sábado, 30 de novembro de 2013

Ma, o Árabe

Tudo começou há muito tempo, numa era de guinada de uma animação para a mediocridade. Essa animação no entanto sempre teria seus fãs fiéis, assim como Ma, um músico arrogante que só teve UM sucesso e passou a ser tratado como um deus da música, talvez porque forças sinistras por trás dele, a crítica especializada, estavam com preguiça e precisavam de um melhor cantor do mundo para chamarem de seu, pra preencher cotas em suas ideias rasas com as quais escreviam artigos.

Ma, com seu único sucesso, que falava sobre um cara com dor de barriga andando de jipe na chuva (Nem pela música em si - entediante - mas pelas letras sobre as quais ninguém parava de falar), e que posers acham que é uma música animada com refrão gritado e dá pra jurar por deus que era de algum comercial de carro, ficou confiante demais em si mesmo, e se tirasse a aura que as forças superiores atribuíram a ele, veriam apenas um completo viciado em drogas que só tem isso para se orgulhar, que mente descaradamente que é bissexual, e depende muito mais de imagem do que de música, além de polêmicas baratas e demonstrações de ser um bundão.

Quando acossado, Ma contaria sua história triste de vida como medida de contingência, para que esses haters pudessem aprender algo com ele. "Ma" era seu nome artístico, sugerido por seu empresário, era uma forma bem mais sucinta de RabboussamaifikarrajaiiFiainaihaaralhayatiAtiilaikaminhathalkaaouniArjoukalabbilabbinidai, seu nome árabe original. Descoberto na infância como o filho de um sapateiro viúvo muito pobre, e justamente por isso um milionário ator de cinema 'cult', ele fez seu atalho até o topo e virou um 'gênio' musical toxicômano e infestado de DSTs. Pelo menos quando ele era criança ele não cheirava cocaína.

Como sempre, Ma roubou todo o foco; é só isso que ele faz bem. O foco da história era o que aconteceu depois da eliminação do Sol... O que aconteceu foi uma animação "para adultos", com dublagens grosseiramente ruins, como se nem tentassem; Além da dominação mundial por furries! Que fugiram, que subiram no telhado.

E nem é esse o foco da história. O foco era uma banda de garagem, com receitas de liquidificador roubadas por espiões rebeldes, atacando de uma base escondida.
A banda era liderada por Arcângela, vocalista que não cantava nada, só foi chamada pelo guitarrista Omar, que achava que liderava alguma coisa com seu canivete, na esperança de sexo, compartilhada pelo baterista que era um samurai frustrado, e pelo baixista infestado de vermes que tinha a voz mais irritante da face da terra, enquanto protestava quando destruíam seu carro toda semana (injustamente).

E Omar era um árabe, instrutor de zumba fitness, que tentava se convencer todo dia antes de dormir que ele servia pra guitarrista, mesmo que as 102 músicas que ele escreveu fossem uma droga, e imitassem umas às outras.
A única música menos pior que conseguiram compor era de autoria de Arcângela, que eram 5 intermináveis minutos dela forçando a voz, se perguntando: "oh, qual será o signo do Omar?" - Eu sei lá! Pergunta pra ele em que dia ele nasceu, porra. Isso e ela recitando conversa de bêbado. Era minimamente escutável, mas enjoava muito rápido. O fato é que Omar ficava completamente mordido de inveja da música ser dela, pois ele era um ególatra e queria toda a atenção do mundo só para aquilo que ele fazia. Era por isso que ele destruía todo o equipamento nos ensaios em desforra quando tocavam essa música, e usava as baquetas do baterista da escola do corte de madeira como garras maldosas e bestiais, parecendo um X-Men cujo superpoder era ser um babaca mimado.

Isso até o dia em que apresentaram em uma boate de beira de estrada, a única da qual ainda não foram expulsos pelo comportamento de Omar, e foram aproximados por um empresário que parecia um mickey paraguaio, ou sua versão apelativa para essa desculpa de animação. Ele disse que ficou sabendo deles de boca em boca (mas infelizmente ele era meio surdo) e perguntou se torciam pra CIA ou o KGB, se tinham bugigangas ou eram mais sérios, se gostavam de vodca martini ou heineken, e cadê o Sean Connery. Foi tudo um mal entendido que Arcângela teve que esclarecer: Eram uma banda de garagem, não de espionagem. E esse empresário mandou eles para aquele lugar; desperdiçaram o tempo dele.

Mas não tão rápido! Lá estava ninguém mais do que Ma, nas sombras. O que o tinha levado até ali era o anel que detectou a existência de Arcângela, o anel para controlar todos os outros, no qual ele colocou toda sua crueldade, sua malícia, e sua vontade de dominar todas as vidas. Um anel para todos governar.

Ma queria a voz de Arcângela, e logo todo o oceano seria dele! E ele também pensava em roubar aquela mulher para ele, porque ele era um fracassado desesperado e um moleque de bosta; não poderia reclamar depois que tudo desse miseravelmente errado e o Omar saísse ensandecido correndo atrás dele para chicoteá - lo com ferro.

 E assim Ma fez com que o empresário os chamasse para sua mansão.
E seguiram, mas demorou um pouco porque Omar insistiu em dirigir o carro do baixista e era um péssimo motorista, deixava o carro morrer a cada 5 minutos e dava um chilique.

Quando chegaram, Ma perguntou: "como cês tão?", apresentou seus três mordomos mal - dublados e deu para eles uma Eisenbahn que custa R$ 99,00 e vem com atestado de frescura. E foi a festa animadésima que se seguiu, do rei do camarote que era o Ma, com direito à dança provocante do baterista e o baixista olhando pro nada.

E Ma levou Arcângela para o jardim secreto dele, e os dois começaram a falar de Caetano e Rambo. Só que ela ouviu dele que o terceiro filme foi o melhor de todos! Ó céus! Ela entrou em estado de choque, e precisou ser buscada pelo pai. E ela não melhorou. Depois de um longo tratamento psiquiátrico, ela virou hipster!

O pai dela, um cirurgião, queria vingança. Foi então que ele sequestrou Ma e o transformou em uma mulher.
Ma se vestia de mulher de vez em quando para simular desvios comportamentais pra imprensa, mas ainda assim ele não podia sair, porque o cirurgião trabalhava no SUS e a pele que ele pôs por cima de Ma era feita de papel. E toda vez que vinham os amiguinhos dele que queriam brincar fora e tava chovendo, ele dizia que não podia e perguntavam: "Ah, é? Sua pele é feita de papel?" e ele tinha que responder "Sim. É."

E o cirurgião enlouqueceu! Ele sequestrou Omar e o transformou em mulher também, até porque ele merecia!

A falta de atenção da mídia incomodava Ma; logo o super astro do rock que ele era se tornaria irrelevante!
Foi então que ele seduziu o cirurgião com o corpo, roubou a arma dele, e quando lhe apontou, o cirurgião perguntou:
"O que está acontecendo?"
"Eu vou matar você."
"Isso é uma piada, certo?"
"Chame do que você quiser."
"Mas você prometeu!"
"Eu menti."

Ma fingiu que sabia cantar que nem Arcângela 'o signo do Omar' com instrumentos de merda inventados, que nem seus hinos drogadictos pretensiosos, e o cirurgião literalmente morreu de desgosto. Tudo culpa do videogame. Ele saiu correndo até a mansão dele, e foi recepcionado por seus mordomos. Ele começou a chorar. Quando lhe perguntaram o que que era, ele respondeu:
"Eu sou Ma [grito infantil mal dublado sem sincronia]"

Epílogo: Quando souberam que Ma morreu, fóruns neonazistas celebraram na internet que aquele "judeu sujo" finalmente morreu. Mas eram ignorantes demais para saberem que ele não era judeu.

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