Tudo começou há muito tempo, quando Abinoã estava andando na rua, um pouco desanimado. Provavelmente ele estava pensando em assaltar um banco ali na esquina. Mas ao dobrá - la, ele viu uma propaganda em vídeo na parede, muito mal - feita, com cara de que foi feita no Windows Movie Maker. Ela dizia "VISITE O EQUADOR", mas não parecia muito oficial, não.
Nela, havia um cara com um chapéu em forma de castelo gritando histérico e meio que satanicamente: "Venha comigo! Vamos em uma viagem para buscar os homens marinhos... do Equador!!!" - E Abinoã ficou completamente impressionado; parecia que o cara estava falando com ele! E assim ele respondeu: "É uma pena, mas eu não posso! É muito caro!" - E o cara respondeu: "Abra sua mão! Seu sovina, unha de fome!"
E a imagem vídeo na parede de súbito se tornou uma águia imperialista, e Abinoã subiu correndinho as escadas que levavam àquela parede. O vídeo agora era um close na face daquele cara, que lançava um olhar 43 para Abinoã. Através do televisor ele ergueu sua mão para Abinoã, e ele a agarrou com sua mão direita suja, e foi levado para o Equador, e eram os dois dentro do vídeo agora!
Juntos, eles andaram sob o sol e vasto céu azul do Equador, quase trombando um no outro, e Abinoã achou que talvez o cara não tivesse uma boa noção de orientação espacial. Ou fosse ele mesmo, vai saber; ele era super inseguro de si.
Mas na verdade, ele colocou a mão no ombro de Abinoã, apenas para mostrar uma arena, onde no passado distante, havia gladiadores. E disse: "Abinoã, um dia tudo isso será seu". Mas logo se desvencilhou dele para realizar patéticas danças enquanto gritava "EQUADOR!"
Então houve uma enorme e chocante reviravolta: a águia imperialista de antes pousou no braço daquele cara! Ele a domesticava, e não o contrário. Não tinha medo de nada, era o fodão.
À distância, vinha uma mulher carregando um peso de papéis de vidro, oferecendo como presente e sinal de amizade e benevolência. Mas no ritmo que ela andava, ia demorar um pouco. Até se poderia sugerir que ela pegasse um ônibus, mas ela não queria gastar com passagem.
E o cara continuou mostrando a Abinoã o encanto do que considerava como "Equador". E deixou ele sozinho uns instantes, porque foi estereotipicamente cortar cana. Abinoã ergueu os braços em saudação ao sol e à majestosa águia, e pouco depois apareceram umas modelos estonteantes que dançavam que nem gelatina ou duendes favelados com facas, e Abinoã as olhava e pensava: "Meu, nada a ver esse chapéu com essa roupa! E essas unhas!"
Mas logo houve conflito! Apareceram uns sujeitos com cara de pitboy e óculos escuros. Um deles usava uma camiseta da seleção argentina. Um que acreditava ser o líder inquiriu Abinoã: "tá olhando o quê?"
- "Agora não sei, tem uma bicha na frente e não consigo ver". E isso deu margem a um angustiante afrontamento, enquanto que em universidades se poderia ferozmente destruir aulas e equipamento por completo, valendo - se de uma machadinha, com o intuito de matar com poder!
O pior só foi evitado graças à chegada da mulher com o peso de papéis, trazendo harmonia entre os povos, fazendo um segurar a mão do outro.
Entretanto, desde que Abinoã havia chego ali, não tinha visto sequer um homem marinho! Mas aquele cara ficava falando: "Escute - me!" - como se o estivesse tratando de mendigo que limpa os ouvidos imundos com cotonetes e os deixa todos jogados na rua. E vivia dizendo: "Venha comigo! Vamos em uma viagem para buscar os homens marinhos... do Equador!" e "Equador!".
Abinoã começou a achar ele um pouco repetitivo, mas se ele estivesse prestando atenção, o cara maníaco iria levá - lo consigo para os homens marinhos. Lhe avisou então: nósa vamos por baixo d'água, "okeyday"?
E nas profundezas do mar, encontraram os tais dos homens marinhos, que construíram sua própria civilização, e lá acharam um Aquaman equatoriano.
Abinoã estava maravilhado! Depois de tanto tempo, ele achou os homens marinhos! Mas tal êxtase não durou muito, porque aquele cara o apagou dando com o peso de papéis na nuca dele, e ele se afogou nas profundezas. E ele e os homens marinhos devoraram o corpo de Abinoã, porque eram um raça de 'sereios' que dependiam da vinda de humanos para se alimentarem, enquanto aquele mesmo cara ria diabolicamente.
Moral: Sempre deixe suas calhas limpas
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