sexta-feira, 18 de setembro de 2009

As intrépidas aventuras do Capitão Vileiro - O Super - Herói Humilde

Tudo começou há muito tempo, em uma galáxia muito, muito distante, em uma era sem gelo. Uma mulher gritava que nem um macaco sendo surrado devido às torturantes dores de um autêntico parto hiboriano. O pai apenas olhava ansiovo, esperando o herdeiro da fortura do casal de arquimilionários que eles eram. O pai lhe daria o nome de Dio, em homenagem a Ronnie James Dio, música que ele , para a grande infelicidade dos ouvidos alheios, não viria a gostar. Mas logo após dele ter vindo ao mundo, seus pais o desprezaram, e o jogaram no lixo. Ele só sobreviveu porque foi criado por uma família de gambás, que lhe forneceram todo o conhecimento necessário para sobreviver nas frias e imundas ruelas da cidade maligna e sem nome. Em circunstâncias normais, ele jamais conseguiria se lembrar do nome que seus pais lhe deram, mas, por ironia do destino, ele passou a crer que seu nome era U Dio, mera corruptela do original, porque era assim que os gambás se referiam a ele em seus guinchos, ou talvez fora alucinação auditiva de Dio por ter ingerido suas próprias cuecas usadas que encontrara no lixo em que morava. Quando a maturidade chegou, ele abandonou, pesarosamente, a família de gambás que lhe criara, e partiu para enfrentar o mundo sozinho. Desde então, ele tentava conseguir fundos vendendo cds pirateados e rapeando horrivelmente por trocados. Ele fazia tal música no meio da praça, diante de botecos e Igrejas da Universal, e todos reuniam - se diante a ele, para zombar de sua falta de talento. Ele fazia rimas sofríveis e coreografias que pareciam terem sidas compiladas de uma academia de ginástica, e por isso elas faziam filas quilométricas para cuspir nele, e, de vez em quando, estuprá - lo. Até, que um dia, por falta de coisa melhor para fazer, decidiu se tornar um super - herói, para salvar os mendigos do bem contra as forças estupradoras do mal. Isso só foi possível, porque, durante o tempo em que viveu entre os gambás, ele foi mordido por um gambá geneticamente modificado, que lhe deu super poderes de gambá, inclusive o de ser atropelado e em tal processo ter os intestinos expostos por semanas no meio da rua. E então, ele adotou a alcunha de Capitão Vileiro, que juras de proteção aos desfavorecidos pela sociedade porca capitalista aos ventos proclamava. Embarcou ele assim numa íntegra cruzada contra seus arquiinimigos: A Atriz Pornô que se achava existencialista e a criança que amava todos os dias. Ambos esses seres inescrupulosos tinham planos de matar todos aqueles que não eram existencialistas como a atriz pornô, que se achava tão existencialista que provavelmente arrancaria os próprios braços e os substituiria por espetos de churrasco, se não precisasse deles. A malévola atriz odiava o Capitão Vileiro porque ele nem se dava ao trabalho de se fingir inteligente e um pouco letrado como ela e os fãs de música industrial, fãs dos anos 60 e etc. que tentavam se achar parte de uma elite cultural, não gostando de qualquer música que suas tias não gostam e que tenha menos de 20 anos, e sendo seres blasé e metidos a antipáticos porque acham que ser simpático é coisa de pessoas sem personalidade e não existencialistas. Mas nada irrita mais o existencialista "cult" do que Fnac fechada. Voltando à história, a atriz pornô existencialista, a criança que amava todos os dias (que tinha uma banda de crianças onde ela era a vocalista e cantava como se fosse um asmático que levou um chute nos testículos) e uma horda de anões viajavam num barco invisível a radares, apesar disso, o Capitão Vileiro conseguiu farejar o barco com suas habilidades de gambá e levou consigo algumas crianças - soldado da Somália para assisti - lo nessa épica luta do bem contra o mal. E assim que a abordagem do barco começou, eles surpreenderam todos os tripulantes! E graças a esse feito, as crianças - soldado evoluíram para soldados - criança, habilidosos nas granadas e na machadinha, mas sempre seriam crianças por dentro. Pelo menos até a Criança que amava todos os dias empunhar uma metralhadora e aniquilar esse impetuoso miniexército invasor. Em seguida, Capitão Vileiro enlouquece de raiva por ter perdido seus melhores homens nesse primeiro confronto e avança na Criança que amava todos os dias, e a desfigura horrivelmente, e a mata com chute na canela. A atriz pornô, em meio a tão torpe massacre, tenta propor uma pacto de paz com o Capitão Vileiro, para que assim existencialistas e pessoas que pelos menos são sinceras quanto a sua ignorância pudessem viver em paz. Mas por trás desses belos ideais, havia hedionda dissimulação! A atriz o enganou, o chutou em partes sensíveis e tentou fugir, mas o Capitão Vileiro a capturou e a obrigou a fazer licenciosos vídeos caseiros. Apesar de todos eles envolverem joelhos e poderiam ser incluídos em filmes ruins, de tão ruins. E a cabeça da atriz explodiu ao tentar entender por que os vídeos não ficaram bons, porque ela se achava boa em tudo o que fazia. A verdade é que os vídeos ficaram ruins porque a câmera de Capitão Vileiro era um lixo, foi a "mais barata" que ele conseguiu encontrar, custando meros R$300, e parcelada em centenas de vezes, o suficiente para duas reencarnações, além da câmera estar na direção oposta da cena que deveria ter sido filmada. Tendo derrotado por ora seus piores inimigos, Capitão Vileiro partiu para enfrentar outras pessoas igualmente sem ética, até o dia em que ele morreu, por ter se estrangulado acidentalmente ao ter pisado na própria capa, que era um moletom grande encontrado no lixo e com manchas de urina de rato amarrado em seu pescoço.

Moral: Sempre tenha um sorriso para irradiar a alma das pessoas próximas.

Moral 2: Diga não às pessoas hipócritas que criticam a hipocrisia achando que sabem o que é hipocrisia, quando na verdade nunca vão ser convidadas para a festa na cobertura da Pantera Cor-de-Rosa.

Moral 3: Metal pesado e pedra duro tanto batem até que não se caça com gato.

Moral 4: Sempre despreze os anos 80.

Moral 5: O terrorista sacana com seus atos inúteis magoa os corações das pessoas.

Epílogo: A história não perdoa pessoas que não acreditam na Cher.

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