quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A Saga da Dança da Motinha e da Nuvem de Espadas e Cocos

Tudo começou há muito tempo, em uma terra que transcende tempo e espaço... na Era Sigiriana, um mundo criado pelos deuses em um dia de tédio, que nem vídeos toscos na internet.

Nela havia um feiticeiro diabólico, com conhecimentos entranhados em artes negras e ignóbeis, que atraíam nada além da ruína e o ódio dos deuses. Seu nome era Narloch, roubado do obituário de um usineiro de açúcar, que mereceu a morte! Era sem dúvida o filho do demônio, que tinha um conjunto de roupas e acessórios especiais para eunucos, o que incluía uma camiseta do Zeca Baleiro.

Sua queda em torpeza e infâmia era evidente agora, mas antes ele era um dos expoentes de uma poderosa entidade religiosa terrena... a Vaga Religião, que pode ou não representar em um mundo fantasioso mequetrefe de moleques da 5ª série uma entidade da vida real! Eles eram guardiões originais da magia boa, que fazia... absolutamente nada. De que adianta magia sem bolas de fogo ou convocar demônios de outra dimensão? No fim o ideal era nem ter.

Era isso que atraía vários outros estagiários ingênuos e boas pessoas para o mesmo caminho trilhado por Narloch, de carona em caminhões com os coelhinhos felizes para a desgraça nas mãos de seres das Trevas!
Mas o que realmente aconteceu com Narloch foi a expulsão do corpo da sede suprema da Vaga Religião, porque ele era insuportavelmente arrogante e metido a sabe-tudo, após noites sem dormir revirando velhos pergaminhos com a cabeça alojada no meio da bunda e sotaque italiano forjado e ruim; era impossível passar muito tempo perto dele.

Ele acreditava que a expulsão foi o cúmulo da injustiça contra ele; afinal, ele era o melhor de toda a Vaga Religião! Era melhor em qualquer coisa! Pelo menos era isso a que era levado a acreditar depois que a mãe riponga dele o colocou ele em uma escola alternativóide "progressista" especial de ensino à distância na qual era "proibido proibir" e ele só aprendia "quando ele quisesse".

Ah, mas sua vingança seria malígrina... seu odioso plano causaria o colapso da Vaga Religião, e sobre os escombros dela ele governaria toda a civilização em um reinado de terror e sombras!
Para isso ele contava com a ajuda dos elementos, que ao seu mando rebolavam sem parar! Ele caminhava entre todos os planos da existência, e foi em um deles que ele perdeu as chaves e teve visões de seu pior inimigo, aquele que poderia impedir seu plano de dar certo...

Era ele que caminhava sobre a terra sem rumo, cada vez mais irritado! Tinha uma cobra em sua bota e ele precisava urgentemente achar um lugar para levar sua espada pra dançar, caso contrário ele iria destruir tudo no lugar que ele estava; não que ele fosse conseguir, pois era um pitboyzinho que seria logo inutilizado pela polícia.

Ele estava muito cansado de andar sem parar, além de estar com fome e com sede, pois as únicas coisas que tinha levado para comer há vários anos quando saiu de casa eram um nescau de caixinha e um punhado de uvas. E seu nome era Hua, Quérin Hua.

Hua caçava artefatos míticos que nem um Indiana Jones dos pobres, em um lugar muito frio que nem aqueles da era Sigiriana, só para vendê - los mesquinhamente e gastar tudo em bebida e danças idiotas que podiam sair de graça, pois eram realizadas em terrenos baldios para moleques da 5ª série que caçoavam da estupidez inerente a ele.

Mas ele preferia não gastar com vagabas e prostitutas em geral. A satisfação de sua lúxuria era realizada em emboscadas cheios de bandidos que usavam uma donzela indefesa como isca. Ele trucidava os bandidos apenas com seu joelho cheio de água, e, simplesmente do nada, ele passava a afogar o ganso com a donzela ali mesmo, no lugar da emboscada, geralmente uma floresta cheia de pedras nas quais ele mostrava do que seu joelho era capaz.

E juntos os dois iam para tavernas - confeitarias, onde havia fornicação e torta. E ele vivia à base de fiado, sempre fugindo pela janela, e deixando a pobre donzela para se explicar para violentos jagunços.

Dessa vez ele estava indo atrás do Medalhão Sodomítico da Bestialidade, que poderia trazer salvação a mundos inteiros; não que ele soubesse ou se importasse, o que valia era conseguir algo para sustentar sua vida à toa.

Ele subiu vários barrancos que serviam de aterro sanitário, até encontrar a passagem escondida; e foi assim que ele ingressou no ventre hediondo do morro... Através daqueles túneis úmidos de terra e raízes, ele encontrou o altar perdido, com o tesouro que procurava sobre ele; infelizmente para o maroto que ele era, havia só um pedaço inútil de argila, quebrado, ainda por cima. Não era isso que vários mercadores e eremitas lhe descreveram! Mas eles só sabiam encher a cara e confundiam travecos com mulheres, então não eram a fonte mais confiável de informação.

Mas pior do que em um videogame perigosíssimo para o qual se escoa culpa de burrices que pré - adolescentes mimados e à toa fazem, vários assassinos apareceram do nada! Estavam escondidos lá dentro daquelas escuras cavernas, apenas esperando Hua!

Mas nenhum deles era páreo para Hua, que lhes fez provar do aço mais fino com ervas que já existiu! Quase todos pereciam diante de seu joelho do terror! Só que Hua era muito covarde, especialmente em relação a assuntos polêmicos como aborto e pena de morte, e quando aqueles jagunços queriam discutir civilizadamente, ele saía correndo e dizendo: "hahaha nunca vou me casar! Tenho nojo de meninas!"

E ele conseguiu fugir vivo com seu tesouro decepcionante, com a única intenção de tentar vendê - lo. Com a reputação superestimada dele, não seria tão difícil.
Mal sabia ele que os assassinos enviados para eliminá - lo estavam a mando de Narloch, o Devastador de Mundos. Ele queria muito aquele pedaço de argila, pois só ele e o sangue de uma virgem poderiam fazer com que seu ritual torpe desse certo...

Ele já conseguiu uma metade na profanação de um templo das terras ao sul por seus mercenários romanos, e agora faltava a outra, da laranja, dois amantes, dois irmãos (ui, incesto, que nojo), duas forças que se atraem, sonho lindo de viver.
Ele teria que dar um beijão, com muita vontade, em quem possuísse a outra metade, assim mandava o ritual. Ademais, Narloch era conhecido por colocar no perfil que trabalhava na VASP e compartilhar imagens de páginas de humor genéricas.

Enquanto isso, Hua fez seu caminho sofrido até Belvedere, capital do reino de Rosquir, onde ficava coincidentemente ficava a sede da Vaga Religião, símbolo do poder da Genérica Divindade sobre a terra. Foi lá que Hua viu vários pedintes e flanelinhas, além de vendedores de imagens sagradas, além de sua parada obrigatória: mercadores desonestos para vender os artefatos que conseguiu matando aranhas gigantes, que além tudo lhe deram experiência de vida e amadurecimento para qualquer emprego, para descolar uma grana e gastar tudo enchendo a cara acompanhado de quengas que bebiam cerveja de canudinho, depois de muito tempo na selvageria sem emboscadas.

Só que ele não achou ninguém interessado no Medalhão Sodomítico. A única resposta que recebia era: "tire esse pedaço de cerâmica imprestável daqui! Até parece que você não explorou uma criança da pré - escola para fazer esse lixo! Seu bruxo indigente vendedor de artesanato vagabundo!" - Hua na maioria das vezes foi expulso a vassouradas, enquanto tentava argumentar que ia valorizar muito no futuro.

Agora que suas tentativas de lucrar falharam miseravelmente, ele teve que se contentar em ir até uma taverna que aceitasse fiado. Ele ia tentar negociar o medalhão, mesmo sabendo que não ia dar certo de qualquer jeito.

Quando ele deu por si novamente, ele em uma mesa cercado de rameiras novamente, que estavam eufóricas com a demonstração de status que ele deu trazendo a bebida que pisca. E ele estava completamente distraído dos olhares malignos que recebia a apenas umas 4 mesas de distância.

Ele decidiu então subir com a sortuda (ou não) que iria esquentar sua noite, levando joelhadas na cara. E no meio das escadas, os dois foram atacados por sujeitos encapuzados! Hua levou tantas pauladas na cabeça que isso lhe fez lembrar os tempos no chuveiro depois dos jogos de futebol americano; era a hora mais esperada de todas... E a acompanhante dele não resistiu aos ferimentos, morreu e ficou simplesmente largada lá, e os clientes acharam absurdo aquilo num estabelecimento de família e detonaram o lugar no trip advisor por causa disso.

E Hua foi desperto apenas horas mais tarde, diante do Rei Ganido, o corrupto soberano de Belvedere, que apesar de ser símbolo de ostentação e valor entre as cidades do Leste, governava seu domínio a partir de um barracão. Ele se vestia com peles que lhe faziam parecer gordo (era o que ele dizia pelo menos), e forçava meninas inocentes da 8º série a simularem lesbianismo e usarem trajes de dançarina do ventre.

Ganido então riu diabolicamente e disse que Hua seria condenado a se ficar se esfregando em seus gladiadores fortes e suados (prática punitiva e humilhante que sobreviveu até os dias atuais de hoje em dia ultimamente sob o nome de UFC), mas antes de mais nada, ele teria que passar um tempo em seu glorioso formigueiro humano que servia como moinho de fabricação de chapas de alumínio!

E Hua foi mandado para lá, observado com ódio vivo o rotundo rei Ganido que o mandava para o suplício interminável! Mal sabia ele que Ganido era apenas um assecla de Narloch, que invadiu sua mente com magia negra e o manipulou para condenar Hua e gastar toda a receita dos impostos de Rosquir em produtos da Avon, que Narloch revendia para sustentar sua rede de intrigas e estudos arcanos.

Ele foi obrigado a assinar a carteira e passou a andar acorrentado, pronto para fazer lâminas de alumínio para substituir aquelas que moleques cretinos destruíam sem nem ao menos saber o quanto eram caras! Tudo enquanto era observado por guardas que usavam máscaras, sujeitos sem rosto; mas era só para parecer que tinha mais porque quase ninguém na Era Sigiriana tinha dinheiro para bancar nada e tinham que reciclar guardas genéricos, que trabalhavam vários turnos seguidos com horas extras sendo devidas há anos.

Assim que Hua chegou no refeitório, logo vários escravos simpáticos queriam puxar assunto com ele. Mas ele não estava satisfeito! Ele só pensava nele mesmo e reprovou todos os testes psicotécnicos do DETRAN na existência! Ele pegou uma chapa de alumínio que afiava somente na expectativa por esse momento e decapitou um dos guardas mascarados! Todos olharam em choque!

E Hua continuou rodando a baiana pelo moinho, decapitando muito os guardas mascarados que apareciam! Assim iam ficar sem figurantes! Mas os outros escravos traíras o dominaram e o entregaram para as autoridades!

Os guardas finalmente lhe destituíram das armas e do medalhão, e para realizar uma punição exemplar daquele motim, pegaram os escravos que o delataram, que esperavam muito uma generosa recompensa, e os executaram brutalmente no pátio, com todos os trabalhadores reunidos. E Hua foi mandado para a solitária.

Era uma prisão feita completamente de um vidro espesso, à prova de balas se elas tivessem sido inventadas naquela época, na qual ele foi internado de madrugada, na qual ele foi atirado sem a menor cerimônia por um buraco no teto.

Hua tentava ansiosamente bolar um plano de fuga, sem sucesso. Ele ficou chateadinho e sentou no chão que só tinha grama morta e ossadas. Incompetente como só ele, ele pegou no sono. Quando acordou, era por causa de um calor infernal. O sol estava quase a pino! Aquela prisão, com suas paredes e teto de vidro, concentravam todo o calor do sol, transformando - a em um forno no qual Hua iria cozido vivo!

Ele tentava quebrar as paredes com as ossadas, sem nenhum sucesso! Até que, do nada, uma corda caiu pelo buraco. Antes de tentar raciocinar o que era aquilo, ele subiu o mais rápido que pode, lembrando o treinamento militar que nunca teve, quando foi incluído no último minuto no excesso de contingente.
Quando estava quase chegando ao buraco, a corda queimou e ele quase despencou por todo o caminho que tinha feito, se agarrando a uma borda por reflexo, mas ele sofreu queimaduras feias na palma da mão e gritou que nem um gato estrangulado, e às pressas subiu e caiu pro lado de fora, por pouco não se quebrando inteiro na queda.

Ele havia escapado com vida da solitária, mas estava triste que teve suas mãos queimadas, e suas noites sozinhas não seriam mais as mesmas. Agora que estava salvo, quem teria jogado a corda? Foi então que se aproximou uma mulher a cavalo, que sem nenhuma vontade de conversar, por pura obrigação, disse que ele mereceu ser salvo porque o que os deuses reservavam para ele era importante. De relance, Hua a reconheceu e perguntou se não era aquela guria dos Jogos Mortais, a Khaleesi.
" Katniss" - ela corrigiu. Alamé Katniss, nome pronunciado que nem alguém que se queimou com café e teve sua língua martelada. Que seja. Era ela que cavalgava pelas quatro estepes, no único cavalo existente da Era Sigiriana, visto que ela na vida real era sócia do country club. O motivo pelo qual os cavalos sobreviveram até hoje é que justo aquele cavalo encontrou uma fêmea da mesma espécie, gracyanne barbosa.

Algumas tribos de nômades atribuíam poderes místicos a ela, pois uma aparição dela só ocorria a cada dez anos, se não chovesse. E Hua só deu oi, sabem os deuses quando iriam voltar a se ver. Como inimigos talvez, quando o ciclo estivesse completo.
Alamé avisou Hua que ele deveria deter Narloch, que já colocava em prática seu plano diabólico, usando o Medalhão Sodomítico completo com a metade que roubou de Hua!

Nas catacumbas escondidas de Belvedere, Narloch estava prestes a atacar e violentar os inocentes! Exatamente acima dele, estavam várias multidões que se empurravam para ver, da torre mais alta da cidade, os três sumos - sacerdotes da Vaga Religião pregarem como a vida é bonita e que existe paz no universo. Era um franzino, Atalus, um gordão, Orzhas, e uma mulher, Bãsfídia, que pregavam às massas.

Com seus poderes profanos, Narloch invadiu a mente de um dos passantes que estava distraído olhando pro chão, cagando e andando pras pregações. Não só a mente dele foi invadida, mas várias! Narloch poderia manipular as mentes mais fracas de toda uma multidão, o que seria a única explicação plausível do por que um concerto da Clarice Falcão atraía mais de um cinco pessoas.

Narloch ordenou a todos eles que começassem a matar uns aos outros! E cada um deles atacava o outro irracionalmente, com extrema brutalidade. Os sumos sacerdotes olhavam para baixo em choque enquanto aquela briga injustificada só se agravava, logo virando uma guerra civil completa.
Eles não ousavam descer do alto da torre, seria suícido. Diante disso, Atalus se lamentava em voz alta e pouco convincente, de como a Genérica Divindade poderia permitir algo assim! Mas então Orzhas ficou fora de si, agarrou Atalus e o jogou do alto da torre. Isso porque gordo só faz gord... merda.

Quando Hua chegou à cidade, ele viu como o lugar estava virado de cabeça para baixo. Belvedere estava perdida. E chegou Alamé e ajuda dos céus, com bastante frio, e abriam seu caminho entre a multidão com espadadas. Ela disse para Hua sair correndo até as catacumbas!

E ele obedeceu. Desviando dos odiosos passantes e dando uma surra em quem merecia, ele atravessou a cidade inteira sem descansar e fez seu caminho pelo subsolo imundo e sombrio, até chegar Narloch, que tinha uma virgem nua em um altar improvisado e um enorme punhal cerimonial em mãos. Seus olhos brilharam com um ódio aterrador quando viu Hua pela primeira vez, em pessoa, lhe dizendo: "Desista, Narloch vagabundo, você nunca conseguirá!".

E além de ser atacado por relâmpagos, Hua viu Narloch sugando seu sangue e pisando na espada dele. E por fim, Narloch o atravessou com o punhal cerimonial, e a última coisa que Hua viu foi o rosto de Narloch, aquela cara de bichona sob um capacete muito rebelde, antes de despencar ao chão, sem vida.

Agora o ritual está completo - assim pensou Narloch, e foi dar um beijo na virgem. E não aconteceu nada. Os Planos não convergiram, como planejado. Foi aí que ele se lembrou que fez tudo errado: era para matar uma virgem e beijar quem tivesse o Medalhão, mas nem era mais o Hua quem o tinha àquela altura.
Enfim, Narloch pisou feio na bola e os deuses das trevas ficaram furiosos, e por uma fenda na realidade ele foi abduzido para uma dimensão na qual ele serviria de brinquedo sexual para aberrações anticósmicas durante toda a eternidade.

E Hua conseguiu enganar a Morte, com resta - um, e ela avisou que um dia, qualquer dia desses, eles voltariam a se ver. Então ele acordou assustado, quase que como de um pesadelo, no meio de uma vasta estepe. Sem que ele soubesse, Belvedere foi riscada da existência pela magia terrível e complôs com divindades do mal de Narloch, que nunca mais seriam uma ameaça.

Em sua segunda chance de viver a vida ao máximo, Hua estudou absolutamente tudo sobre a história da Polônia, e quando ele viu Alamé, ele disse para ela que, ao contrário do que ela pudesse pensar, Polônia não tinha nada a ver com a Rússia, as línguas são completamente diferentes.

E ela ficou um pouco aborrecida e o lembrou que ela era a melhor da sala, e só por causa dele ela zerou no trabalho, bundão. E ela foi embora ao pôr - do - sol.

Moral: Tudo começa com intenções boas, que nem uma laranja. Mas dai vem energético, cerveja e empadinha gordurosa e tudo vira uma porcaria.

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