terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Texto Natalino: Como foi que cagaram o Natal

Tudo começou há muito tempo, dia 23 de dezembro. Faltava pouco para o Papai Noel cumprir com
seu dever anual e levar felicidade e sonhos materiais para todos os lares do planeta. Mas ele
não contava com o que estava por vir...

Aconteceu que o monte de manchas de merda "humanas" que são os membros da frente de libertação
animal (que convenhamos deveria se chamar frente de libertação de gatos persas e schnauzers, e
de preferência os menos feios, para não correr o risco de ser generalista demais...) chegaram na oficina dele e instauraram o caos!
Quebraram brinquedos, bateram nos duendes e levaram embora todas as renas!

Estavam firmemente convencidos de que o Papai Noel maltratava as renas, com base em fontes
hiperconfiáveis, como o Facebook. E ainda conduzia testes nelas! Era claro que aquela do nariz
vermelho era vítima da ganância da indústria cosmética!

Esse atentado ao Natal foi trazido a todos graças à conivência de policiais corruptos que ficaram ali de boa para que quebrassem tudo 'sem violência', e ao estrelismo dos Blérg Blocs e o Anonymous, que vivem de iludir moleques de 14 anos com sensacionalismos que nem o dos caçorrinhus e são uns oportunistas covardes e anarcoposers.

E agora a entrega de presentes estava prejudicada, e os pais teriam que, no último minuto, desembolsar tudo pra um PS4. Sem jogos, exceto Paciência. Mas nada seria pior que ouvir o CD da Simone de novo!

A ceia foi cagada também quando os otários jogaram vários perus do supermercado no lixo e soltaram todos os vivos das granjas, mostrando o quanto entendem das coisas. Isso porque, sendo fanáticos mimizentos que acham errado comer carne, ninguém mais podia! Maturidade a mil!

As renas foram carregadas em um ônibus poluidor com bancos de couro, tudo conforme à ideologia
verde deles, e levadas embora do Pólo Norte.

A maioria ou foi abandonada ou morreu. E quando o IBAMA soube, aliás era ele que deveriam ter
contatado antes de terem feito toda aquela palhaçada, denunciou todos e eles viraram mocinhas na cadeia, além de estarem na lista de quem se comportou mal.

E o triunfalismo foi exuberante com o Lado Sombrio da Força, com máquinas de guerra por todos
os lados, e o Hino Nacional bombando no volume 11, e se tocado ao contrário, parece Bee Gees.

Epílogo: Vários meses depois, outros dos valorosos ladrões de galinhas libertadores dos bichos
procuravam outra oportunidade de aparecer nos jornais para compensar a falta de atenção que os
pais nunca deram. Eles achavam que tinha um outro laboratório que fazia testes em beagles, mas
quando foram ver, faziam testes em negros! E ao invés de libertarem - nos, disseram "ah não, não quero".

domingo, 15 de dezembro de 2013

Serra Melada

Tudo começou há muito tempo quando o garimpo atraiu milhares ao norte do país com o propósito de enriquecer R$ 200 reais por hora, na época que a internet não existia.

Abinoã queria providenciar uma vida ótima e milionária para a criança feia e burra que ia ser o filho dele, que ia nascer dali a 5 meses. Isso porque ele era um professor comunistinha, leitor da Caros Amigos que regurgitava todo o conteúdo dela em sala, isso tendo sido dito pelo nazista sujo.

Mas Abinoã era incompetente demais até pra respirar, então chamou seu grande amigo alto e forte que só conhecia pelo facebook há 2 horas, o Menino Orc. A origem do nome tinha a ver com sua aparência. Abinoã fez um convite irresistível e os dois rumaram a pé durante semanas para chegar no norte do país, só fazendo gracinhas idiotas e sem graça um com outro. Se sobrevivessem, se tornariam os responsáveis pelos blocos de humor da mtv, dentre outros castigos divinos contra a humanidade.

Assim que chegaram no formigueiro humano da mineração, a função de Abinoã de professor comunistinha passou para narrador de todas as situações vistas ali, que precisavam ser descritas nos mínimos detalhes para gente simplória e ignorante que nem VOCÊ, que não é minimamente capaz de entender relações de poder e exploração só por imagens e cenas esfregadas na sua cara por um diretor pretensioso a cada 5 minutos.

Basicamente Abinoã explicou toda a organização do lugar e contou como lá eles cavaram fundo demais e com ganância demais, e que você sabia o que eles despertaram nas trevas de Khazad-dum... sombra e chamas.

Uma das coisas que Abinoã e o Menino Orc prontamente notaram no lugar era a quantidade de bichas. Uma quantidade absurda, maior do que se poderia encontrar em qualquer convenção de League of Legends. Prontamente veio um cazuza genérico tirar satisfação com o Menino Orc, dizendo que ele queria terra, quando na verdade queria cerveja com canudinho. Ele sabia que Menino Orc não era a autoridade responsável pelo garimpo, mas e daí? Se não fosse por situações forçadas e dramas bestas, não teria 10 minutos de filme.

Ele sacou uma faquinha e Menino Orc deu um murro na fuça dele, e ele desmontou e morreu, esvaziando os intestinos ao chegar no chão. Abinoã observou em choque, enquanto os companheiros travestis do finado o carregavam para fora, com um deles jurando vingança.

Mas isso depois não importava. Eles acharam ouro e tiraram fotos com vários maços de dinheiro e garrafas de uísque. E assim nasceu o Orkut. Abinoã usou sua parte para comprar fichas pro fliperama e de telefone para falar com a esposa grávida dele, que implorava para que ele voltasse, também porque tinha um astronauta obeso e estranho na sala de estar deles, que tinha levado mil tiros e estava apodrecendo. Ele disse que era só levar ele pro lixo não - reciclável. Ou orgânico, sei lá. Mas ela respondeu que não podia carregar ele porque tava grávida!

Ela perguntou por que ele não poderia voltar, ele já tinha conseguido dinheiro bastante até pra uma anhanguera. Mas ele disse que "NÃO! Eles precisam de mim! Precisam da minha narração em off sem que eu cale a boca nunca mais!" - E ele ficou por ali mesmo, porque... dane - se que a esposa dele tá grávida, porque o que estava por vir era bem melhor.

Ele e o Menino Orc foram para a zona, o que não foi interessante, assim como qualquer coisa no "Serra Pelada". O foco sempre ia para o feroz bando de travestis que jurou se vingar do Menino Orc, matando o filho dele. Mas ele não tinha filhos, então iam esperar pacientemente até ele ter um.

A indignação deles era tão grande quanto a das pessoas que viram "Serra Pelada", no qual o Capitão Nascimento faz uma mistura de palhaço frustrado com leão marinho que não foi interessante.

Depois de terem gasto tudo tolamente com bebida e mulheres, eles viram que estavam sem dinheiro. De novo. E que agora o chefe deles era apenas um peão nas mãos de Von Rammstein, um estrangeiro muito mau que queria roubar as terras de um certo José de Ribamar, cujo filho era mantido refém. E com a ajuda atrapalhada dos dois, ele fez tudo sozinho e se libertou, e se deixou acertar por um jagunço retardado que voa e atira.

E agora que souberam do assassinato do filho do Ribamar, o governo militar interviu com toda a força. E foi o caos que seguiu, com o Menino Orc assassinado de forma hipster pelo travesti vingativo: envenenaram o cupcake dele.

Assim que abriram fogo contra os travestis, o sangue se misturou com a lama, e Heitor Dhalia ficou triste com a perda deles como elemento do serra pelada; ele tinha uma identificação danada com eles.
E a história simplesmente foi embora! Saiu correndo rápido demais dali e foi pra Brasília! E não voltou mais. E como é que o Abinoã ficou? Ninguém liga pra isso; ele era um otário de qualquer forma.

Moral: Se preocupe com o meio ambiente.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A Saga da Dança da Motinha e da Nuvem de Espadas e Cocos

Tudo começou há muito tempo, em uma terra que transcende tempo e espaço... na Era Sigiriana, um mundo criado pelos deuses em um dia de tédio, que nem vídeos toscos na internet.

Nela havia um feiticeiro diabólico, com conhecimentos entranhados em artes negras e ignóbeis, que atraíam nada além da ruína e o ódio dos deuses. Seu nome era Narloch, roubado do obituário de um usineiro de açúcar, que mereceu a morte! Era sem dúvida o filho do demônio, que tinha um conjunto de roupas e acessórios especiais para eunucos, o que incluía uma camiseta do Zeca Baleiro.

Sua queda em torpeza e infâmia era evidente agora, mas antes ele era um dos expoentes de uma poderosa entidade religiosa terrena... a Vaga Religião, que pode ou não representar em um mundo fantasioso mequetrefe de moleques da 5ª série uma entidade da vida real! Eles eram guardiões originais da magia boa, que fazia... absolutamente nada. De que adianta magia sem bolas de fogo ou convocar demônios de outra dimensão? No fim o ideal era nem ter.

Era isso que atraía vários outros estagiários ingênuos e boas pessoas para o mesmo caminho trilhado por Narloch, de carona em caminhões com os coelhinhos felizes para a desgraça nas mãos de seres das Trevas!
Mas o que realmente aconteceu com Narloch foi a expulsão do corpo da sede suprema da Vaga Religião, porque ele era insuportavelmente arrogante e metido a sabe-tudo, após noites sem dormir revirando velhos pergaminhos com a cabeça alojada no meio da bunda e sotaque italiano forjado e ruim; era impossível passar muito tempo perto dele.

Ele acreditava que a expulsão foi o cúmulo da injustiça contra ele; afinal, ele era o melhor de toda a Vaga Religião! Era melhor em qualquer coisa! Pelo menos era isso a que era levado a acreditar depois que a mãe riponga dele o colocou ele em uma escola alternativóide "progressista" especial de ensino à distância na qual era "proibido proibir" e ele só aprendia "quando ele quisesse".

Ah, mas sua vingança seria malígrina... seu odioso plano causaria o colapso da Vaga Religião, e sobre os escombros dela ele governaria toda a civilização em um reinado de terror e sombras!
Para isso ele contava com a ajuda dos elementos, que ao seu mando rebolavam sem parar! Ele caminhava entre todos os planos da existência, e foi em um deles que ele perdeu as chaves e teve visões de seu pior inimigo, aquele que poderia impedir seu plano de dar certo...

Era ele que caminhava sobre a terra sem rumo, cada vez mais irritado! Tinha uma cobra em sua bota e ele precisava urgentemente achar um lugar para levar sua espada pra dançar, caso contrário ele iria destruir tudo no lugar que ele estava; não que ele fosse conseguir, pois era um pitboyzinho que seria logo inutilizado pela polícia.

Ele estava muito cansado de andar sem parar, além de estar com fome e com sede, pois as únicas coisas que tinha levado para comer há vários anos quando saiu de casa eram um nescau de caixinha e um punhado de uvas. E seu nome era Hua, Quérin Hua.

Hua caçava artefatos míticos que nem um Indiana Jones dos pobres, em um lugar muito frio que nem aqueles da era Sigiriana, só para vendê - los mesquinhamente e gastar tudo em bebida e danças idiotas que podiam sair de graça, pois eram realizadas em terrenos baldios para moleques da 5ª série que caçoavam da estupidez inerente a ele.

Mas ele preferia não gastar com vagabas e prostitutas em geral. A satisfação de sua lúxuria era realizada em emboscadas cheios de bandidos que usavam uma donzela indefesa como isca. Ele trucidava os bandidos apenas com seu joelho cheio de água, e, simplesmente do nada, ele passava a afogar o ganso com a donzela ali mesmo, no lugar da emboscada, geralmente uma floresta cheia de pedras nas quais ele mostrava do que seu joelho era capaz.

E juntos os dois iam para tavernas - confeitarias, onde havia fornicação e torta. E ele vivia à base de fiado, sempre fugindo pela janela, e deixando a pobre donzela para se explicar para violentos jagunços.

Dessa vez ele estava indo atrás do Medalhão Sodomítico da Bestialidade, que poderia trazer salvação a mundos inteiros; não que ele soubesse ou se importasse, o que valia era conseguir algo para sustentar sua vida à toa.

Ele subiu vários barrancos que serviam de aterro sanitário, até encontrar a passagem escondida; e foi assim que ele ingressou no ventre hediondo do morro... Através daqueles túneis úmidos de terra e raízes, ele encontrou o altar perdido, com o tesouro que procurava sobre ele; infelizmente para o maroto que ele era, havia só um pedaço inútil de argila, quebrado, ainda por cima. Não era isso que vários mercadores e eremitas lhe descreveram! Mas eles só sabiam encher a cara e confundiam travecos com mulheres, então não eram a fonte mais confiável de informação.

Mas pior do que em um videogame perigosíssimo para o qual se escoa culpa de burrices que pré - adolescentes mimados e à toa fazem, vários assassinos apareceram do nada! Estavam escondidos lá dentro daquelas escuras cavernas, apenas esperando Hua!

Mas nenhum deles era páreo para Hua, que lhes fez provar do aço mais fino com ervas que já existiu! Quase todos pereciam diante de seu joelho do terror! Só que Hua era muito covarde, especialmente em relação a assuntos polêmicos como aborto e pena de morte, e quando aqueles jagunços queriam discutir civilizadamente, ele saía correndo e dizendo: "hahaha nunca vou me casar! Tenho nojo de meninas!"

E ele conseguiu fugir vivo com seu tesouro decepcionante, com a única intenção de tentar vendê - lo. Com a reputação superestimada dele, não seria tão difícil.
Mal sabia ele que os assassinos enviados para eliminá - lo estavam a mando de Narloch, o Devastador de Mundos. Ele queria muito aquele pedaço de argila, pois só ele e o sangue de uma virgem poderiam fazer com que seu ritual torpe desse certo...

Ele já conseguiu uma metade na profanação de um templo das terras ao sul por seus mercenários romanos, e agora faltava a outra, da laranja, dois amantes, dois irmãos (ui, incesto, que nojo), duas forças que se atraem, sonho lindo de viver.
Ele teria que dar um beijão, com muita vontade, em quem possuísse a outra metade, assim mandava o ritual. Ademais, Narloch era conhecido por colocar no perfil que trabalhava na VASP e compartilhar imagens de páginas de humor genéricas.

Enquanto isso, Hua fez seu caminho sofrido até Belvedere, capital do reino de Rosquir, onde ficava coincidentemente ficava a sede da Vaga Religião, símbolo do poder da Genérica Divindade sobre a terra. Foi lá que Hua viu vários pedintes e flanelinhas, além de vendedores de imagens sagradas, além de sua parada obrigatória: mercadores desonestos para vender os artefatos que conseguiu matando aranhas gigantes, que além tudo lhe deram experiência de vida e amadurecimento para qualquer emprego, para descolar uma grana e gastar tudo enchendo a cara acompanhado de quengas que bebiam cerveja de canudinho, depois de muito tempo na selvageria sem emboscadas.

Só que ele não achou ninguém interessado no Medalhão Sodomítico. A única resposta que recebia era: "tire esse pedaço de cerâmica imprestável daqui! Até parece que você não explorou uma criança da pré - escola para fazer esse lixo! Seu bruxo indigente vendedor de artesanato vagabundo!" - Hua na maioria das vezes foi expulso a vassouradas, enquanto tentava argumentar que ia valorizar muito no futuro.

Agora que suas tentativas de lucrar falharam miseravelmente, ele teve que se contentar em ir até uma taverna que aceitasse fiado. Ele ia tentar negociar o medalhão, mesmo sabendo que não ia dar certo de qualquer jeito.

Quando ele deu por si novamente, ele em uma mesa cercado de rameiras novamente, que estavam eufóricas com a demonstração de status que ele deu trazendo a bebida que pisca. E ele estava completamente distraído dos olhares malignos que recebia a apenas umas 4 mesas de distância.

Ele decidiu então subir com a sortuda (ou não) que iria esquentar sua noite, levando joelhadas na cara. E no meio das escadas, os dois foram atacados por sujeitos encapuzados! Hua levou tantas pauladas na cabeça que isso lhe fez lembrar os tempos no chuveiro depois dos jogos de futebol americano; era a hora mais esperada de todas... E a acompanhante dele não resistiu aos ferimentos, morreu e ficou simplesmente largada lá, e os clientes acharam absurdo aquilo num estabelecimento de família e detonaram o lugar no trip advisor por causa disso.

E Hua foi desperto apenas horas mais tarde, diante do Rei Ganido, o corrupto soberano de Belvedere, que apesar de ser símbolo de ostentação e valor entre as cidades do Leste, governava seu domínio a partir de um barracão. Ele se vestia com peles que lhe faziam parecer gordo (era o que ele dizia pelo menos), e forçava meninas inocentes da 8º série a simularem lesbianismo e usarem trajes de dançarina do ventre.

Ganido então riu diabolicamente e disse que Hua seria condenado a se ficar se esfregando em seus gladiadores fortes e suados (prática punitiva e humilhante que sobreviveu até os dias atuais de hoje em dia ultimamente sob o nome de UFC), mas antes de mais nada, ele teria que passar um tempo em seu glorioso formigueiro humano que servia como moinho de fabricação de chapas de alumínio!

E Hua foi mandado para lá, observado com ódio vivo o rotundo rei Ganido que o mandava para o suplício interminável! Mal sabia ele que Ganido era apenas um assecla de Narloch, que invadiu sua mente com magia negra e o manipulou para condenar Hua e gastar toda a receita dos impostos de Rosquir em produtos da Avon, que Narloch revendia para sustentar sua rede de intrigas e estudos arcanos.

Ele foi obrigado a assinar a carteira e passou a andar acorrentado, pronto para fazer lâminas de alumínio para substituir aquelas que moleques cretinos destruíam sem nem ao menos saber o quanto eram caras! Tudo enquanto era observado por guardas que usavam máscaras, sujeitos sem rosto; mas era só para parecer que tinha mais porque quase ninguém na Era Sigiriana tinha dinheiro para bancar nada e tinham que reciclar guardas genéricos, que trabalhavam vários turnos seguidos com horas extras sendo devidas há anos.

Assim que Hua chegou no refeitório, logo vários escravos simpáticos queriam puxar assunto com ele. Mas ele não estava satisfeito! Ele só pensava nele mesmo e reprovou todos os testes psicotécnicos do DETRAN na existência! Ele pegou uma chapa de alumínio que afiava somente na expectativa por esse momento e decapitou um dos guardas mascarados! Todos olharam em choque!

E Hua continuou rodando a baiana pelo moinho, decapitando muito os guardas mascarados que apareciam! Assim iam ficar sem figurantes! Mas os outros escravos traíras o dominaram e o entregaram para as autoridades!

Os guardas finalmente lhe destituíram das armas e do medalhão, e para realizar uma punição exemplar daquele motim, pegaram os escravos que o delataram, que esperavam muito uma generosa recompensa, e os executaram brutalmente no pátio, com todos os trabalhadores reunidos. E Hua foi mandado para a solitária.

Era uma prisão feita completamente de um vidro espesso, à prova de balas se elas tivessem sido inventadas naquela época, na qual ele foi internado de madrugada, na qual ele foi atirado sem a menor cerimônia por um buraco no teto.

Hua tentava ansiosamente bolar um plano de fuga, sem sucesso. Ele ficou chateadinho e sentou no chão que só tinha grama morta e ossadas. Incompetente como só ele, ele pegou no sono. Quando acordou, era por causa de um calor infernal. O sol estava quase a pino! Aquela prisão, com suas paredes e teto de vidro, concentravam todo o calor do sol, transformando - a em um forno no qual Hua iria cozido vivo!

Ele tentava quebrar as paredes com as ossadas, sem nenhum sucesso! Até que, do nada, uma corda caiu pelo buraco. Antes de tentar raciocinar o que era aquilo, ele subiu o mais rápido que pode, lembrando o treinamento militar que nunca teve, quando foi incluído no último minuto no excesso de contingente.
Quando estava quase chegando ao buraco, a corda queimou e ele quase despencou por todo o caminho que tinha feito, se agarrando a uma borda por reflexo, mas ele sofreu queimaduras feias na palma da mão e gritou que nem um gato estrangulado, e às pressas subiu e caiu pro lado de fora, por pouco não se quebrando inteiro na queda.

Ele havia escapado com vida da solitária, mas estava triste que teve suas mãos queimadas, e suas noites sozinhas não seriam mais as mesmas. Agora que estava salvo, quem teria jogado a corda? Foi então que se aproximou uma mulher a cavalo, que sem nenhuma vontade de conversar, por pura obrigação, disse que ele mereceu ser salvo porque o que os deuses reservavam para ele era importante. De relance, Hua a reconheceu e perguntou se não era aquela guria dos Jogos Mortais, a Khaleesi.
" Katniss" - ela corrigiu. Alamé Katniss, nome pronunciado que nem alguém que se queimou com café e teve sua língua martelada. Que seja. Era ela que cavalgava pelas quatro estepes, no único cavalo existente da Era Sigiriana, visto que ela na vida real era sócia do country club. O motivo pelo qual os cavalos sobreviveram até hoje é que justo aquele cavalo encontrou uma fêmea da mesma espécie, gracyanne barbosa.

Algumas tribos de nômades atribuíam poderes místicos a ela, pois uma aparição dela só ocorria a cada dez anos, se não chovesse. E Hua só deu oi, sabem os deuses quando iriam voltar a se ver. Como inimigos talvez, quando o ciclo estivesse completo.
Alamé avisou Hua que ele deveria deter Narloch, que já colocava em prática seu plano diabólico, usando o Medalhão Sodomítico completo com a metade que roubou de Hua!

Nas catacumbas escondidas de Belvedere, Narloch estava prestes a atacar e violentar os inocentes! Exatamente acima dele, estavam várias multidões que se empurravam para ver, da torre mais alta da cidade, os três sumos - sacerdotes da Vaga Religião pregarem como a vida é bonita e que existe paz no universo. Era um franzino, Atalus, um gordão, Orzhas, e uma mulher, Bãsfídia, que pregavam às massas.

Com seus poderes profanos, Narloch invadiu a mente de um dos passantes que estava distraído olhando pro chão, cagando e andando pras pregações. Não só a mente dele foi invadida, mas várias! Narloch poderia manipular as mentes mais fracas de toda uma multidão, o que seria a única explicação plausível do por que um concerto da Clarice Falcão atraía mais de um cinco pessoas.

Narloch ordenou a todos eles que começassem a matar uns aos outros! E cada um deles atacava o outro irracionalmente, com extrema brutalidade. Os sumos sacerdotes olhavam para baixo em choque enquanto aquela briga injustificada só se agravava, logo virando uma guerra civil completa.
Eles não ousavam descer do alto da torre, seria suícido. Diante disso, Atalus se lamentava em voz alta e pouco convincente, de como a Genérica Divindade poderia permitir algo assim! Mas então Orzhas ficou fora de si, agarrou Atalus e o jogou do alto da torre. Isso porque gordo só faz gord... merda.

Quando Hua chegou à cidade, ele viu como o lugar estava virado de cabeça para baixo. Belvedere estava perdida. E chegou Alamé e ajuda dos céus, com bastante frio, e abriam seu caminho entre a multidão com espadadas. Ela disse para Hua sair correndo até as catacumbas!

E ele obedeceu. Desviando dos odiosos passantes e dando uma surra em quem merecia, ele atravessou a cidade inteira sem descansar e fez seu caminho pelo subsolo imundo e sombrio, até chegar Narloch, que tinha uma virgem nua em um altar improvisado e um enorme punhal cerimonial em mãos. Seus olhos brilharam com um ódio aterrador quando viu Hua pela primeira vez, em pessoa, lhe dizendo: "Desista, Narloch vagabundo, você nunca conseguirá!".

E além de ser atacado por relâmpagos, Hua viu Narloch sugando seu sangue e pisando na espada dele. E por fim, Narloch o atravessou com o punhal cerimonial, e a última coisa que Hua viu foi o rosto de Narloch, aquela cara de bichona sob um capacete muito rebelde, antes de despencar ao chão, sem vida.

Agora o ritual está completo - assim pensou Narloch, e foi dar um beijo na virgem. E não aconteceu nada. Os Planos não convergiram, como planejado. Foi aí que ele se lembrou que fez tudo errado: era para matar uma virgem e beijar quem tivesse o Medalhão, mas nem era mais o Hua quem o tinha àquela altura.
Enfim, Narloch pisou feio na bola e os deuses das trevas ficaram furiosos, e por uma fenda na realidade ele foi abduzido para uma dimensão na qual ele serviria de brinquedo sexual para aberrações anticósmicas durante toda a eternidade.

E Hua conseguiu enganar a Morte, com resta - um, e ela avisou que um dia, qualquer dia desses, eles voltariam a se ver. Então ele acordou assustado, quase que como de um pesadelo, no meio de uma vasta estepe. Sem que ele soubesse, Belvedere foi riscada da existência pela magia terrível e complôs com divindades do mal de Narloch, que nunca mais seriam uma ameaça.

Em sua segunda chance de viver a vida ao máximo, Hua estudou absolutamente tudo sobre a história da Polônia, e quando ele viu Alamé, ele disse para ela que, ao contrário do que ela pudesse pensar, Polônia não tinha nada a ver com a Rússia, as línguas são completamente diferentes.

E ela ficou um pouco aborrecida e o lembrou que ela era a melhor da sala, e só por causa dele ela zerou no trabalho, bundão. E ela foi embora ao pôr - do - sol.

Moral: Tudo começa com intenções boas, que nem uma laranja. Mas dai vem energético, cerveja e empadinha gordurosa e tudo vira uma porcaria.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Abinoã contra a numerologia!

Tudo começou em 50 a.c... toda a Gália está conquistada. Toda a Gália? Não...
Não que isso importe, pois essa é a história de Abinoã, o tigre que vomitava, que vomitava por toda a floresta feliz causando desequilíbrio ecológico completo. Certo dia ele foi até o ponto de ônibus pegar o Jornal do Ônibus, porque era de graça e ele era sovina demais para comprar alguma coisa que minimamente valesse a pena ler.
Depois de acompanhar bem de perto notícias importantíssimas de alguém que apareceu no "A Fazenda", seus olhos viram uma coisa absolutamente abominável: um maldito horóscopo!
Ele começou a rasgá - lo loucamente, com todo mundo olhando feio, como se ele fosse um babaca enlouquecido, o que não estava longe da verdade! Mas aquilo no jornal era com certeza um atentado contra sua vida...
Todo mundo sabe qual era a função daquela sessão de crendice grotesca, aquele desperdício de espaço num jornal: incentivar músicas medíocres e forçadas, além de transformar todos em narcisistas medonhos!

Agora que ele já havia sujado o ponto de ônibus com pedaços de jornal e feito crianças pequenas chorar com sua brutalidade retardada, ele quis procurar o responsável por aquela porcaria, e juntando demoradamente os jornais e impedindo as pessoas de pegarem seus ônibus, ele chegou ao culpado: Mauriçoca Ucraniano, um sujeito maligno viciado em Legião Urbana, inveterado comedor de panquecas de frango, que tocava músicas de trás para frente e com o que ouvia escrevia seus horóscopos. Quando ele não conseguia extrair nada de interesse delas, ele repetia o que ele tinha escrito antes, só mudando a ordem e trocando uma palavra ou outra. Isso só acontecia sempre.

Isso só se devia ao fato ocioso de Mauriçoca ser um mimadinho que achava que tudo tinha que ser do jeito dele! Era isso ou nada!

E assim Abinoã se tornou presidente através de uma gloriosa guerra civil e ordenou que todos os horóscopos fossem queimados; até instituiu uma organização criminosa para isso.

Só que, a despeito de seus melhores esforços, Abinoã ainda não tinha conseguido a cabeça daquele velho astrólogo que era o Mauriçoca. Até o dia que este parou de se esconder e conseguiu a menina de quem Abinoã gostava mas que nunca dava bola pra ele! E Mauriçoca ameaçou fazer um mapa astral dela! Muahaha! E Abinoã gritou: "Nããão! Maldito!"

Quando Abinoã finalmente encontrou aquele sujeito diabólico em sua casa, ele disse que a astrologia era só uma distração, porque havia uma ciência ainda mais terrível e complexa: a numerologia! Agora Abinoã iria se bater com numerologia! Era outra coisa que ele odiava, porque ele odiava matemática! Pelo menos desde que, na quarta série, ele ficou bêbado no meio da aula, tocou música eletrônica irritante e vomitou no quadro quando foi tentar resolver um exercício no qual demorou meia hora, com a sala inteira xingando ele e seus pais. E depois dessa a cantina do colégio do Abinoã não pode mais vender bebida do jeito que queria... Os turcos dela ficaram brutos com Abinoã e não venderam mais nada pra ele até ele se formar e sair de lá.

Mauriçoca lhe atribuiu o número 3, e assim ele teria que descobrir todo o significado subjetivo por trás desse número, além da pedra e do animal que o representassem! Abinoã tinha que reagir, então chutou uma bola de futebol que era do Mauriçoca, e que ele iria recolher, pois só ele podia chutar!

E a bola acertou uma viga de madeira e fez a casa desmoronar, matando todos.

Moral: #Diga #não #a #hashtags.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A Espera

Tudo começou há muito tempo, em uma terra muito distante onde o Sol não nascia, que existia somente em lendas... Nela viveu um cavaleiro em uma armadura de aço negro que o fazia parecer um Dr. Destino renascentista. Ele tentou ser músico e não conseguiu, e logo passou a dedicar sua vida a matar dragões e resgatar donzelas, sempre seguido de seu fiel escudeiro.

Eles rumavam para as terras arrasadas onde encontrariam e matariam outro odioso dragão, uma fera sanguinária, o mcnífico, que massacrava os inocentes, roubava tesouros e donzelas e os acumulava em suas torres; e também deixava crianças de castigo pro resto da vida quando jogavam água na torradeira ligada. Porcaria de moleques.

Apenas os dois não seriam capazes de derrotar a criatura sozinhos, então decidiram formar um grupo de aventureiros, desses que estão destruindo a democracia. A eles se juntaram um elfo arqueiro clichê, Yalta, o mais macho do grupo, que usava um colete com coração no meio, e Boróf, o anão que era um forjador de armas de habilidade iniguilável, e que fazia uma dança lenta e sensual que enlouquecia mulheres e homens. Normalmente mais homens do que mulheres.

Eles e mais um grupo de menestréis contratados pelo cavaleiro, através de promessas de que assim que o dragão morresse, iriam dividir o tesouro saqueado. Ele nem estava nessa pelo ouro, e sim pela donzela. Ele pegava todas, e ensinava como. Mas o que é meio pesado de dizer, é que ele já transou com uma no banheiro de um calabouço. Que nojo, né?

E assim, eles partiram nessa grande busca. Eles chegaram até uma terra onde não havia nada além de fogueiras do Capeta e camponeses atravessados por estacas. Apenas mais uns passos depois e viram a sinistra torre, e enfim o dragão apareceu, com os olhos injetados de ódio, cuspindo fogo para todos os lados.

O cavaleiro, sem nenhum apreço pela própria vida, se jogou contra o monstro, com um grito desafinado de moleque de 12 anos, escapando por um triz do fogo que o faria encontrar com seu criador.
Quando alcançou o dragão, ele começou fazer carinho em sua barriga, e em seguida ele cedeu ao carinho, e todos acharam fofo e engraçado. Mas depois os dois passaram para um beijo de língua, daí todos ficaram com nojo.

O dragão parecia finalmente subjugado, mas, literalmente do nada, surgiram um bando de tubarões que estraçalharam o cavaleiro com várias fileiras de dentes! Ele ficou todo mordido e fodido. Ele só sobreviveu, por sorte, porque os tubarões não sobreviveram muito tempo sem nenhuma água a quilômetros.

E de repente um urso apareceu, e ele iria atacar o bando! O fiel escudeiro, que já tinha bebido mais de uma, se colocou diante do urso para enfrentá - lo; ele achava que se lembrava da época em que ele lutou contra um urso! Mas esse urso arrancou sua cabeça como a de um boneco e o estripou.

Todos já se acovardavam de horror, quando o cavaleiro partiu pra cima dele! Ele saiu ainda mais lacerado pelas garras infectas, mas deu cabo do urso, fatiando - o que nem um rocambole! Mas foi aí que um dos menestréis gritou horrorizado: "um dragão do mar!" - mas logo ele foi avisado que não precisava daquilo, era só um jacaré e todos sabiam. Isso junto com hienas, um elefante, uma morsa, e um hipopótamo que jogava os menestréis para todos os lados, e arrancou o braço de outro, e então surgiram um monte de chipanzés! Avisaram para parar porque já estava ficando ridículo!

O cavaleiro olhou em volta, a situação parecia completamente perdida! Em seguida houve uma revoada de milhares de pássaros, que cagaram nos olhos dele! E Yalta, o elfo, foi pisoteado até morrer por um estouro da boiada.

E o cavaleiro ficou bruto e disse: "Parou com tudo isso! Chega!" - e levaram horas para mandar todos os animais embora, com mais baixas, e tiveram que limpar tudo porque os vizinhos eram brutos.

A poeira havia finalmente baixado, e só havia Boróf e o cavaleiro; os menestréis restantes foram embora, acreditando que não havia recompensa que valesse tanta degradação. Agora era só questão de limpar toda a torre de seus tesouros e levar a garota no final.

Só que, de súbito, Boróf foi desintegrado num jato de chamas! O temível dragão havia voltado, e em sua voz malévola ele perguntou para o intrépido cavaleiro: "Por que você não olha mais nos meus olhos quando fazemos amor?!"

Preparado para a batalha o cavaleiro se atirou mais uma vez contra a fera, desviando de garras e o terrível fogo, e fez carinho na barriga dela outra vez, para ficar repetitivo. Numa manobra sorrateira, ele sacou a espada e atravessou o coração odioso do dragão com sua espada.
Em um rugido hediondo, o monstro se desfez ao chão, e os últimos suspiros de vida o abandonaram. Sua queda sacodiu a terra, e fez a torre desmoronar, e o cavaleiro deixou um gemido efeminado escapar: estava tudo acabado; a princesa que devia estar lá dentro provavelmente morreu esmagada, foi tudo a troco de nada.

Quase indo embora, ele olhou para trás e a viu! Milagrosamente ela sobreviveu sem nenhum arranhão! E o cavaleiro saiu correndo ao encontro dela. Sua voz deixaria os anjos com inveja, lábios doces que nem... doces. E olhos lindos que o olhavam com malícia, e também explicavam a tendência dela de seguir dietas bem alternativas de comer qualquer raiz que visse pela frente; ela ainda ia morrer disso...

Ela queria muito agradecê - lo por salvá - la do terrível dragão, e isso significava gratificação física. Mas o cavaleiro disse que não, não queria. "Como assim não quer?" - ah, sei lá - ele respondeu. Ele tava com muita vontade no caminho, mas depois de ser quase morto por um dragão e um mundo de animais, não é todo mundo que fica a ponto de bala... Ninguém fica. Ela deveria ter expectativas mais realistas. Pelo menos ele estava ali para conversar. "Conversar o cacete" - respondeu a donzela, que mandou ele tomar naquele lugar e foi embora.

Moral: Sempre aprenda se divertindo!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A menina que roubava cachorros


Tudo começou há muito tempo, com a vida de Tati, a guria super revolucionária de super hiper extrema esquerda com infeliz semelhança física com um membro do Manowar que não sabia o que fazer naquele mês frio e odioso.
Trabalhar? Nem pensar. Sair com as amigas? Não. Ah, foi então com as notícias de mais e mais manifestações foi que ela soube o que deveria fazer. Ela pediu pra mamãe comprar uma balaclava num feirão de motos, e assim Tati foi para um lado mais patético da Força, o lado da Frente de Libertinagem Animal, célula criminosa jamais punida,  por seus integrantes serem vegetarianos virgens e arrogantes, patricinhas descerebradas e maconheiros indigentes vendedores de artesanato. O objetivo deles era libertar absolutamente todos animais, para que eles fossem livres e cagassem por todas as ruas, sob o lema "temos todos que pegar!".
Um deles havia houvido falar que um instituto muito malvado, o instituto Royale, que forçava beagles a jogar cartas e experimentar martinis de vodca batidos, não mexidos.

Era uma noite escura e chuvosa quando os badernistas invadiram o lugar, e quebaram tudu, e um deles acabou fazendo um cortezinho com vidro e saiu abrindo o berreiro: "Manhêêêê!". E Tati teve o momento da sua vida, levando uma porrada de beagles pra sua casa, pois ela sempre quis um mas a mãe dizia que não podia, porque ela passava muito tempo sendo uma revolucionária de araque e não tirava dez em tudo. Agora eles finalmente estavam a salvo daquela monstruosidade de porções de ração em quantidades exatas e tratamento veterinário adequado, com propósito científico de salvar vidas!

E outro grupo aspirante a Talibã nacional, os Black Eyed Peas, roubaram toda a atenção da mídia em apoio ao vandalismo, que nem os abutres que eles são. Os Black Fridays em questão se modelavam como Robin Hood e seu bando, com as saudáveis mudanças de manobrar as massas pela internet, e não pela TV (porque são jovens irados e antenados nas tendências!) e roubar dos ricos para embolsar tudo ou desviar pra uísque.
Debaixo das fantasias idiotas deles de Subcomandante Marcos devia ter um político estudantil convencido aspirante a manipulador e desviador profissional.

E o dia foi salvo, todos estavam felizes e as coisas ruins foram embora. Mas os beagles? Nossos intrépidos heróis venderam eles pra qualquer família com crianças que não iam querer mais os bichos em questão de poucas semanas, largaram eles por aí sem querer querendo, ou outras coisas mais licenciosas, depois de ouvirem que vídeos de bestialidade dão uma montanha de dinheiro na rede.

E a casa de Tati estava toda arrebentada e alagada de mijo que ela tinha dúvidas em relação a como limpar. Lágrimas amargas de frustração escorriam de seu rostinho supernutrido! Ela choramingava: "Ninguém na página do 'Prefiro bicho do que gente' fala dessas coisas!". Fora que ela não podia deixar aquele mundo de cachorros dentro de casa, principalmente com sua mãe no cio! Enquanto isso, os mesmos valorosos rebeldes que a acompanharam na libertação do instituto a denunciavam por maus tratos contra os cachorros! Eles precisavam de um espaço de no mínimo duas quadras de basquete e o apartamento dela só tinha 60 m2, era uma monstra!

Epílogo: Enquanto isso, as pessoas que passam o dia inteiro vendo páginas de ideologias políticas e jornais fajutos coerentes com seus pontos de vista no facebook e outros sites estavam ocupadas demais pra sair de casa e fingir que se importam com o lugar onde moram. A luz do sol talvez os fizesse mal, e era por isso que exploravam seus pais e avós por comida enquanto discutiam assuntos "importantes" com memes.

Abinoã II - O Outro Lado

Tudo começou há muito tempo, quando Abinoã, o lendário tigre que vomitava, estava se entediando até morrer em um curso de história do Afeganistão, no Clube Afegão. E de repente, houve uma atividade para trazer na semana seguinte: bolar uma ideia para um novo clube, visto que aquele clube seria completamente demolido com toda a turma em sala.

O problema é que Abinoã só conseguia chegar nos últimos 10 minutos de aula no único dia que ele conseguia ir, quinta, porque ele faltava todos os outros quatro da semana, não ia nas manhãs de sábado ou domingo de madrugada. Ele estava muito prejudicado no conteúdo; na última prova ele só escreveu merda.
Ele se justificava dizendo que ele trabalhava o dia inteiro cortando mato, o que ele provava pra professora mostrando seus dedos decepados com o facão enferrujado. Ela compreendia, mas achava muito, mas muito ruim.

E o trabalho em sala era a única chance de Abinoã avançar de módulo! A sala inteira tinha três aulas para apresentarem seus trabalhos, enquanto Abinoã tentava desesperadamente conciliar seu emprego miserável e as aulas, coisa que seu chefe odiava, porque ele era cheio de carne. Certa vez ele mandou Abinoã matar um urso, mas ao final do expediente ele foi conferir e Abinoã só havia sujado todo o terreno com latas de cerveja, vomitou como de costume, e desmaiou do porre em cima das farpas do bambu que ele cortou.

Foram duas aulas e Abinoã deu a mesma desculpa esfarrapada de sempre e disse que "na aula que vem ia estar pronto". O fato era que ele não sabia mexer no powerpoint.

Além do mais, ele estava absolutamente sem ideias, o cansaço não lhe dava nenhuma margem para pensar, apesar de considerar aquilo a coisa mais importante da sua vida no momento. Todas as ideias boas já foram pegas: clube de música, clube de esportes ao ar livre, clube de oratória, clube de informática, clube da luta (que não teve apresentação, tendo em vista a primeira regra do clube) e clube do livro, ideia que veio ironicamente de uma guria da sala cuja única coisa que ela leu na vida foi 50 tons de cinza.

Eventualmente Abinoã fez das tripas coração e conseguiu terminar o trabalho no último instante, no ônibus que pegava para ir para as aulas do clube. Ele ia apresentar por último, em seguida da apresentação da caçula da sala, a Lulu, de 7 anos, que era um amor de pessoa.

A ideia dela era um clube de bonecas de pano, para resgatar a antiga arte perdida das bonecas de pano das avós, que eram amplamente personalizáveis e promoviam um ótimo diálogo entre gerações e trazia uma dimensão lúdica a uma atividade artesanal.

Abinoã deu uma risada ruidosa de desdém, disse que era a coisa mais escrota que ele já tinha ouvido. E que a ideia dele era mil vezes melhor. Pois então a professora pediu para que ele a apresentasse. "Só um minuto" ele pediu, e a professora concedeu. Ele saiu correndo da sala para o banheiro no corredor, levando a bolsa cheia de tralhas inúteis dele.

Já foram 40 minutos, estava todo mundo revoltado querendo ir logo pra casa; as aulas terminavam tarde. A situação agravava a cada momento, daqui a pouco ia ter que chamar o choque. Foi aí que Abinoã arrebentou a porta da sala com um chute.

E quando ele apareceu diante da turma, ele estava com uma roupa reveladora muito justa, e começou sua apresentação de powerpoint, com danças provocantes que estavam deixando toda a sala louca de desejo. O Juca quase se levantou descontrolado da cadeira, estava a ponto de bala; mas os coleguinhas o detiveram antes que houvesse cenas fortes demais.

A apresentação de Abinoã era sobre a única... fantástica... Manteiga de Cacau para Curar Fobia de Barcos 2000! Só tinha dois slides com a formatação mais vagabunda da face da terra. Estava completamente imprestável, e pra piorar Abinoã ficava pedindo momentos de paciência para ajeitar tudo, o que ele não conseguia.

Para o enorme constrangimento de Abinoã, a professora falou o mais alto que pôde que a apresentação era uma ideia de clube, não um treco qualquer! Ele precisava prestar mais atenção! Todos riram e ele ficou nauseado de ódio diante de tanta humilhação.

Ela então ergueu Abinoã em seus braços e o levou para fora da sala. E atrocidades se seguiram! O crânio dele foi esvaziado para virar uma caneca de água de conserva de rollmops, que ela bebia todinha. E a sala ficou revoltada que nem renas com uma demonstração tão grotesca. E ela ficou feliz que um palito de dente veio junto.

Moral: Respeite normas de etiqueta nas redes sociais.

Spi - Salames

Tudo começou há muito tempo, quando Mestre avisou Spi, enólogo frustrado, de uma invasão estranha. Salames. Apareciam mais e mais deles, com sebo e olhando com seus olhos da morte. Estavam cada vez mais numerosos, mais motivados, mais bem - organizados. Eles já foram avistados fora das estantes do supermercado, e estavam ocupando posições importantes, com vários contatos e fisting; cada vez mais parecidos com o Leão Lobo. Dali a pouco teriam controle absoluto do abastecimento de água!
Agora cabia a Spi e Janete deter essa insidiosa invasão impossível, levando o filho dela em um enólogo que realmente prestasse.
Mas daí acabou, e mandaram o filho idiota arrumar o quarto e estudar para o vestibular, porque não tinha a menor graça.

Moral: Sempre vista sapatos confortáveis quando for fazer uma caminhada.

sábado, 30 de novembro de 2013

Ma, o Árabe

Tudo começou há muito tempo, numa era de guinada de uma animação para a mediocridade. Essa animação no entanto sempre teria seus fãs fiéis, assim como Ma, um músico arrogante que só teve UM sucesso e passou a ser tratado como um deus da música, talvez porque forças sinistras por trás dele, a crítica especializada, estavam com preguiça e precisavam de um melhor cantor do mundo para chamarem de seu, pra preencher cotas em suas ideias rasas com as quais escreviam artigos.

Ma, com seu único sucesso, que falava sobre um cara com dor de barriga andando de jipe na chuva (Nem pela música em si - entediante - mas pelas letras sobre as quais ninguém parava de falar), e que posers acham que é uma música animada com refrão gritado e dá pra jurar por deus que era de algum comercial de carro, ficou confiante demais em si mesmo, e se tirasse a aura que as forças superiores atribuíram a ele, veriam apenas um completo viciado em drogas que só tem isso para se orgulhar, que mente descaradamente que é bissexual, e depende muito mais de imagem do que de música, além de polêmicas baratas e demonstrações de ser um bundão.

Quando acossado, Ma contaria sua história triste de vida como medida de contingência, para que esses haters pudessem aprender algo com ele. "Ma" era seu nome artístico, sugerido por seu empresário, era uma forma bem mais sucinta de RabboussamaifikarrajaiiFiainaihaaralhayatiAtiilaikaminhathalkaaouniArjoukalabbilabbinidai, seu nome árabe original. Descoberto na infância como o filho de um sapateiro viúvo muito pobre, e justamente por isso um milionário ator de cinema 'cult', ele fez seu atalho até o topo e virou um 'gênio' musical toxicômano e infestado de DSTs. Pelo menos quando ele era criança ele não cheirava cocaína.

Como sempre, Ma roubou todo o foco; é só isso que ele faz bem. O foco da história era o que aconteceu depois da eliminação do Sol... O que aconteceu foi uma animação "para adultos", com dublagens grosseiramente ruins, como se nem tentassem; Além da dominação mundial por furries! Que fugiram, que subiram no telhado.

E nem é esse o foco da história. O foco era uma banda de garagem, com receitas de liquidificador roubadas por espiões rebeldes, atacando de uma base escondida.
A banda era liderada por Arcângela, vocalista que não cantava nada, só foi chamada pelo guitarrista Omar, que achava que liderava alguma coisa com seu canivete, na esperança de sexo, compartilhada pelo baterista que era um samurai frustrado, e pelo baixista infestado de vermes que tinha a voz mais irritante da face da terra, enquanto protestava quando destruíam seu carro toda semana (injustamente).

E Omar era um árabe, instrutor de zumba fitness, que tentava se convencer todo dia antes de dormir que ele servia pra guitarrista, mesmo que as 102 músicas que ele escreveu fossem uma droga, e imitassem umas às outras.
A única música menos pior que conseguiram compor era de autoria de Arcângela, que eram 5 intermináveis minutos dela forçando a voz, se perguntando: "oh, qual será o signo do Omar?" - Eu sei lá! Pergunta pra ele em que dia ele nasceu, porra. Isso e ela recitando conversa de bêbado. Era minimamente escutável, mas enjoava muito rápido. O fato é que Omar ficava completamente mordido de inveja da música ser dela, pois ele era um ególatra e queria toda a atenção do mundo só para aquilo que ele fazia. Era por isso que ele destruía todo o equipamento nos ensaios em desforra quando tocavam essa música, e usava as baquetas do baterista da escola do corte de madeira como garras maldosas e bestiais, parecendo um X-Men cujo superpoder era ser um babaca mimado.

Isso até o dia em que apresentaram em uma boate de beira de estrada, a única da qual ainda não foram expulsos pelo comportamento de Omar, e foram aproximados por um empresário que parecia um mickey paraguaio, ou sua versão apelativa para essa desculpa de animação. Ele disse que ficou sabendo deles de boca em boca (mas infelizmente ele era meio surdo) e perguntou se torciam pra CIA ou o KGB, se tinham bugigangas ou eram mais sérios, se gostavam de vodca martini ou heineken, e cadê o Sean Connery. Foi tudo um mal entendido que Arcângela teve que esclarecer: Eram uma banda de garagem, não de espionagem. E esse empresário mandou eles para aquele lugar; desperdiçaram o tempo dele.

Mas não tão rápido! Lá estava ninguém mais do que Ma, nas sombras. O que o tinha levado até ali era o anel que detectou a existência de Arcângela, o anel para controlar todos os outros, no qual ele colocou toda sua crueldade, sua malícia, e sua vontade de dominar todas as vidas. Um anel para todos governar.

Ma queria a voz de Arcângela, e logo todo o oceano seria dele! E ele também pensava em roubar aquela mulher para ele, porque ele era um fracassado desesperado e um moleque de bosta; não poderia reclamar depois que tudo desse miseravelmente errado e o Omar saísse ensandecido correndo atrás dele para chicoteá - lo com ferro.

 E assim Ma fez com que o empresário os chamasse para sua mansão.
E seguiram, mas demorou um pouco porque Omar insistiu em dirigir o carro do baixista e era um péssimo motorista, deixava o carro morrer a cada 5 minutos e dava um chilique.

Quando chegaram, Ma perguntou: "como cês tão?", apresentou seus três mordomos mal - dublados e deu para eles uma Eisenbahn que custa R$ 99,00 e vem com atestado de frescura. E foi a festa animadésima que se seguiu, do rei do camarote que era o Ma, com direito à dança provocante do baterista e o baixista olhando pro nada.

E Ma levou Arcângela para o jardim secreto dele, e os dois começaram a falar de Caetano e Rambo. Só que ela ouviu dele que o terceiro filme foi o melhor de todos! Ó céus! Ela entrou em estado de choque, e precisou ser buscada pelo pai. E ela não melhorou. Depois de um longo tratamento psiquiátrico, ela virou hipster!

O pai dela, um cirurgião, queria vingança. Foi então que ele sequestrou Ma e o transformou em uma mulher.
Ma se vestia de mulher de vez em quando para simular desvios comportamentais pra imprensa, mas ainda assim ele não podia sair, porque o cirurgião trabalhava no SUS e a pele que ele pôs por cima de Ma era feita de papel. E toda vez que vinham os amiguinhos dele que queriam brincar fora e tava chovendo, ele dizia que não podia e perguntavam: "Ah, é? Sua pele é feita de papel?" e ele tinha que responder "Sim. É."

E o cirurgião enlouqueceu! Ele sequestrou Omar e o transformou em mulher também, até porque ele merecia!

A falta de atenção da mídia incomodava Ma; logo o super astro do rock que ele era se tornaria irrelevante!
Foi então que ele seduziu o cirurgião com o corpo, roubou a arma dele, e quando lhe apontou, o cirurgião perguntou:
"O que está acontecendo?"
"Eu vou matar você."
"Isso é uma piada, certo?"
"Chame do que você quiser."
"Mas você prometeu!"
"Eu menti."

Ma fingiu que sabia cantar que nem Arcângela 'o signo do Omar' com instrumentos de merda inventados, que nem seus hinos drogadictos pretensiosos, e o cirurgião literalmente morreu de desgosto. Tudo culpa do videogame. Ele saiu correndo até a mansão dele, e foi recepcionado por seus mordomos. Ele começou a chorar. Quando lhe perguntaram o que que era, ele respondeu:
"Eu sou Ma [grito infantil mal dublado sem sincronia]"

Epílogo: Quando souberam que Ma morreu, fóruns neonazistas celebraram na internet que aquele "judeu sujo" finalmente morreu. Mas eram ignorantes demais para saberem que ele não era judeu.

Interlúdio: A triste história de Spi

Originalmente de 07/05/10, na época não foi terminado e nunca houve intenção de publicar nesse blog, que eu deixei esquecido.

Tudo começa na casa de Short Colado, garoto de 11 anos do qual fôra de guardião, depois que a mãe zelosa do guri o deixou entrar, na condição de usar um uniforme vermelho ridículo idêntico ao qual Short usava, compartilha a história de sua conturbada juventude...

NARRAÇÃO [Spi]: Tudo começou, no dia em que nasci...

[Cena no Hospital Os pais de Spi estão diante do médico. Câmera: Cor de sépia/ preto e branco, de frente aos três, de perfil]

Médico: - Parabéns, Sr. e Sra. Afogado, vocês tiveram um menino saudável. Já pensaram em um nome para colocar na criança?

Pai de Spi (sério/confiante): - Ah, sim, claro. Eu me preocupo com isso desde os 13. Já pensei em todos os detalhes. O nome dele será Ganso, em homenagem ao meu animal favorito. Nós daremos a ele uma vida muito burguesa, com muito conforto, muito contentamento. Ah, e como iremos querer que ele tenha uma profissão séria e rentável, e que more no exterior, (levemente indignado; Câmera agora foca somente o rosto do pai de Spi ) mas você acredita que ele vai querer nos desafiar, querendo se arriscar a escrever musicais?! Eu bem que  vou alertar ele, mas não. Ele não vai me escutar. Não vai fazer faculdade, pequeno cretino. Vai ser um sodomita, um boêmio, viciado em morfina. Por mais que ele se esforçe, ele não vai faturar um centavo, seguindo o seu "sonho" (tom de desprezo), (exaltado) sequer um centavo para pagar o aluguel de uma pensão imunda, caindo aos pedaços, e infestada de insetos. Então, ele vai passar a ser um escritor e ator de pornografia fracassado, e vai tentar vender vodca caseira com botulismo para sobreviver, e no final, ele vai morrer de câncer de pulmão. Nenhum pai deveria enterrar o seu filho, mas eu irei, o que vai me deixar muito preocupado.

Médico: - Como ele vai morrer mesmo?

Pai de Spi (com o ar pesado): - Câncer de pulmão.

[O médico pega uma faca de cozinha e fura o tórax da criança, que começa a chorar. A mãe cobre a boca, em choque. O pai se indigna.]

Pai de Spi (exaltado): - Não! Não! Porra! Eu disse câncer de pulmão! Câncer! Não um ferimento muito grave! Olha o que você fez! Ele não vai sobreviver dois dias. [respira fundo, olha cínica e sobriamente para o médico]: Muito obrigado. Muito obrigado por estragar meus sonhos para o futuro. Muito obrigado mesmo. A gente volta aqui daqui a uns 10 meses. (a mãe cobre o rosto e chora)

NARRAÇÃO: - Eles erraram. Eu sobrevivi. Sobrevivi mal, mas sobrevivi. Aos 4 anos de idade, fui adotado e escravizado por Roscan, um vampiro viciado em roscas de polvilho e que me obrigava a ir do seu retiro sombrio para a civilização comprar roscas de polvilho com a minha mesada, fornecida por ele. E assim foi, até um dia, em que estava no meu caminho para comprar mais roscas de polvilho e Nescafé, eu indiquei a um cavaleiro da luz a localização do esconderijo. E foi então que Roscan foi finalmente destruído. E passei a morar em um orfanato, até os 17, quando eu descobri como meus pais me abandonaram, e eu fugi, em busca de vingança [flashback cor de sépia, mostra Spi tirando de baixo da sua cama uma caixa de sapato, e de lá tirando uma arma]. Em minha busca, descubri que minha mãe havia morrido de linfoma, e meu pai, que nunca trabalhou na vida, e vivia de parasitar minha mãe, enlouqueceu depois da morte dela, e não só enlouqueceu, como soltou a franga! Se tornou um travesti tão patético, que, quando me encontrei com ele, em seu apartamento, eu me recusei a matá - lo. Ele já estava morto, lá no fundo. E descobri no dia seguinte que ele se suicidou pouco depois de eu tê - lo visto. Sem mais nada para me apegar no turbilhão da vida, eu me juntei à Divisão Especial de Anti - Terrorismo, ramo da Agência de Modelos e Inteligência Nacional, quando vi o anúncio deles numa caixa de pizza. E que, com o tempo, passou a ser a Divisão Especial de Anti - Terrorismo com Crianças Sequestradas, porque o Governo havia cortado nossa verba, e tomamos a medida desesperada de sequestrar crianças filhas de pais ricos, e tentar nos sustentar com os resgates pagos. Não somente, todos os agentes e inclusive o próprio chefe da divisão passaram a ter segundos, terceiros, quartos, quintos empregos para pagar a quantidade de Ice Tea disponível na sala dos funcionários e nossas máquinas caras, futuristas e decorativas.
O stress de ser agente secreto anti - terrorista, garçom e babá de cachorro no mesmo dia estava me consumindo. Após numerosos desacordos com Mestre, meu chefe, eu me demiti e  me tornei aquilo contra o qual eu tanto lutava antes. Me tornei um terrorista, um vândalo. Passei a andar com uma gangue das 2 às 6 da manhã, todos nós acreditando que a cidade nos pertencia, para escarrarmos nela, surrarmos e por fim destruí - la. Foi a queda mais brutal da minha vida. Minhas dependências e vícios que adquiri para suportar o trabalho naquela baiuca de divisão anti - terrorista se tornaram mais fortes que eu, e drenaram minha mente, decência, quase tudo o que eu tinha, e por fim, minha humanidade. A gangue para diante de uma lanchonete . Há um cartaz de papelão com a imagem de um terrorista caricato nela.

Líder (para um dos membros): - Você tá com a chave?

Membro: - Sim, está aqui... (procura no molho de chaves, demoradamente, até que um dos membros, com um martelo, arromba a porta de vidro. A gangue entra no estabelecimento. Alguns membros derrubam as cadeiras, Spi fica sentado embaixo de uma mesa, abraçando as pernas repetindo: "eu quero". Ele fala mais alto.

Líder: - Calma aí. espera. Tem uma farmácia no caminho, a gente passa lá depois.

Membro: - Por que a gente ainda anda com esse acabado de merda?

Líder: - Você vai passar a discutir de novo, porra? Vamos zoar esse mafuá inteiro!

(A gangue continua a destruição da lanchonete. O membro com o martelo quebra uma das mesas. O líder pula o balcão)

Líder: Abordar! (Ri confiante) (Começa a derrubar os pães de hamburguer pelo chão, o membro com o martelo amassa um deles com o martelo)

NARRAÇÃO: No meio daquele período, Mestre queria que eu voltasse, pois eu era um dos melhores agentes, e pelos meus conhecimentos básicos de informática, visto que ele importunava todos os agentes perguntando como se salva um jogo de paciência e por que ele não conseguia ver se ele era inteligente clicando AQUI! Ele me chamou para seu escritório, e usou toda sua lábia para me trazer de volta.

Mestre: - Você tem que voltar! Sentimos falta do seu serviço aqui!

Spi: - Ha, claro que não.

[Cenas da lanchonete]

Mestre: - Se você voltar, você ganha um almoço.

Spi: - Não.

Mestre: - Um jantar então.

Spi: - Não.

Mestre (furioso): - Caralho!!

[Cenas da lanchonete]

Mestre (Inquieto): - Se você voltar, eu te levo para jantar.

Spi: - Não.

[Cenas da lanchonete]
[Spi: - EU QUERO.
Líder: - Você sabe o que é esperar dois minutos, porra?!]

Mestre: - Assim que você me elogiar duas vezes, você volta e eu te levo para jantar.

Spi: - Bom, eu acho que seus olhos tem uma cor linda, mas não.

Mestre: - Você me elogiou uma vez.

Spi: - Tá, e daí?

Mestre: - Agora você só precisa me elogiar mais uma vez.

Spi: - Foda - se, vadia.

[Cenas da lanchonete]

Mestre (irritado): - Tá, tá legal. Eu te dou a minha coleção de DVDs do Crepúsculo.

Spi (alegre): S - sério?!

Mestre (enfático): - Emprestada! Por duas semanas! Por DUAS SEMANAS!

Spi (enfadado): Então não.

Mestre (ainda mais irritado): TÁ, pode ficar. Porra.

Spi (alegre/confiante): Beleza, então eu tô dentro de novo.

Mestre (confiante): E nós ainda por cima agradecemos por ter nos dado a oportunidade de livrar a cidade daqueles vândalos.

Spi (confuso): - C-como assim?

Mestre (confiante): Ha, se enturmou enquanto estava fora, ãh? As ações do seu grupo não foram discretas para ficar fora do nosso radar, e foram, no mínimo, amadoras demais. Nós apenas esperamos você desertar, o que ia acontecer mais cedo ou mais tarde. Eles agora serão exterminados.

[Franco - atiradores ao redor da lanchonete preparam suas armas]

Spi: - Não! Por favor! Eles são terroristas, (emotivo) mas são meus amigos!

Mestre: (Risada maligna) Eu não me importo! Não sei se você já se despediu deles, porque eles vão todos morrer! (Risada maligna)

Spi (desesperado): Não! Não! Por favor! Nããããão!

[Miram em dos membros]

(Mestre cotinua rindo diabolicamente)

[Disparam. Um deles cai morto.]

Líder (indignado): - Merda! São os pé - de - porco!

Membro (ponderando): - Ou seriam os rabo - de - rato?

[O membro com o martelo é atingido e morre (câmera foca ele caído, por cima, do busto)]

[Um dos membros se joga para evadir os tiros, mas é morto também]
[O líder saca a pistola, mira para frente, olha em volta, não há ninguém, há não ser os membros mortos e Spi repetindo freneticamente "eu quero". Close na parte superior do rosto do líder, suada, e com a visão preocupada. Ele é atingido e cai. Grita de dor, cobrindo com a mão o ferimento de tiro. Vê sua mão ensanguentada, e se enfurece [close nos olhos] Se levanta, e começa a atirar com a pistola, sem direção, gritando furiosamente. [Miram de novo no líder, mostrando dificuldade e dor para se manter em pé. Atirando novamente e ele é terminado, e cai de barriga para baixo sobre o balcão. Visão de cima da lanchonete. Atirador mira em Spi, mas recebe ordem de cessar fogo. Spi sai lentamente da lanchonete, assustado. E entra em um clarão branco.]

Short Colado: - Mas como você sobreviveu até os 4 anos com um ferimento no pulmão?

Spi: - Foi um saco. Eu não pudia correr, chorar, pular, e me mexer. Eu esperei até lá para o meu caso chegar no Criança Esperança.

Short Colado: - Puxa, sinto muito.

Spi: - Deveria sentir muito mesmo. Eu tenho feito qualquer coisa para esqueçer essa história, mas graças a você, eu lembrei dela toda.

Short Colado: - Ah, desculpa, eu não tinha a intenção, mas foi você que tocou no assunto...

Spi (irritado): - Não só isso. Você me lembra dela pelo que você é, pelo que você representa. Você é um moleque burguês engomado típico que toda emoção que chegar até você vai ser o mais pasteurizada e fria o possível. Você nunca vai ver a vida. Ou que ela tem pra ferrar você. Isso te faz um mimado, que daqui a um tempo, vai pensar em suícidio por qualquer coisinha que te desagrade. Eu cuspo em gente assim.

Short Colado (indignado): - Escuta aqui, só porque tudo na sua vida é uma merda e você acha que eu sou responsável por isso, e os outros tem que sofrer que nem você, não quer dizer que você tenha que ficar me diminuindo ou descontar o seu ódio e fracasso na vida com o seu discurso "engajado socialmente" ou sua história "impressionante" de superação na vida, que nem superação tem, porque você não presta. Você só é um cretino arrogante. [mostra o dedo do meio]



Spi se exalta, e se levanta pega Short pela gola. Short bate em Spi e este joga short em uma mesa de vidro e chuta ele. Os dois começam a brigar. E Spi tentou subir nele, mas Short, começa a chutá - lo violentamente. 

Spi (deixa escapar): - Porra! É mais difícil do que eu pensava!

Babá eletrônica (voz irritada): - O que que é mais difícil, (ênfase) Spi?! Sai da minha casa. Por favor, sai da minha casa. Você não é mais bem - vindo aqui.

Spi (zombando): Ah! Você ainda tem uma babá eletrônica! Vocês ainda usam uma babá eletrônica!

Short Colado (irritado, quase ao ponto de choro): - Sai daqui! Você ouviu? Sai daqui!

Spi deixa o uniforme vermelho e vai embora da enorme casa em que entrou. Ninguém o aguentava naquela época. Ele queria ser bem mais do que queria. Por algum motivo ou vírus ele virou um fanático das ideias crassas que ele teve na juventude. Talvez porque ele enfrentasse seu pior inimigo, Arenque, um sujeito que o despia da humanidade apenas para vê - lo como assassino, coisa que não era, e que iria ajudar um ditador, general Merdano. Ele iria ver a sua Spi Girl do momento, Mariko Krauz, se ao menos conseguisse falar com ela, pois ela tinha cara de cabra e nunca deu bola para ele, primeira vez. Foi nessa época que ele começou a procurar respostas astrológicas pra tudo, e não conseguia, e a filosofia não fazia mais tanto sentido.

Eu tinha vontade de fazer um desses filmes caseiros para apresentação maior para as turmas do ensino médio se houvesse a ocasião em que todos pudessem fazer. Desde o 1º ano. Essa tentativa de parte de roteiro foi escrita no começo do ano de vestibular e a vontade continuava, talvez só tivesse "acabado" quando entrei na faculdade.

Era do Conan o esmalte de unha verde

Saiba, ó príncipe, que há muito tempo, nos anos em que os oceanos tragaram Atlântida com suas cidades cintilantes e nos anos que presenciaram a ascensão dos filhos de Aryas, houve uma era inimaginada, na qual havia uma academia de MMA. Lá estava um moleque que havia começado há pouco tempo, um franzino que jogava league of legends e que entrou para cumprir a promessa que fez pelos comentários de Facebook de ir atrás de um cara e lhe dar uma surra porque ele disse que o jogo era "um lixo e ele era uma bichona por jogar", visto que a internet é coisa séria.
Ele foi abrir seu armário para pegar sua tralha e ir embora ao final da aula, mas ele abriu o armário errado e caiu tudo o que tinha dentro dele, junto com uma garrafa de água mal tapada que, ao cair, fez a maior merda. Foi um jorro de desculpas infantiloide o que seguiu, e dentre a galera que se encontrava ao redor, ele tentava saber de quem era toda a tralha que ele acabara de zonear.
-"É do Conan" - foi a resposta.

Conan era um cimério instrutor de MMA, um profissional de educação física que só falava de suplemento e alimentação, se apalpava a cada 5 minutos, e dava em cima de todas as suas "alunas". Mas não só isso. Em vida, Conan foi de tudo o que se pode imaginar, mendigo cantor, um ladrão miserável, um mercenário, um pirata, um estagiário, até finalmente sustentar a coroa da Aquileia sobre sua fronte frondosa que assusta as invejosas com cabeças decepadas, e transtornada pela bipolaridade com a qual se autodiagnosticou porque viu uma página na internet que ele olhou por cima, e achou tudo verdade.

Conan rondava em busca de álcool e emprego o vilarejo costeiro de Avadaquedavra, um rego do mundo onde estranhamente havia muitos mercenários nas ruas, na proporção de cinco por habitante. Sua população minúscula era extorquida até o último centavo para sustentá - los. O prefeito fisiculturista com chapéu cretino dizia que toda aquela despesa era protegê - los melhor dos ataques de piratas, que somavam quase um por dia. Os piratas promoviam uma violência bárbara e sem sentido naquela região, que roubavam todo o ouro, sequestravam as mulheres, queimavam os celeiros, mijavam fora do bacio, atacavam o zoológico e incentivam a fuga dos animais para estes intensificarem a destruição e pisotearem as crianças. Tudo numa frequência absurda que logo os deixava sem praticamente nada para roubar, de tão depauperado aquele povoado, mas talvez pudessem roubar o dinheiro que o prefeito fisiculturista desviava do orçamento dos mercenários para comprar seu uísque com whey e prostitutas. Com whey. Era isso que ele mais queria proteger daqueles bandidos sanguinários do mar, e dependesse dele eles nunca descobririam.

Tudo bem que o número de pilhagens havia despencado naqueles últimos meses depois que os mercenários vieram do Oeste. Mas isso também era um problema. Conan ia ter trabalho em achar um trabalho em sua área de especialização, que era trucidar pessoas com aço, fora que mercenários entediados e alcoolizados podiam ser um problema de vez em quando.

Conan achou a pior pousada da face da terra para ficar. Era cheia de cupim e formiga, e não tinha colchão; Ele teve que dormir no azulejo mesmo. Como um cimério, ele estava acostumado a condições piores, mas a recepcionista foi grossa com ele, daí não tinha como, ele quase chorou.

Por algum motivo, havia uma porta falsa que dava para o quarto dele. Um mercenário se esgueirou pelo estreito corredor até ela com óbvias intenções. Conan parecia absorto nos próprios sonhos, mas quando ele se aproximou, em um piscar de olhos Conan pegou sua espada pronta ao seu lado e atravessou o mercenário, cujos olhos ficaram vidrados de morte e em seguida largou o punhal que carregava. Conan esparramou as vísceras dele no chão, até por vingança besta contra o péssimo atendimento do lugar; ele queria ver a cara da faxineira quando entrasse, mas a reação mais provável seria: -"de novo?!".

Depois de exterminar o mercenário, ele destruiu a porta em um golpe de espada, pois era uma porta falsa e ele odiava falsidade e rabanete, pelo menos segundo as comunidades em que ele estava. Foi então que ele chegou em um quarto com uma mulher de beleza fantástica e pernas tortas, chamada Rainha Kashassa. Conan estava agindo com raiva louca e irracional (que ele ia justificar com a bipolaridade, assim como qualquer coisa), brandindo sua espada ensanguentada para todos os lados para baixo, parecendo um esfregão e coreografia do furacão 2000.
Conan queria pra ontem uma justificativa pela tentativa de assassinato.

Kashassa disse que queria purificar aquela região, achava que ele era só mais um mercenário nojento, ou pior, um pirata. Os piratas eram odiados pela antiga dinastia de Huanacon, governada por vampiros segundo as lendas, pelos aldeões de Avadaquedavra, pelos indígenas, e até certo ponto por eles mesmos, então se tornavam emos, e em seguida eram odiados pela sociedade em geral.

Mas ela acreditava que Conan se provou digno (só matando um pelassaco dispensável e quebrando uma porta, mas quem imagina as ideias estranhas de dignidade que ela tinha), e juntos poderiam limpar os mares de piratas e restaurar Huanacon à sua antiga e tenebrosa glória, com sacrifícios humanos.
Conan achou boa a ideia disse que sim, queria participar, só que ele tinha problemas para se comunicar, então disse sim tacando uma luminária a óleo no quarto, incendiando toda a pousada, e todos os hóspedes e funcionárias morreram naquele incêndio criminoso.

No dia seguinte, o prefeito fisiculturista verificou a situação, e disse que Conan não podia ficar fazendo isso, que tinha que ser bom ateu com a família. Ele foi condenado à ficar no mesmo lugar, sentado na praça, pensando no que fez.
Mas ele fugiu logo que o prefeito idiota deu as costas! Conan não respeitava nenhuma lei e não dava a descarga!

Conan subiu no primeiro navio no estaleiro que viu. O capitão era um mestre homem - barco, que podia flutuar sobre a água e nem precisava de um barco realmente, mas ele queria ter um barco para chamar de seu "escravo"! E ele tinha medo de trovoada e palhaços. Ele era muito simpático para aquele tempo sombrio e se apresentou:

"Meu nome é Olerit, estamos indo para Cush trocar bolinhas de gude e sedas e açúcar e figurinhas da copa repetitivas e sandálias de gladiador por marfim e cobre e cobras e escravos ou talvez pérolas"

E Conan disse que ele era Conan. E disse para partir logo porque a polícia estava atrás dele. Foi uma desculpa péssima, pois além do lugarejo não ter nenhuma polícia digna de ser chamada assim, Olerit disse que não podia transportar um homem procurado, então Conan fez beicinho.

Mas então Conan pensou um pouco... tinha algo errado com aquele barco, não podiam ser mercantes de verdade... Afinal, aquela carga... Quem em sã consciência compraria bolinhas de gude e sandálias de gladiador?! Assim eles foram expostos!

"Sim" - Uma mulher fez umas acrobacias com cordas que demoraram uma hora inteira pra terminar, e quando quase todos estavam pegando no sono, ela disse: "não somos um navio mercante. Somos contrabandistas, e piratas. Meu nome é Valesca da Irmandade Negra" - disse Valesca da Irmandade Negra; a pior dançarina do mundo, mais descoordenada impossível,  rosto feio, corpo razoável, que tinha armadura expositiva com powerpoint e outras bugigangas, e um elmo de chifres nojento que parecia não ser lavado a meses.

Ela aceitou Conan como seu passageiro, na condição de manter a cabeça e os braços dentro do navio durante toda a viagem. Logo ela e Conan se tornaram mais íntimos, apesar da mania do último de tocar My Chemical Romance, e de jogar restos de comida do casal para Olerit, da janela da suíte marítima com espelho no teto.

Muitos perderam a cabeça por essa paixão, e os dois incendiaram vários barcos ao longo da Costa Muito Boa Com Coisas Legais, que apesar do nome possuía lugares como Avadakedavra. Só que eles não conseguiam roubar nada deles, pois incendiavam os barcos antes de saqueá - los, só para vê - los queimar em caos e destruição. Fora que piromania é comum em pessoas com retardo mental.

E às noites, a tripulação ficava apreensiva e tinha que aturar o rito de acasalamento de Valesca, que era muito forçado, imbecil e asanino, com direito a gritinhos agudos irritantes e choro fingido. Eles tacariam um sapato nela, mas era o emprego deles que estava em jogo...

E assim seguiu, só que Valesca e Conan romperam, sob supostas diferenças criativas, que começaram depois que Conan começou a ver uma japonesa.
Ele foi então abandonado ao longo da costa, apenas com sua espada enferrujada pela maresia para sobreviver. Alguns dias depois, o barco "mercante" foi destroçado por navegação alcoolizada e fuga de perseguidores.

Agora era só Valesca sozinha, andando pelas selvas de Zarqueba, procurando comida chinesa. Logo Conan caiu das árvores imediatamente acima dela. E ela teve orgasmos múltiplos quando o viu, dizendo: "Conan da Ciméria!" - apenas para ouvir em réplica um "Pára, porra". Agora eram dois andando pelas selvas de Zarqueba procurando comida chinesa, com a única mudança sendo a busca de Conan por frutas saudáveis de Derqueta, e um açaízinho, pois ele tinha medo de ficar frango depois de tanto tempo sem 'treino'. Quando ele perguntou como ela foi parar ali, ela explicou mal a história do naufrágio e disse que o motivo foi ter se metido com os interesses comerciais de um nobre estígio, comedor de gatos, em vários sentidos, só que apenas da palavra "comedor". Fora que ela peremptoriamente se recusou a cantar e rebolar pra ele.

Assim que deixaram o matagal para se aventurarem pelas planícies, avistando à distância uma enorme cidadela. Mas logo descobriram que seus arredores estavam cheios de furiosos dragões terrestres! Eles correram para a segurança, e Valesca arrancou das mãos de Conan uma das frutas saudáveis e atirou em um dos dragões, que explodiu em seguida. Mas Conan ficou triste com a perda daquela fruta em especial dentre 30 iguais que ele perdeu tempo coletando.

Ao entrar na cidadela, viu que ela era cheia de corredores quase que projetados para gigantes, praticamente vazia, mas já viram que lá mesmo havia problemas com gangues, mendigos, e drogas. Foi um longo caminho com o cheiro da morte à espreita até o que identificaram como a sala do trono, e lá encontraram dois líderes, Ayepec e Cancela. Foram eles que lhes deram as boas vindas a Huanacon, outrora uma gloriosa capital. Aqueles corredores guardavam várias histórias de encarniçados conflitos, e era muito evidente a decadência daquele lugar. Praticamente deserto, exceto por aqueles dois, um segurança de supermercado sempre alerta, e um filme ruim projetado na parede, 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Conan viu em Cancela a mulher mais bonita que já havia visto, mas os olhos... era estranho, era como se já tivesse visto aqueles olhos antes... Onde poderia tê - los visto? Em um rosto, pois é lá onde ficam os olhos. Isso tranquilizou a mente de Conan.

Quando Ayepec, da barba afiada, perguntou o que faziam ali, eles responderam que eram náufragos e queriam o caminho da saída, para a civilização mais próxima. Só que a única civilização próxima era a odiada Estígia...

Foi então que Cancela ofereceu uma oferta para eles: que atacassem os piratas que vagavam por ali, em troca de abrigo nesse mundo cão. Sem que ela soubesse, ela inventou todo um sistema primitivo de trabalho. Em que o método para bater ponto era colocar um esmalte de unha verde em uma estante toda vez que um odioso pirata morresse.

E aceitaram, fazer o que, não tinham nada melhor pra fazer. Só que fazia muito tempo que não aparecia um pirata por ali... talvez fossem os dragões que rondavam a região. O único que conseguiram foi Auro, um terrível bucaneiro fumante vindo de Sargos que veio ali trocar iogurte grego por espelhos para ver um mundo doentiiiii. Valesca já sabia do papo dele, que não colou. E foi assim que a cabeça dele rolou pelo convés, junto com o corpo.

Mas foi a única empolgação que conseguiu. Tudo estava andava de mau a pior. A falta de comida saída do céu era um problema, e aquele segurança por mais que recebesse nunca aparecia. Um dia Conan foi se queixar com Ayepec que tava com sono, com fome, com sede, e com frio, mas o que viu era um ritual muito louco: Valesca estava sem nenhuma roupa deitada sobre um altar sacrificial presa por tiras de couro, e Cancela erguia uma faca!

Conan agora se lembrava dela, era a antiga rainha de Huanacon, Kashassa, que agora ele achava que era Kaishadechá, ou Kaisercomchá, não se lembrava e ficou sem graça. E ela foi bem devagar e de forma ridícula até ele, agora com um sabre de luz dos sith, e ela disse: "dessa vez, não haverá entrevistas!" - "Mas da outra não teve!" - foi a resposta de Conan. E ela decidiu transformar Ayepec em um demônio, no demônio que ele sempre foi, só que sem ameixa e brigar com os filhos por causa de the sims. O sabre de luz foi uma distração barata, e não ajudou quando Ayepec se descontrolou e matou ela com suas garras e ignorância geográfica.

Ayepec também matou Valesca com o sabre de luz e depois o jogou fora: "as gerações futuras nunca precisarão disso!" - E foi nesse momento chocante que Conan descobriu que Kashassa foi um travesti durante toda a sua vida imortal, além de meio racista. Ele tinha esse incrível talento de fazer descobertas inúteis em horas inapropriadas.

E quando Ayepec ergueu as garras e deu a glória ao seu senhor, Conan achou que aquela era a hora que ele iria se encontrar com seu criador. Mas o fantasma de Valesca apareceu e cortou a mão do monstro com uma espada que não existia, e ele começou a gritar de dor. E foi a deixa para Conan atravessar o coração de trevas da fera com sua espada, que existia. Ayepec encontrou a paz final depois de sua horrível e demente transformação.

Conan agora tinha perdido tudo e estava meio triste. A primeira coisa que escutou, quando virou as costas num sobressalto foi um "oieeee" - era o duende tolo e meio vampiro que era o amante com qual Cancela, ou Kashassa, no caso, chifrava Ayepec, e não valia a pena para nenhum dos lados. Na saída, Conan o tirou de sua miséria com decapitação.

A tristeza assolava a alma do gigante cimério. Um cimério não iria chorar, mas Conan estava se debulhando, feito uma criança, pois somente os fortes choram. Ele foi embora daquele litoral cheio de más memórias com duas tartarugas amarradas por seu cabelo cimeriano e eventualmente chegou na Aquileia, a terra da qual seria rei.

Mas enquanto isso, ele teve que se contentar em arranjar logo um emprego para não morrer, e no caso foi com algo que não precisava de técnica, prática ou formação: MMA. E ensinar essa arte marcial era meio que um eufemismo para "revendedor de suplementos". Eventualmente Conan deu a volta por cima e descobriu que para suas melancolias gigantescas do passado havia gigantescos júbilos no presente.

E quando Conan viu que aquele nerd franzino zoneou suas coisas, e que ainda quebrou um vidro de esmalte verde que tinha guardado, teve que botar moral e arrebentou a fuça do guri com um soco, e disse: "Isso é por encher a linha do tempo dos outros dessas porcarias irrelevantes de league of legends".

Moral: Faça esportes ao ar livre com os amiguinhos.


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Jesus chorou

Tudo começou há muito tempo, quando tinha um seriado bom, e depois de um monte de temporadas, prolongado à exaustão por intenções mercenárias. Os fãs viviam para choramingar que "as três primeiras temporadas eram melhores", mas continuavam assistindo de qualquer jeito, O Criador sabia que não poderiam parar, era pior do que crack, ele mesmo sabia, enquanto enchia as burras de dinheiro com os anunciantes. Pode se falar em fãs como quem simplesmente liga a televisão ou baixa na internet o bendito seriado, mas há fãs que se dividiram em uma categoria patética, os tropeiros!
Os tropeiros formavam exércitos, de legiões, de falanges, de coortes infernais, de gaviões da fiel, de furacão 2000, destinados a analisar cuidadosamente tudo o que ocorria no seriado e bolar categorizações crassas a respeito, como um jargão forçado para uma coisa tão besta.
O lobby infecto deles era TÃO forte na internet que eles editaram a página na wikipédia sobre tropeiros, definiram como uma filosofia de vida, emprestando toda a credibilidade que o site tinha a seus ideais!
Uma coisa inócua em geral, mas o problema veio que eles ficaram simplesmente ultrajados com o fato de um dos personagens teve uma mudança de comportamento e se antes ele agia de uma forma cativante para eles, ele se tornou um 'bobão' que agia sem nunca considerar os outros! Certamente era o maior problema deles o que ocorria com uma pessoa fictícia às 3 da tarde!
Então entraram com uma petição no Tribunal Internacional da Haia para processar esse criador terrível que permitia que uma atrocidade dessas acontecesse, de um personagem elevar a voz com alguém que ele gostava! Sem nem pedir desculpas no episódio seguinte.
Não obstante, eles foram até a casa dele, arrastaram ele para fora, e começaram a bater nele com um cano. E deixaram avisado: se ele ousasse que um personagem fizesse algum mal a outro, seria o fim dele!
Infelizmente não havia nenhum grupo para julgar como imoral e chocante o que eles tinham acabado de fazer. E o programa foi cancelado umas poucas semanas depois, enquanto que porcarias que nunca tiveram um momento bom continuavam lá.

Epílogo: Na esteira de seriados enlatados idiotas, houve um que tratava da vida cotidiana de personagens uma vizinhança na Noruega. Eles tinham bons empregos, boas famílias e tudo dava certo. Teve um episódio que teve uma festa na casa de um, em que um deles sem querer esquecia a carteira, momento categorizado como "dramático" pelos tropeiros, deixando eles em lágrimas histéricas e convulsivas. Só que no fim do episódio ele consegue achar, estava no bolso de trás. Mas o simples fato de ter havido uma festa em um dos episódios já destoou completamente de toda a série e esses fãs ficaram ultrajados com essa guinada obviamente comercialista e apelativa da direção. A série perdeu toda a credibilidade e pararam de assistir, acabando duas semanas depois.