domingo, 15 de junho de 2014

Spi: Tiro na Cara

Tudo começou há muito tempo, na vida de Spi, espião e amante, o brahmeiro espírita, o senhor dos anéis, o desequilibrado que entra sem calças na Hering, e ainda fica indignado quando chamam os seguranças para o expulsá - lo, justamente porque ele precisava comprar calças, ora essa. Seu maior sonho era abrir um parque de diversões que o eximiria de qualquer morte ou mutilação, mas enquanto isso ele tinha conversas altos filosóficas sobre pós - modernidade com mulheres com apêndices de Alien, que eram posers e nunca assistiram nenhum filme na vida, e bebia martini batido, não mexido, batido no liquidificador com sucrilhos.

E teve um dia que ele estava dirigindo, depois de tragar tal drinque exótico, numa estrada afastada, sem motivo exato, exceto que ele gostava de dirigir sem necessidade e parecia que o dinheiro estava sobrando, como se ele tivesse R$ 1.330.440,00 para completar um tanque se ficasse sem gasolina.

Mas de repente, ele notou que estava sendo seguido! Um carro vinha atrás dele, através das névoas da perdição, era Lucilene Senadora! Cujo nome era Jiujitsu! Tratava - se de uma mulher que ouvia new age dentro do carro para matar de sono todos os passageiros e era uma renomável assassina de aluguel, que Spi encontrava e de repente se sentia mal com seus hábitos de bebedeira absurda e de não dar seta. Ela esperava, sinceramente, que Spi teria uma crise de consciência e ele iria criar vergonha na cara e desistir de ser uma pessoa humana que nem gente, ao cometer o suicídio de fechar a porta nos dedos e cair de uma ponte. Seria a morte de um imperador, e o método mais eficaz de assassinato de Lucilene Senadora Ou Jiujitsu, junto com todas as colegas da agência de assassinatos obviamente freudiana (segundo o critério das mulheres com quem Spi 'conversava', que não manjavam porra nenhuma e achavam que falar "pizza" em relação a alguma coisa é engraçadíssimo, digno dos filmes que elas não viram).

Uma perseguição teve lugar, e por mais rápido que fosse o carro de Jiujitsu, ela ainda não alcançava Spi! Ela gritava: "Vem aqui! Vem ser anarcopunk que ouviu sex pistols ontem pela primeira vez! Vem ser cristão ambíguo! Vem ser..." - E Spi não aguentou e deu um tiro na cara dela, dando - o para trás. Era chato dirigir e ler crepúsculo ao mesmo tempo ouvindo aquelas coisas.

Ele parou o carro bloqueando as duas faixas para verificar a vítima de sua mortalidade. Ele se aproximou do carro e viu Jiujitsu com a cara arrebentada do tiro, uma fonte de chocolate com sangue no lugar do chocolate. Mas Spi gritou de surpresa e admitiu se urinar inteiro quando viu duas menininhas no banco de trás!
A culpa tomou conta dele completamente, apesar de estar em perpétua guerra contra o terror! Ele perguntou se era a mãe delas que estava "dodói" no banco do motorista, mas elas disseram que era só a motorista da escolinha. E o que Spi tinha feito com ela, elas disseram que aquilo elas aprendiam a fazer todo dia na escolinha, apenas para ouvir "ah, nossa", como resposta. E ele perguntou se elas tinham visto Frozen, porque as mulheres que ele conhecia não tinham visto.

Elas disseram que tanto faz, elas precisavam ir pra casa antes que anoitecesse e os terrores da guerra se tornassem cada vez mais profundos no subsconsciente dos homens. Alguém as tinha chamado de racistas também.
Mesmo sem saber onde ficava a casa delas, Spi decidiu levá - las. Ele gostava de viajar em silêncio, mas as menininhas colocaram a fita cassete de new age, com vários barulhos de pássaro. Ele perguntou se não tinha outra coisa, então colocaram a fita cassete dos "melhores jingles da Carniça Facão". Spi não teria percebido que eram músicas diferentes sem o encarte.

E a nova inimiga de Spi era Carniça Facão, junto com uma imitação de Han Solo. É que Spi tinha inveja de toda aquela capacidade de rimas que tinha rendido a Carniça o posto publicitário do supermercado Pão de Adoçante. Os que viessem com pseudorimas piores eram jogados num escorregador de gilete para dentro de um tanque de piranhas de propriedade dela. Ela explicava seus planos de dominação diabólicos naquelas mesmas pseudorimas para superespiões que nem Spi; sua trama muito diabólica era que todos os supermercados guerreassem entre si para que ela surgisse como um terceiro poder assim que todos tivessem sido exterminados.

O Han Solo paraguaio vinha com tapa - olho e acompanhava Carniça na ocupação de se prostituir para as máfias de todo o mundo, e se determinou junto com ela a capturar aquelas duas criancinhas, para serem reféns da máfia, mas principalmente porque estava no horóscopo dele no dia.

E novamente Spi passou a ser perseguido por sua cor e por estar com aquelas duas crianças sob seus cuidados. Ele deveria levá - las sãs e salvas para casa, mas na verdade ele iria até as montanhas do Afeganistão, onde Carniça se escondia, para ter um palavrãozinho da vida com ela. As perseguições eram engraçadas para quem não podia ver, e segundo o critério daquelas mulheres que Spi conheciam que transformariam um bordel num presídio, de acordo com as Indiretas do Bem. A graça estava no fato do pseudo - Han Solo e Carniça serem comicamente incompetentes na habilidade de rimar e capturar duas crianças de quem Spi cuidava tanto, apesar dele falar muito a respeito de reprodução humana na frente delas.

Nas horas sem perseguição, quando cadáveres de montão trilhavam o solo, Spi falava para elas de seu sonho de um parque de diversões, um mistério de sua vida. Ia ter um mini zoológico, onde o Senhor concederia o domingo para que todos fossem com a família dar cerveja aos macacos.
E aquelas duas meninas teriam um papel importantíssimo naquela terra de alegria, pois iriam capinar todos os 40 hectares de terreno com facões, sozinhas, enquanto Spi bebia martini e ficava de onda.

Uma delas falava que queria muito, mas muito, beber esse tal de martini, porque tinha visto o pai dela bebendo e rindo bastante, então devia ser legal. Spi ficou bastante sem jeito e quis rever seus hábitos. Mas sua missão de vida agora era derrotar Carniça Facão, trazer paz mundial e dizer à imitação de Han Solo: "você é dono da sua própria vida, você faz sua realidade! Diga não aos horóscopos!".

E então ele foi no boteco, beber bastante para comemorar algo que ele inventou na hora, antes de ir ao encontro de Carniça, enquanto as duas esperavam no carro quente. Ele voltou tão alto que tirou a roupa e quis vestir uma fantasia de princesa do dia da criança delas que estava no porta malas, e não conseguiu antes de rasgá - la completamente. Agora estava exposto indecentemente diante de duas fãs mirins de Nicki Minaj, e foi em busca da aventura. E foi só bêbado que lhe ocorreu passar em casa e deixar as duas crianças em casa antes de enfrentar o perigo.

Mas ele se perdeu e acabou entrando na Estrela de Guerra, pertencente a Carniça Falcão, que foi a pior coisa à qual Spi foi sujeito, pois foi uma modinha bolada pelas mulheres sem filmes para capitalização gloriosa. A Estrela de Guerra era um artefato bélico, e muito cult, com capacidade para destruir metade de um planeta, enquanto aguardava que a outra metade se destruísse sozinha.

Dentro das tripas hediondas daquela máquina de destruição em massa, Spi tinha que manobrar ardorosamente entre o esqueleto da precária infraestrutura de tampa de latinha e moleques imaturos frequentadores de blogs de humor que não passam de orcs que escutam Epica e portanto têm "cultura"; deveriam se envergonhar igualmente das outras porcarias do "metal sinfônico" que escutavam.
Ele estava bêbado, queria ser amigo de todos eles, e dizia "salvem - me daqui, porfa!" - enquanto a morte comia solta por ali. Ele não queria mais parar de beber, pois fazia tempo que não se sentia assim, que queria bancar o sabe - tudo da bebida alcóolica. E foi a última gota que ele tomou que o deixou semiconsciente!
Atrás dele estavam os moleques gritões, dizendo: "agora eu tenho você!" - e as meninas desesperadas no banco de trás gritavam! "Rápido! Tiro na cara! Rápido!" - bêbado como estava, Spi pegou sua minúscula pistola, e apontou para o próprio rosto! As menininhas gritavam: "não! Pelo amor de deus! Não!" - mas foi tarde demais. O tiro foi que nem um soco na cara de Spi, só que um pouco pior, e ele se tornou um só com o hipsterismo.

E elas passaram a gritar estridentemente enquanto o carro corria para colidir com uma estação de tratamento de fezes no interior da estrutura galáctica. E enfim a rota de colisão chegou ao fim, com a destruição do carro matando todos os ocupantes e uma parte crítica da Estrela de Guerra comprometida, voando pedaços de bosta para todos os lados, e separando completamente seus componentes em explosões ornamentais que erradicaram os ocupantes.

E o plano de Carniça Facão foi frustrado, e agora ela estava no seu esconderijo no Afeganistão, quebrando copos na cara do Han Solo fake para descontar a frustração. "Terei que bolar outro plano para prejudicar a concorrência!" - pensou. E a rua em que ela morava fazia terapia pra controle da raiva.

Epílogo: As mulheres com que Spi falava continuaram sem ver filme nenhum e jurando que tinham e que manjavam tudo deles, tipo "ah, o Vito Corleone é o personagem principal do poderoso chefão, né?" - e financiaram completamente a indústria de camisetas e estampas vagabundas, num fenômeno de banzingueirismo. E ficaram muito tristes com a morte de Spi.
Enquanto isso, a trilha sonora era péssima, encomendada para ignorantes completos, sendo que eram duas notas um monte de vezes, que nem Epica.

Moral: Não se associe ao crime; é feio.

Moral 2: Não subestime a bicha apesar dela ter pouca carne moída no cinturão de inutilidades.

SPI VOLTARÁ EM "CARA DE CRASSO"

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