloch, o Devastador de Mundos. Ele queria muito aquele pedaço de argila, pois só ele e o sangue de uma virgem poderiam fazer com que seu ritual torpe desse certo...

Ele já conseguiu uma metade na profanação de um templo das terras ao sul por seus mercenários romanos, e agora faltava a outra, da laranja, dois amantes, dois irmãos (ui, incesto, que nojo), duas forças que se atraem, sonho lindo de viver.
Ele teria que dar um beijão, com muita vontade, em quem possuísse a outra metade, assim mandava o ritual. Ademais, Narloch era conhecido por colocar no perfil que trabalhava na VASP e compartilhar imagens de páginas de humor genéricas.

Enquanto isso, Hua fez seu caminho sofrido até Belvedere, capital do reino de Rosquir, onde ficava coincidentemente ficava a sede da Vaga Religião, símbolo do poder da Genérica Divindade sobre a terra. Foi lá que Hua viu vários pedintes e flanelinhas, além de vendedores de imagens sagradas, além de sua parada obrigatória: mercadores desonestos para vender os artefatos que conseguiu matando aranhas gigantes, que além tudo lhe deram experiência de vida e amadurecimento para qualquer emprego, para descolar uma grana e gastar tudo enchendo a cara acompanhado de quengas que bebiam cerveja de canudinho, depois de muito tempo na selvageria sem emboscadas.

Só que ele não achou ninguém interessado no Medalhão Sodomítico. A única resposta que recebia era: "tire esse pedaço de cerâmica imprestável daqui! Até parece que você não explorou uma criança da pré - escola para fazer esse lixo! Seu bruxo indigente vendedor de artesanato vagabundo!" - Hua na maioria das vezes foi expulso a vassouradas, enquanto tentava argumentar que ia valorizar muito no futuro.

Agora que suas tentativas de lucrar falharam miseravelmente, ele teve que se contentar em ir até uma taverna que aceitasse fiado. Ele ia tentar negociar o medalhão, mesmo sabendo que não ia dar certo de qualquer jeito.

Quando ele deu por si novamente, ele em uma mesa cercado de rameiras novamente, que estavam eufóricas com a demonstração de status que ele deu trazendo a bebida que pisca. E ele estava completamente distraído dos olhares malignos que recebia a apenas umas 4 mesas de distância.

Ele decidiu então subir com a sortuda (ou não) que iria esquentar sua noite, levando joelhadas na cara. E no meio das escadas, os dois foram atacados por sujeitos encapuzados! Hua levou tantas pauladas na cabeça que isso lhe fez lembrar os tempos no chuveiro depois dos jogos de futebol americano; era a hora mais esperada de todas... E a acompanhante dele não resistiu aos ferimentos, morreu e ficou simplesmente largada lá, e os clientes acharam absurdo aquilo num estabelecimento de família e detonaram o lugar no trip advisor por causa disso.

E Hua foi desperto apenas horas mais tarde, diante do Rei Ganido, o corrupto soberano de Belvedere, que apesar de ser símbolo de ostentação e valor entre as cidades do Leste, governava seu domínio a partir de um barracão. Ele se vestia com peles que lhe faziam parecer gordo (era o que ele dizia pelo menos), e forçava meninas inocentes da 8º série a simularem lesbianismo e usarem trajes de dançarina do ventre.

Ganido então riu diabolicamente e disse que Hua seria condenado a se ficar se esfregando em seus gladiadores fortes e suados (prática punitiva e humilhante que sobreviveu até os dias atuais de hoje em dia ultimamente sob o nome de UFC), mas antes de mais nada, ele teria que passar um tempo em seu glorioso formigueiro humano que servia como moinho de fabricação de chapas de alumínio!

E Hua foi mandado para lá, observado com ódio vivo o rotundo rei Ganido que o mandava para o suplício interminável! Mal sabia ele que Ganido era apenas um assecla de Narloch, que invadiu sua mente com magia negra e o manipulou para condenar Hua e gastar toda a receita dos impostos de Rosquir em produtos da Avon, que Narloch revendia para sustentar sua rede de intrigas e estudos arcanos.

Ele foi obrigado a assinar a carteira e passou a andar acorrentado, pronto para fazer lâminas de alumínio para substituir aquelas que moleques cretinos destruíam sem nem ao menos saber o quanto eram caras! Tudo enquanto era observado por guardas que usavam máscaras, sujeitos sem rosto; mas era só para parecer que tinha mais porque quase ninguém na Era Sigiriana tinha dinheiro para bancar nada e tinham que reciclar guardas genéricos, que trabalhavam vários turnos seguidos com horas extras sendo devidas há anos.

Assim que Hua chegou no refeitório, logo vários escravos simpáticos queriam puxar assunto com ele. Mas ele não estava satisfeito! Ele só pensava nele mesmo e reprovou todos os testes psicotécnicos do DETRAN na existência! Ele pegou uma chapa de alumínio que afiava somente na expectativa por esse momento e decapitou um dos guardas mascarados! Todos olharam em choque!

E Hua continuou rodando a baiana pelo moinho, decapitando muito os guardas mascarados que apareciam! Assim iam ficar sem figurantes! Mas os outros escravos traíras o dominaram e o entregaram para as autoridades!

Os guardas finalmente lhe destituíram das armas e do medalhão, e para realizar uma punição exemplar daquele motim, pegaram os escravos que o delataram, que esperavam muito uma generosa recompensa, e os executaram brutalmente no pátio, com todos os trabalhadores reunidos. E Hua foi mandado para a solitária.

Era uma prisão feita completamente de um vidro espesso, à prova de balas se elas tivessem sido inventadas naquela época, na qual ele foi internado de madrugada, na qual ele foi atirado sem a menor cerimônia por um buraco no teto.

Hua tentava ansiosamente bolar um plano de fuga, sem sucesso. Ele ficou chateadinho e sentou no chão que só tinha grama morta e ossadas. Incompetente como só ele, ele pegou no sono. Quando acordou, era por causa de um calor infernal. O sol estava quase a pino! Aquela prisão, com suas paredes e teto de vidro, concentravam todo o calor do sol, transformando - a em um forno no qual Hua iria cozido vivo!

Ele tentava quebrar as paredes com as ossadas, sem nenhum sucesso! Até que, do nada, uma corda caiu pelo buraco. Antes de tentar raciocinar o que era aquilo, ele subiu o mais rápido que pode, lembrando o treinamento militar que nunca teve, quando foi incluído no último minuto no excesso de contingente.
Quando estava quase chegando ao buraco, a corda queimou e ele quase despencou por todo o caminho que tinha feito, se agarrando a uma borda por reflexo, mas ele sofreu queimaduras feias na palma da mão e gritou que nem um gato estrangulado, e às pressas subiu e caiu pro lado de fora, por pouco não se quebrando inteiro na queda.

Ele havia escapado com vida da solitária, mas estava triste que teve suas mãos queimadas, e suas noites sozinhas não seriam mais as mesmas. Agora que estava salvo, quem teria jogado a corda? Foi então que se aproximou uma mulher a cavalo, que sem nenhuma vontade de conversar, por pura obrigação, disse que ele mereceu ser salvo porque o que os deuses reservavam para ele era importante. De relance, Hua a reconheceu e perguntou se não era aquela guria dos Jogos Mortais, a Khaleesi.
" Katniss" - ela corrigiu. Alamé Katniss, nome pronunciado que nem alguém que se queimou com café e teve sua língua martelada. Que seja. Era ela que cavalgava pelas quatro estepes, no único cavalo existente da Era Sigiriana, visto que ela na vida real era sócia do country club. O motivo pelo qual os cavalos sobreviveram até hoje é que justo aquele cavalo encontrou uma fêmea da mesma espécie, gracyanne barbosa.

Algumas tribos de nômades atribuíam poderes místicos a ela, pois uma aparição dela só ocorria a cada dez anos, se não chovesse. E Hua só deu oi, sabem os deuses quando iriam voltar a se ver. Como inimigos talvez, quando o ciclo estivesse completo.
Alamé avisou Hua que ele deveria deter Narloch, que já colocava em prática seu plano diabólico, usando o Medalhão Sodomítico completo com a metade que roubou de Hua!

Nas catacumbas escondidas de Belvedere, Narloch estava prestes a atacar e violentar os inocentes! Exatamente acima dele, estavam várias multidões que se empurravam para ver, da torre mais alta da cidade, os três sumos - sacerdotes da Vaga Religião pregarem como a vida é bonita e que existe paz no universo. Era um franzino, Atalus, um gordão, Orzhas, e uma mulher, Bãsfídia, que pregavam às massas.

Com seus poderes profanos, Narloch invadiu a mente de um dos passantes que estava distraído olhando pro chão, cagando e andando pras pregações. Não só a mente dele foi invadida, mas várias! Narloch poderia manipular as mentes mais fracas de toda uma multidão, o que seria a única explicação plausível do por que um concerto da Clarice Falcão atraía mais de um cinco pessoas.

Narloch ordenou a todos eles que começassem a matar uns aos outros! E cada um deles atacava o outro irracionalmente, com extrema brutalidade. Os sumos sacerdotes olhavam para baixo em choque enquanto aquela briga injustificada só se agravava, logo virando uma guerra civil completa.
Eles não ousavam descer do alto da torre, seria suícido. Diante disso, Atalus se lamentava em voz alta e pouco convincente, de como a Genérica Divindade poderia permitir algo assim! Mas então Orzhas ficou fora de si, agarrou Atalus e o jogou do alto da torre. Isso porque gordo só faz gord... merda.

Quando Hua chegou à cidade, ele viu como o lugar estava virado de cabeça para baixo. Belvedere estava perdida. E chegou Alamé e ajuda dos céus, com bastante frio, e abriam seu caminho entre a multidão com espadadas. Ela disse para Hua sair correndo até as catacumbas!

E ele obedeceu. Desviando dos odiosos passantes e dando uma surra em quem merecia, ele atravessou a cidade inteira sem descansar e fez seu caminho pelo subsolo imundo e sombrio, até chegar Narloch, que tinha uma virgem nua em um altar improvisado e um enorme punhal cerimonial em mãos. Seus olhos brilharam com um ódio aterrador quando viu Hua pela primeira vez, em pessoa, lhe dizendo: "Desista, Narloch vagabundo, você nunca conseguirá!".

E além de ser atacado por relâmpagos, Hua viu Narloch sugando seu sangue e pisando na espada dele. E por fim, Narloch o atravessou com o punhal cerimonial, e a última coisa que Hua viu foi o rosto de Narloch, aquela cara de bichona sob um capacete muito rebelde, antes de despencar ao chão, sem vida.

Agora o ritual está completo - assim pensou Narloch, e foi dar um beijo na virgem. E não aconteceu nada. Os Planos não convergiram, como planejado. Foi aí que ele se lembrou que fez tudo errado: era para matar uma virgem e beijar quem tivesse o Medalhão, mas nem era mais o Hua quem o tinha àquela altura.
Enfim, Narloch pisou feio na bola e os deuses das trevas ficaram furiosos, e por uma fenda na realidade ele foi abduzido para uma dimensão na qual ele serviria de brinquedo sexual para aberrações anticósmicas durante toda a eternidade.

E Hua conseguiu enganar a Morte, com resta - um, e ela avisou que um dia, qualquer dia desses, eles voltariam a se ver. Então ele acordou assustado, quase que como de um pesadelo, no meio de uma vasta estepe. Sem que ele soubesse, Belvedere foi riscada da existência pela magia terrível e complôs com divindades do mal de Narloch, que nunca mais seriam uma ameaça.

Em sua segunda chance de viver a vida ao máximo, Hua estudou absolutamente tudo sobre a história da Polônia, e quando ele viu Alamé, ele disse para ela que, ao contrário do que ela pudesse pensar, Polônia não tinha nada a ver com a Rússia, as línguas são completamente diferentes.

E ela ficou um pouco aborrecida e o lembrou que ela era a melhor da sala, e só por causa dele ela zerou no trabalho, bundão. E ela foi embora ao pôr - do - sol.

Moral: Tudo começa com intenções boas, que nem uma laranja. Mas dai vem energético, cerveja e empadinha gordurosa e tudo vira uma porcaria.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Abinoã contra a numerologia!

Tudo começou em 50 a.c... toda a Gália está conquistada. Toda a Gália? Não...
Não que isso importe, pois essa é a história de Abinoã, o tigre que vomitava, que vomitava por toda a floresta feliz causando desequilíbrio ecológico completo. Certo dia ele foi até o ponto de ônibus pegar o Jornal do Ônibus, porque era de graça e ele era sovina demais para comprar alguma coisa que minimamente valesse a pena ler.
Depois de acompanhar bem de perto notícias importantíssimas de alguém que apareceu no "A Fazenda", seus olhos viram uma coisa absolutamente abominável: um maldito horóscopo!
Ele começou a rasgá - lo loucamente, com todo mundo olhando feio, como se ele fosse um babaca enlouquecido, o que não estava longe da verdade! Mas aquilo no jornal era com certeza um atentado contra sua vida...
Todo mundo sabe qual era a função daquela sessão de crendice grotesca, aquele desperdício de espaço num jornal: incentivar músicas medíocres e forçadas, além de transformar todos em narcisistas medonhos!

Agora que ele já havia sujado o ponto de ônibus com pedaços de jornal e feito crianças pequenas chorar com sua brutalidade retardada, ele quis procurar o responsável por aquela porcaria, e juntando demoradamente os jornais e impedindo as pessoas de pegarem seus ônibus, ele chegou ao culpado: Mauriçoca Ucraniano, um sujeito maligno viciado em Legião Urbana, inveterado comedor de panquecas de frango, que tocava músicas de trás para frente e com o que ouvia escrevia seus horóscopos. Quando ele não conseguia extrair nada de interesse delas, ele repetia o que ele tinha escrito antes, só mudando a ordem e trocando uma palavra ou outra. Isso só acontecia sempre.

Isso só se devia ao fato ocioso de Mauriçoca ser um mimadinho que achava que tudo tinha que ser do jeito dele! Era isso ou nada!

E assim Abinoã se tornou presidente através de uma gloriosa guerra civil e ordenou que todos os horóscopos fossem queimados; até instituiu uma organização criminosa para isso.

Só que, a despeito de seus melhores esforços, Abinoã ainda não tinha conseguido a cabeça daquele velho astrólogo que era o Mauriçoca. Até o dia que este parou de se esconder e conseguiu a menina de quem Abinoã gostava mas que nunca dava bola pra ele! E Mauriçoca ameaçou fazer um mapa astral dela! Muahaha! E Abinoã gritou: "Nããão! Maldito!"

Quando Abinoã finalmente encontrou aquele sujeito diabólico em sua casa, ele disse que a astrologia era só uma distração, porque havia uma ciência ainda mais terrível e complexa: a numerologia! Agora Abinoã iria se bater com numerologia! Era outra coisa que ele odiava, porque ele odiava matemática! Pelo menos desde que, na quarta série, ele ficou bêbado no meio da aula, tocou música eletrônica irritante e vomitou no quadro quando foi tentar resolver um exercício no qual demorou meia hora, com a sala inteira xingando ele e seus pais. E depois dessa a cantina do colégio do Abinoã não pode mais vender bebida do jeito que queria... Os turcos dela ficaram brutos com Abinoã e não venderam mais nada pra ele até ele se formar e sair de lá.

Mauriçoca lhe atribuiu o número 3, e assim ele teria que descobrir todo o significado subjetivo por trás desse número, além da pedra e do animal que o representassem! Abinoã tinha que reagir, então chutou uma bola de futebol que era do Mauriçoca, e que ele iria recolher, pois só ele podia chutar!

E a bola acertou uma viga de madeira e fez a casa desmoronar, matando todos.

Moral: #Diga #não #a #hashtags.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A Espera

Tudo começou há muito tempo, em uma terra muito distante onde o Sol não nascia, que existia somente em lendas... Nela viveu um cavaleiro em uma armadura de aço negro que o fazia parecer um Dr. Destino renascentista. Ele tentou ser músico e não conseguiu, e logo passou a dedicar sua vida a matar dragões e resgatar donzelas, sempre seguido de seu fiel escudeiro.

Eles rumavam para as terras arrasadas onde encontrariam e matariam outro odioso dragão, uma fera sanguinária, o mcnífico, que massacrava os inocentes, roubava tesouros e donzelas e os acumulava em suas torres; e também deixava crianças de castigo pro resto da vida quando jogavam água na torradeira ligada. Porcaria de moleques.

Apenas os dois não seriam capazes de derrotar a criatura sozinhos, então decidiram formar um grupo de aventureiros, desses que estão destruindo a democracia. A eles se juntaram um elfo arqueiro clichê, Yalta, o mais macho do grupo, que usava um colete com coração no meio, e Boróf, o anão que era um forjador de armas de habilidade iniguilável, e que fazia uma dança lenta e sensual que enlouquecia mulheres e homens. Normalmente mais homens do que mulheres.

Eles e mais um grupo de menestréis contratados pelo cavaleiro, através de promessas de que assim que o dragão morresse, iriam dividir o tesouro saqueado. Ele nem estava nessa pelo ouro, e sim pela donzela. Ele pegava todas, e ensinava como. Mas o que é meio pesado de dizer, é que ele já transou com uma no banheiro de um calabouço. Que nojo, né?

E assim, eles partiram nessa grande busca. Eles chegaram até uma terra onde não havia nada além de fogueiras do Capeta e camponeses atravessados por estacas. Apenas mais uns passos depois e viram a sinistra torre, e enfim o dragão apareceu, com os olhos injetados de ódio, cuspindo fogo para todos os lados.

O cavaleiro, sem nenhum apreço pela própria vida, se jogou contra o monstro, com um grito desafinado de moleque de 12 anos, escapando por um triz do fogo que o faria encontrar com seu criador.
Quando alcançou o dragão, ele começou fazer carinho em sua barriga, e em seguida ele cedeu ao carinho, e todos acharam fofo e engraçado. Mas depois os dois passaram para um beijo de língua, daí todos ficaram com nojo.

O dragão parecia finalmente subjugado, mas, literalmente do nada, surgiram um bando de tubarões que estraçalharam o cavaleiro com várias fileiras de dentes! Ele ficou todo mordido e fodido. Ele só sobreviveu, por sorte, porque os tubarões não sobreviveram muito tempo sem nenhuma água a quilômetros.

E de repente um urso apareceu, e ele iria atacar o bando! O fiel escudeiro, que já tinha bebido mais de uma, se colocou diante do urso para enfrentá - lo; ele achava que se lembrava da época em que ele lutou contra um urso! Mas esse urso arrancou sua cabeça como a de um boneco e o estripou.

Todos já se acovardavam de horror, quando o cavaleiro partiu pra cima dele! Ele saiu ainda mais lacerado pelas garras infectas, mas deu cabo do urso, fatiando - o que nem um rocambole! Mas foi aí que um dos menestréis gritou horrorizado: "um dragão do mar!" - mas logo ele foi avisado que não precisava daquilo, era só um jacaré e todos sabiam. Isso junto com hienas, um elefante, uma morsa, e um hipopótamo que jogava os menestréis para todos os lados, e arrancou o braço de outro, e então surgiram um monte de chipanzés! Avisaram para parar porque já estava ficando ridículo!

O cavaleiro olhou em volta, a situação parecia completamente perdida! Em seguida houve uma revoada de milhares de pássaros, que cagaram nos olhos dele! E Yalta, o elfo, foi pisoteado até morrer por um estouro da boiada.

E o cavaleiro ficou bruto e disse: "Parou com tudo isso! Chega!" - e levaram horas para mandar todos os animais embora, com mais baixas, e tiveram que limpar tudo porque os vizinhos eram brutos.

A poeira havia finalmente baixado, e só havia Boróf e o cavaleiro; os menestréis restantes foram embora, acreditando que não havia recompensa que valesse tanta degradação. Agora era só questão de limpar toda a torre de seus tesouros e levar a garota no final.

Só que, de súbito, Boróf foi desintegrado num jato de chamas! O temível dragão havia voltado, e em sua voz malévola ele perguntou para o intrépido cavaleiro: "Por que você não olha mais nos meus olhos quando fazemos amor?!"

Preparado para a batalha o cavaleiro se atirou mais uma vez contra a fera, desviando de garras e o terrível fogo, e fez carinho na barriga dela outra vez, para ficar repetitivo. Numa manobra sorrateira, ele sacou a espada e atravessou o coração odioso do dragão com sua espada.
Em um rugido hediondo, o monstro se desfez ao chão, e os últimos suspiros de vida o abandonaram. Sua queda sacodiu a terra, e fez a torre desmoronar, e o cavaleiro deixou um gemido efeminado escapar: estava tudo acabado; a princesa que devia estar lá dentro provavelmente morreu esmagada, foi tudo a troco de nada.

Quase indo embora, ele olhou para trás e a viu! Milagrosamente ela sobreviveu sem nenhum arranhão! E o cavaleiro saiu correndo ao encontro dela. Sua voz deixaria os anjos com inveja, lábios doces que nem... doces. E olhos lindos que o olhavam com malícia, e também explicavam a tendência dela de seguir dietas bem alternativas de comer qualquer raiz que visse pela frente; ela ainda ia morrer disso...

Ela queria muito agradecê - lo por salvá - la do terrível dragão, e isso significava gratificação física. Mas o cavaleiro disse que não, não queria. "Como assim não quer?" - ah, sei lá - ele respondeu. Ele tava com muita vontade no caminho, mas depois de ser quase morto por um dragão e um mundo de animais, não é todo mundo que fica a ponto de bala... Ninguém fica. Ela deveria ter expectativas mais realistas. Pelo menos ele estava ali para conversar. "Conversar o cacete" - respondeu a donzela, que mandou ele tomar naquele lugar e foi embora.

Moral: Sempre aprenda se divertindo!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A menina que roubava cachorros


Tudo começou há muito tempo, com a vida de Tati, a guria super revolucionária de super hiper extrema esquerda com infeliz semelhança física com um membro do Manowar que não sabia o que fazer naquele mês frio e odioso.
Trabalhar? Nem pensar. Sair com as amigas? Não. Ah, foi então com as notícias de mais e mais manifestações foi que ela soube o que deveria fazer. Ela pediu pra mamãe comprar uma balaclava num feirão de motos, e assim Tati foi para um lado mais patético da Força, o lado da Frente de Libertinagem Animal, célula criminosa jamais punida,  por seus integrantes serem vegetarianos virgens e arrogantes, patricinhas descerebradas e maconheiros indigentes vendedores de artesanato. O objetivo deles era libertar absolutamente todos animais, para que eles fossem livres e cagassem por todas as ruas, sob o lema "temos todos que pegar!".
Um deles havia houvido falar que um instituto muito malvado, o instituto Royale, que forçava beagles a jogar cartas e experimentar martinis de vodca batidos, não mexidos.

Era uma noite escura e chuvosa quando os badernistas invadiram o lugar, e quebaram tudu, e um deles acabou fazendo um cortezinho com vidro e saiu abrindo o berreiro: "Manhêêêê!". E Tati teve o momento da sua vida, levando uma porrada de beagles pra sua casa, pois ela sempre quis um mas a mãe dizia que não podia, porque ela passava muito tempo sendo uma revolucionária de araque e não tirava dez em tudo. Agora eles finalmente estavam a salvo daquela monstruosidade de porções de ração em quantidades exatas e tratamento veterinário adequado, com propósito científico de salvar vidas!

E outro grupo aspirante a Talibã nacional, os Black Eyed Peas, roubaram toda a atenção da mídia em apoio ao vandalismo, que nem os abutres que eles são. Os Black Fridays em questão se modelavam como Robin Hood e seu bando, com as saudáveis mudanças de manobrar as massas pela internet, e não pela TV (porque são jovens irados e antenados nas tendências!) e roubar dos ricos para embolsar tudo ou desviar pra uísque.
Debaixo das fantasias idiotas deles de Subcomandante Marcos devia ter um político estudantil convencido aspirante a manipulador e desviador profissional.

E o dia foi salvo, todos estavam felizes e as coisas ruins foram embora. Mas os beagles? Nossos intrépidos heróis venderam eles pra qualquer família com crianças que não iam querer mais os bichos em questão de poucas semanas, largaram eles por aí sem querer querendo, ou outras coisas mais licenciosas, depois de ouvirem que vídeos de bestialidade dão uma montanha de dinheiro na rede.

E a casa de Tati estava toda arrebentada e alagada de mijo que ela tinha dúvidas em relação a como limpar. Lágrimas amargas de frustração escorriam de seu rostinho supernutrido! Ela choramingava: "Ninguém na página do 'Prefiro bicho do que gente' fala dessas coisas!". Fora que ela não podia deixar aquele mundo de cachorros dentro de casa, principalmente com sua mãe no cio! Enquanto isso, os mesmos valorosos rebeldes que a acompanharam na libertação do instituto a denunciavam por maus tratos contra os cachorros! Eles precisavam de um espaço de no mínimo duas quadras de basquete e o apartamento dela só tinha 60 m2, era uma monstra!

Epílogo: Enquanto isso, as pessoas que passam o dia inteiro vendo páginas de ideologias políticas e jornais fajutos coerentes com seus pontos de vista no facebook e outros sites estavam ocupadas demais pra sair de casa e fingir que se importam com o lugar onde moram. A luz do sol talvez os fizesse mal, e era por isso que exploravam seus pais e avós por comida enquanto discutiam assuntos "importantes" com memes.

Abinoã II - O Outro Lado

Tudo começou há muito tempo, quando Abinoã, o lendário tigre que vomitava, estava se entediando até morrer em um curso de história do Afeganistão, no Clube Afegão. E de repente, houve uma atividade para trazer na semana seguinte: bolar uma ideia para um novo clube, visto que aquele clube seria completamente demolido com toda a turma em sala.

O problema é que Abinoã só conseguia chegar nos últimos 10 minutos de aula no único dia que ele conseguia ir, quinta, porque ele faltava todos os outros quatro da semana, não ia nas manhãs de sábado ou domingo de madrugada. Ele estava muito prejudicado no conteúdo; na última prova ele só escreveu merda.
Ele se justificava dizendo que ele trabalhava o dia inteiro cortando mato, o que ele provava pra professora mostrando seus dedos decepados com o facão enferrujado. Ela compreendia, mas achava muito, mas muito ruim.

E o trabalho em sala era a única chance de Abinoã avançar de módulo! A sala inteira tinha três aulas para apresentarem seus trabalhos, enquanto Abinoã tentava desesperadamente conciliar seu emprego miserável e as aulas, coisa que seu chefe odiava, porque ele era cheio de carne. Certa vez ele mandou Abinoã matar um urso, mas ao final do expediente ele foi conferir e Abinoã só havia sujado todo o terreno com latas de cerveja, vomitou como de costume, e desmaiou do porre em cima das farpas do bambu que ele cortou.

Foram duas aulas e Abinoã deu a mesma desculpa esfarrapada de sempre e disse que "na aula que vem ia estar pronto". O fato era que ele não sabia mexer no powerpoint.

Além do mais, ele estava absolutamente sem ideias, o cansaço não lhe dava nenhuma margem para pensar, apesar de considerar aquilo a coisa mais importante da sua vida no momento. Todas as ideias boas já foram pegas: clube de música, clube de esportes ao ar livre, clube de oratória, clube de informática, clube da luta (que não teve apresentação, tendo em vista a primeira regra do clube) e clube do livro, ideia que veio ironicamente de uma guria da sala cuja única coisa que ela leu na vida foi 50 tons de cinza.

Eventualmente Abinoã fez das tripas coração e conseguiu terminar o trabalho no último instante, no ônibus que pegava para ir para as aulas do clube. Ele ia apresentar por último, em seguida da apresentação da caçula da sala, a Lulu, de 7 anos, que era um amor de pessoa.

A ideia dela era um clube de bonecas de pano, para resgatar a antiga arte perdida das bonecas de pano das avós, que eram amplamente personalizáveis e promoviam um ótimo diálogo entre gerações e trazia uma dimensão lúdica a uma atividade artesanal.

Abinoã deu uma risada ruidosa de desdém, disse que era a coisa mais escrota que ele já tinha ouvido. E que a ideia dele era mil vezes melhor. Pois então a professora pediu para que ele a apresentasse. "Só um minuto" ele pediu, e a professora concedeu. Ele saiu correndo da sala para o banheiro no corredor, levando a bolsa cheia de tralhas inúteis dele.

Já foram 40 minutos, estava todo mundo revoltado querendo ir logo pra casa; as aulas terminavam tarde. A situação agravava a cada momento, daqui a pouco ia ter que chamar o choque. Foi aí que Abinoã arrebentou a porta da sala com um chute.

E quando ele apareceu diante da turma, ele estava com uma roupa reveladora muito justa, e começou sua apresentação de powerpoint, com danças provocantes que estavam deixando toda a sala louca de desejo. O Juca quase se levantou descontrolado da cadeira, estava a ponto de bala; mas os coleguinhas o detiveram antes que houvesse cenas fortes demais.

A apresentação de Abinoã era sobre a única... fantástica... Manteiga de Cacau para Curar Fobia de Barcos 2000! Só tinha dois slides com a formatação mais vagabunda da face da terra. Estava completamente imprestável, e pra piorar Abinoã ficava pedindo momentos de paciência para ajeitar tudo, o que ele não conseguia.

Para o enorme constrangimento de Abinoã, a professora falou o mais alto que pôde que a apresentação era uma ideia de clube, não um treco qualquer! Ele precisava prestar mais atenção! Todos riram e ele ficou nauseado de ódio diante de tanta humilhação.

Ela então ergueu Abinoã em seus braços e o levou para fora da sala. E atrocidades se seguiram! O crânio dele foi esvaziado para virar uma caneca de água de conserva de rollmops, que ela bebia todinha. E a sala ficou revoltada que nem renas com uma demonstração tão grotesca. E ela ficou feliz que um palito de dente veio junto.

Moral: Respeite normas de etiqueta nas redes sociais.

Spi - Salames

Tudo começou há muito tempo, quando Mestre avisou Spi, enólogo frustrado, de uma invasão estranha. Salames. Apareciam mais e mais deles, com sebo e olhando com seus olhos da morte. Estavam cada vez mais numerosos, mais motivados, mais bem - organizados. Eles já foram avistados fora das estantes do supermercado, e estavam ocupando posições importantes, com vários contatos e fisting; cada vez mais parecidos com o Leão Lobo. Dali a pouco teriam controle absoluto do abastecimento de água!
Agora cabia a Spi e Janete deter essa insidiosa invasão impossível, levando o filho dela em um enólogo que realmente prestasse.
Mas daí acabou, e mandaram o filho idiota arrumar o quarto e estudar para o vestibular, porque não tinha a menor graça.

Moral: Sempre vista sapatos confortáveis quando for fazer uma caminhada.