domingo, 24 de agosto de 2008

Abinoã em 3D

Tudo começou, há muito tempo, mas muito tempo mesmo, onde, sobre as planícies andava com uma velocidade de festa o lendário Abinoã, um tigre que vomitava muito e espontaneamente. Ele constituia uma bela família, mulher e um filho tão inútil quanto ele. Após muita agonia e alegria, chegam as férias. Finaliza - se o período de trabalho nas minas de sal. Então, Abinoã decide levar sua família para ele, e somente ele, ir à praia.
Mas, no caminho, seu filho disse que desejava muito ter aulas de pesca submarina. Sabe - se lá de onde ele tirou tal idéia, talvez, fossem as vozes demoníacas que habitavam sua mente que o faziam matar pessoas ou o simples fato de que ele era um dendrofascista. Abinoã então aceitou que seu filho tivesse as malditas aulas de pesca submarina, apenas para jogar fora seu dinheiro.
Então, após uma longa viagem com um filho hiperativo no banco de trás, eles chegaram à praia, um lugar onde as pessoas vão para se divertir e ver o acasalamento das gaivotas homossexuais, fenômeno extraordinário da natureza, que só acontece a cada 5 segundos. E encontraram um lugar onde seu filho poderia ter aulas de pesca submarina, mas com muita dor e masturbação com espadas, fora as taxas exorbitantes. E lá também compraram o equipamento necessário para a prática desse esporte, que não era barato, nem leve, nem prático: uma incrível arma com um arpão com uma pequena granada na ponta, que explodia a qualquer contato, roupas desenhadas especialmente para mijar na água, tanques de oxigênio enriquecido, elevadores, veneno para ratos... filhos custam mesmo uma fortuna.
Com toda a tranqueira adquirida, a família de Abinoã partiu junto com a turma que freqüentaria as aulas de pesca submarina numa jangada feita com madeira e garrafas de água, que deveriam ter sido recicladas, mas agora estão cheias de água do mar cheia de mijo.
Seria uma longa viagem, porém, isso não importava, pois junto à eles havia um vendedor de queijo derretido. Isso deixou todos a bordo animados, animados a ponto de defecarem nas calças, o que era oportuno, pois o motor da jangada era movido a fezes e esperma, e caso ele quebrasse, havia remos, e se os remos fossem perdidos, a jangada tinha asas. Mas as asas eram o último recurso, pois a jangada não podia voar longe, e ela explodiria após o vôo. E enfim chegaram à um lugar onde ninguém ouviria seus gritos. Gritos de animação, mas é claro! E o instrutor logo se pôs a dar instruções que o filho inútil do Abinoã não dava a mínima atenção, ele estava apenas brincando de mirar sua arma de arpão. Abinoã viu aquilo e chamou a atenção de seu filho, afinal, não tinha gasto uma fortuna para seu filho não se interessar na maldita aula, mas seu filho continuou indiferente após o aviso, continuou a sua inútil distração.
Abinoã se encheu e logo foi tirar a arma das mãos de seu filho, que resistia bravamente à tal esforço, até que a arma acidentalmente disparou. E atingiu um banhista lerdo que boiava na água com sua bóia no formato de uma criatura verde demoníaca. E o banhista explodiu, e voou sangue para todos os lados que contanimou a água com toda a gordura que entupia suas artérias. E a bóia dele furou. Abinoã ficou furioso, e decidiu castigá - lo com uma boa surra ali mesmo, e deixá - lo sem computador pelo resto de sua vida e mais um pouco, mas não antes do instrutor pedófilo estuprá - lo. Abinoã viu isso e pegou o tanque de oxigênio e rachou o crânio do instrutor mal - intencionado. E todos corriam em pânico para todos os lados, não só por causa do instrutor morto, mas por que queriam se exercitar um pouco.
E o motor movido a fezes explodiu, e voaram fezes para todas as direções, e alguns foram atingidos nos olhos, e caíram e rolavam em agonia no convés da jangada, cobrindo os olhos com as mãos. E logo a jangada começou a afundar, e as pessoas pulavam na água e morriam, pois não sabiam nadar (mas são pessoas incrivelmente burras, se não sabem nadar, porque pagariam um curso de pesca submarina? Comunistas...)
O único que sabia nadar era Abinoã, que pulou e nadou para a praia, deixando sua família a bordo da jangada para morrer, um grande babaca esse Abinoã. Ele chegou à costa ofegante, à beira da total exaustão, mas vivo. A praia estava vazia, porém cheia de lixo, tinha até gente morta.
Ele voltou para casa, triste, por ter perdido sua esposa e todo o dinheiro que havia gasto em seu filho. E tentou dormir, com muitas incertezas o perturbando, como a de por que as pessoas que ele mais queria bem morreram daquele jeito horrível? Talvez, eles não tivessem morrido, e ele apenas pensava em todo o incesto que poderiam estar praticando. Sem ele. Provavelmente isso era tudo culpa de toda a sujeira de pombo feita por sua laia sodomita.
Outra coisa estava incomodando seu sono. Eram os vizinhos pedófilos, que estavam a dar uma festa no apartamento ao lado. Ele achava insuportável o barulho de cuica, instrumento tocado por gente incestuosa. Não aguentando aquilo, ele pegou uma enxada para destruir a parede e entrar no apartamento ao lado e acabar com todos os incômodos. Mas assim que que parede estava prestes a ruir, o teto desabou sobre ele, e ele morreu.

Moral: Seja feliz.

Moral 2: Diga não à tudo o que vê pela frente.

Moral 3: Diga não aos justiceiros pedófilos.

Moral 4: Não seja pago para ser estúpido.

Moral 5: Porque agir como um robô?

Epílogo: O Centro Espírita dos Cheroquis vive dentro da mente das poucas pessoas que comem lixo assado.

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