sábado, 26 de setembro de 2009

Abinoã - Musical da Escola Pública

Tudo começou há muito tempo atrás, quando Abinoã era dono de uma augusta escola pública, que ia de mal a pior, com verbas ruins e vândalos babacas. Ele não sabia mais o que fazer. Até que, um dia, a sorte lhe sorriu. Ele encontrou em um montinho de barro que um aluno sujo usando fraldas fez um tesouro mágico, que era infinitamente maior que as verbas que o governo lhe pagava (quando ele pagava). Com ele, Abinoã fez uma reforma drástica, e o nível da escola foi elevado de uma forma sem precedentes. Agora, os alunos poderiam comer caviar na merenda ao invés do plebeu arroz com feijão, e haviam computadores de uma versão do Windows extremamente avançada (travava mais e por mais motivos), que ele conseguiu quando usou parte do dinheiro para criar uma máquina do tempo para ir ao futuro buscar tal versão do sistema operacional, para deixar os alunos obesos, e um sistema de segurança integrado, para que os vândalos fossem mortos com os sabres de luz dele. Tudo agora ia bem, os alunos tinham um ensino de primeira qualidade e poderiam ter viagens de integração para Monaco ou Montenegro, não para Corupá, ou Senhora do Destino de Macacu do Leste, ou lugares que não passavam de morros cheios de mato. Havia piscina e churrasqueira nas salas de aula, e ocasionalmente o Blue Man Group se apresentava nela. Abinoã conseguiu transformar um decadente e arruinado colégio público em um verdadeiro Ateneu, a ponto de fazer os profissionais e diretores das escolas particulares quererem atirar laser pelos olhos e gritarem como se tivessem perdido as mãos, de tanta inveja, e que destruiu a sociedade. Mas não demoraria para Abinoã descobrir tal cenário paradisíaco apresentar seus problemas. Integrantes de escolas particulares elitistas atiravam fezes nas paredes de sua casa enquanto ele assistia a seu home theater (que comprara com dinheiro desviado do tesouro mágico), e assassinaram sua esposa. E quando Abinoã, com cobiça na alma ao querer criar, sem o menor sentido, um canhão gigante de íons no colégio, e para isso quis tornar o colégio uma institucional particular, foi que os pictos que raspam a virilha atacaram sem dó nem piedade os alicerces da civilização, vindouros das profundezas da piscina. E a polícia tentou prender Abinoã por posse não - declarada de tesouro mágico, mas ele resistiu e acabou surrado até a morte. A escola ficou de luto no dia seguinte, e foi nesse momento em que um homem elitista de armadura dourada disse diante dos humildes estudantes "Ha! Escola Pública!", o conflito durou eras e arruinou a cidade, o país, o mundo. E essa foi a trágica estória da escola pública de Abinoã. Melhor pelo menos que "A Creche do Papai"

Moral: Não alimente seus filhos com marimbondos de fogo.

Moral 2: Ninguém não pode gostar de exercício físico. Se não gostam, é porque são pessoas traumatizadas.

Moral 3: 野獸男孩

Epílogo: Terapia com água é interessante.

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