segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A menina que roubava cachorros


Tudo começou há muito tempo, com a vida de Tati, a guria super revolucionária de super hiper extrema esquerda com infeliz semelhança física com um membro do Manowar que não sabia o que fazer naquele mês frio e odioso.
Trabalhar? Nem pensar. Sair com as amigas? Não. Ah, foi então com as notícias de mais e mais manifestações foi que ela soube o que deveria fazer. Ela pediu pra mamãe comprar uma balaclava num feirão de motos, e assim Tati foi para um lado mais patético da Força, o lado da Frente de Libertinagem Animal, célula criminosa jamais punida,  por seus integrantes serem vegetarianos virgens e arrogantes, patricinhas descerebradas e maconheiros indigentes vendedores de artesanato. O objetivo deles era libertar absolutamente todos animais, para que eles fossem livres e cagassem por todas as ruas, sob o lema "temos todos que pegar!".
Um deles havia houvido falar que um instituto muito malvado, o instituto Royale, que forçava beagles a jogar cartas e experimentar martinis de vodca batidos, não mexidos.

Era uma noite escura e chuvosa quando os badernistas invadiram o lugar, e quebaram tudu, e um deles acabou fazendo um cortezinho com vidro e saiu abrindo o berreiro: "Manhêêêê!". E Tati teve o momento da sua vida, levando uma porrada de beagles pra sua casa, pois ela sempre quis um mas a mãe dizia que não podia, porque ela passava muito tempo sendo uma revolucionária de araque e não tirava dez em tudo. Agora eles finalmente estavam a salvo daquela monstruosidade de porções de ração em quantidades exatas e tratamento veterinário adequado, com propósito científico de salvar vidas!

E outro grupo aspirante a Talibã nacional, os Black Eyed Peas, roubaram toda a atenção da mídia em apoio ao vandalismo, que nem os abutres que eles são. Os Black Fridays em questão se modelavam como Robin Hood e seu bando, com as saudáveis mudanças de manobrar as massas pela internet, e não pela TV (porque são jovens irados e antenados nas tendências!) e roubar dos ricos para embolsar tudo ou desviar pra uísque.
Debaixo das fantasias idiotas deles de Subcomandante Marcos devia ter um político estudantil convencido aspirante a manipulador e desviador profissional.

E o dia foi salvo, todos estavam felizes e as coisas ruins foram embora. Mas os beagles? Nossos intrépidos heróis venderam eles pra qualquer família com crianças que não iam querer mais os bichos em questão de poucas semanas, largaram eles por aí sem querer querendo, ou outras coisas mais licenciosas, depois de ouvirem que vídeos de bestialidade dão uma montanha de dinheiro na rede.

E a casa de Tati estava toda arrebentada e alagada de mijo que ela tinha dúvidas em relação a como limpar. Lágrimas amargas de frustração escorriam de seu rostinho supernutrido! Ela choramingava: "Ninguém na página do 'Prefiro bicho do que gente' fala dessas coisas!". Fora que ela não podia deixar aquele mundo de cachorros dentro de casa, principalmente com sua mãe no cio! Enquanto isso, os mesmos valorosos rebeldes que a acompanharam na libertação do instituto a denunciavam por maus tratos contra os cachorros! Eles precisavam de um espaço de no mínimo duas quadras de basquete e o apartamento dela só tinha 60 m2, era uma monstra!

Epílogo: Enquanto isso, as pessoas que passam o dia inteiro vendo páginas de ideologias políticas e jornais fajutos coerentes com seus pontos de vista no facebook e outros sites estavam ocupadas demais pra sair de casa e fingir que se importam com o lugar onde moram. A luz do sol talvez os fizesse mal, e era por isso que exploravam seus pais e avós por comida enquanto discutiam assuntos "importantes" com memes.

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