sábado, 30 de novembro de 2013

Ma, o Árabe

Tudo começou há muito tempo, numa era de guinada de uma animação para a mediocridade. Essa animação no entanto sempre teria seus fãs fiéis, assim como Ma, um músico arrogante que só teve UM sucesso e passou a ser tratado como um deus da música, talvez porque forças sinistras por trás dele, a crítica especializada, estavam com preguiça e precisavam de um melhor cantor do mundo para chamarem de seu, pra preencher cotas em suas ideias rasas com as quais escreviam artigos.

Ma, com seu único sucesso, que falava sobre um cara com dor de barriga andando de jipe na chuva (Nem pela música em si - entediante - mas pelas letras sobre as quais ninguém parava de falar), e que posers acham que é uma música animada com refrão gritado e dá pra jurar por deus que era de algum comercial de carro, ficou confiante demais em si mesmo, e se tirasse a aura que as forças superiores atribuíram a ele, veriam apenas um completo viciado em drogas que só tem isso para se orgulhar, que mente descaradamente que é bissexual, e depende muito mais de imagem do que de música, além de polêmicas baratas e demonstrações de ser um bundão.

Quando acossado, Ma contaria sua história triste de vida como medida de contingência, para que esses haters pudessem aprender algo com ele. "Ma" era seu nome artístico, sugerido por seu empresário, era uma forma bem mais sucinta de RabboussamaifikarrajaiiFiainaihaaralhayatiAtiilaikaminhathalkaaouniArjoukalabbilabbinidai, seu nome árabe original. Descoberto na infância como o filho de um sapateiro viúvo muito pobre, e justamente por isso um milionário ator de cinema 'cult', ele fez seu atalho até o topo e virou um 'gênio' musical toxicômano e infestado de DSTs. Pelo menos quando ele era criança ele não cheirava cocaína.

Como sempre, Ma roubou todo o foco; é só isso que ele faz bem. O foco da história era o que aconteceu depois da eliminação do Sol... O que aconteceu foi uma animação "para adultos", com dublagens grosseiramente ruins, como se nem tentassem; Além da dominação mundial por furries! Que fugiram, que subiram no telhado.

E nem é esse o foco da história. O foco era uma banda de garagem, com receitas de liquidificador roubadas por espiões rebeldes, atacando de uma base escondida.
A banda era liderada por Arcângela, vocalista que não cantava nada, só foi chamada pelo guitarrista Omar, que achava que liderava alguma coisa com seu canivete, na esperança de sexo, compartilhada pelo baterista que era um samurai frustrado, e pelo baixista infestado de vermes que tinha a voz mais irritante da face da terra, enquanto protestava quando destruíam seu carro toda semana (injustamente).

E Omar era um árabe, instrutor de zumba fitness, que tentava se convencer todo dia antes de dormir que ele servia pra guitarrista, mesmo que as 102 músicas que ele escreveu fossem uma droga, e imitassem umas às outras.
A única música menos pior que conseguiram compor era de autoria de Arcângela, que eram 5 intermináveis minutos dela forçando a voz, se perguntando: "oh, qual será o signo do Omar?" - Eu sei lá! Pergunta pra ele em que dia ele nasceu, porra. Isso e ela recitando conversa de bêbado. Era minimamente escutável, mas enjoava muito rápido. O fato é que Omar ficava completamente mordido de inveja da música ser dela, pois ele era um ególatra e queria toda a atenção do mundo só para aquilo que ele fazia. Era por isso que ele destruía todo o equipamento nos ensaios em desforra quando tocavam essa música, e usava as baquetas do baterista da escola do corte de madeira como garras maldosas e bestiais, parecendo um X-Men cujo superpoder era ser um babaca mimado.

Isso até o dia em que apresentaram em uma boate de beira de estrada, a única da qual ainda não foram expulsos pelo comportamento de Omar, e foram aproximados por um empresário que parecia um mickey paraguaio, ou sua versão apelativa para essa desculpa de animação. Ele disse que ficou sabendo deles de boca em boca (mas infelizmente ele era meio surdo) e perguntou se torciam pra CIA ou o KGB, se tinham bugigangas ou eram mais sérios, se gostavam de vodca martini ou heineken, e cadê o Sean Connery. Foi tudo um mal entendido que Arcângela teve que esclarecer: Eram uma banda de garagem, não de espionagem. E esse empresário mandou eles para aquele lugar; desperdiçaram o tempo dele.

Mas não tão rápido! Lá estava ninguém mais do que Ma, nas sombras. O que o tinha levado até ali era o anel que detectou a existência de Arcângela, o anel para controlar todos os outros, no qual ele colocou toda sua crueldade, sua malícia, e sua vontade de dominar todas as vidas. Um anel para todos governar.

Ma queria a voz de Arcângela, e logo todo o oceano seria dele! E ele também pensava em roubar aquela mulher para ele, porque ele era um fracassado desesperado e um moleque de bosta; não poderia reclamar depois que tudo desse miseravelmente errado e o Omar saísse ensandecido correndo atrás dele para chicoteá - lo com ferro.

 E assim Ma fez com que o empresário os chamasse para sua mansão.
E seguiram, mas demorou um pouco porque Omar insistiu em dirigir o carro do baixista e era um péssimo motorista, deixava o carro morrer a cada 5 minutos e dava um chilique.

Quando chegaram, Ma perguntou: "como cês tão?", apresentou seus três mordomos mal - dublados e deu para eles uma Eisenbahn que custa R$ 99,00 e vem com atestado de frescura. E foi a festa animadésima que se seguiu, do rei do camarote que era o Ma, com direito à dança provocante do baterista e o baixista olhando pro nada.

E Ma levou Arcângela para o jardim secreto dele, e os dois começaram a falar de Caetano e Rambo. Só que ela ouviu dele que o terceiro filme foi o melhor de todos! Ó céus! Ela entrou em estado de choque, e precisou ser buscada pelo pai. E ela não melhorou. Depois de um longo tratamento psiquiátrico, ela virou hipster!

O pai dela, um cirurgião, queria vingança. Foi então que ele sequestrou Ma e o transformou em uma mulher.
Ma se vestia de mulher de vez em quando para simular desvios comportamentais pra imprensa, mas ainda assim ele não podia sair, porque o cirurgião trabalhava no SUS e a pele que ele pôs por cima de Ma era feita de papel. E toda vez que vinham os amiguinhos dele que queriam brincar fora e tava chovendo, ele dizia que não podia e perguntavam: "Ah, é? Sua pele é feita de papel?" e ele tinha que responder "Sim. É."

E o cirurgião enlouqueceu! Ele sequestrou Omar e o transformou em mulher também, até porque ele merecia!

A falta de atenção da mídia incomodava Ma; logo o super astro do rock que ele era se tornaria irrelevante!
Foi então que ele seduziu o cirurgião com o corpo, roubou a arma dele, e quando lhe apontou, o cirurgião perguntou:
"O que está acontecendo?"
"Eu vou matar você."
"Isso é uma piada, certo?"
"Chame do que você quiser."
"Mas você prometeu!"
"Eu menti."

Ma fingiu que sabia cantar que nem Arcângela 'o signo do Omar' com instrumentos de merda inventados, que nem seus hinos drogadictos pretensiosos, e o cirurgião literalmente morreu de desgosto. Tudo culpa do videogame. Ele saiu correndo até a mansão dele, e foi recepcionado por seus mordomos. Ele começou a chorar. Quando lhe perguntaram o que que era, ele respondeu:
"Eu sou Ma [grito infantil mal dublado sem sincronia]"

Epílogo: Quando souberam que Ma morreu, fóruns neonazistas celebraram na internet que aquele "judeu sujo" finalmente morreu. Mas eram ignorantes demais para saberem que ele não era judeu.

Interlúdio: A triste história de Spi

Originalmente de 07/05/10, na época não foi terminado e nunca houve intenção de publicar nesse blog, que eu deixei esquecido.

Tudo começa na casa de Short Colado, garoto de 11 anos do qual fôra de guardião, depois que a mãe zelosa do guri o deixou entrar, na condição de usar um uniforme vermelho ridículo idêntico ao qual Short usava, compartilha a história de sua conturbada juventude...

NARRAÇÃO [Spi]: Tudo começou, no dia em que nasci...

[Cena no Hospital Os pais de Spi estão diante do médico. Câmera: Cor de sépia/ preto e branco, de frente aos três, de perfil]

Médico: - Parabéns, Sr. e Sra. Afogado, vocês tiveram um menino saudável. Já pensaram em um nome para colocar na criança?

Pai de Spi (sério/confiante): - Ah, sim, claro. Eu me preocupo com isso desde os 13. Já pensei em todos os detalhes. O nome dele será Ganso, em homenagem ao meu animal favorito. Nós daremos a ele uma vida muito burguesa, com muito conforto, muito contentamento. Ah, e como iremos querer que ele tenha uma profissão séria e rentável, e que more no exterior, (levemente indignado; Câmera agora foca somente o rosto do pai de Spi ) mas você acredita que ele vai querer nos desafiar, querendo se arriscar a escrever musicais?! Eu bem que  vou alertar ele, mas não. Ele não vai me escutar. Não vai fazer faculdade, pequeno cretino. Vai ser um sodomita, um boêmio, viciado em morfina. Por mais que ele se esforçe, ele não vai faturar um centavo, seguindo o seu "sonho" (tom de desprezo), (exaltado) sequer um centavo para pagar o aluguel de uma pensão imunda, caindo aos pedaços, e infestada de insetos. Então, ele vai passar a ser um escritor e ator de pornografia fracassado, e vai tentar vender vodca caseira com botulismo para sobreviver, e no final, ele vai morrer de câncer de pulmão. Nenhum pai deveria enterrar o seu filho, mas eu irei, o que vai me deixar muito preocupado.

Médico: - Como ele vai morrer mesmo?

Pai de Spi (com o ar pesado): - Câncer de pulmão.

[O médico pega uma faca de cozinha e fura o tórax da criança, que começa a chorar. A mãe cobre a boca, em choque. O pai se indigna.]

Pai de Spi (exaltado): - Não! Não! Porra! Eu disse câncer de pulmão! Câncer! Não um ferimento muito grave! Olha o que você fez! Ele não vai sobreviver dois dias. [respira fundo, olha cínica e sobriamente para o médico]: Muito obrigado. Muito obrigado por estragar meus sonhos para o futuro. Muito obrigado mesmo. A gente volta aqui daqui a uns 10 meses. (a mãe cobre o rosto e chora)

NARRAÇÃO: - Eles erraram. Eu sobrevivi. Sobrevivi mal, mas sobrevivi. Aos 4 anos de idade, fui adotado e escravizado por Roscan, um vampiro viciado em roscas de polvilho e que me obrigava a ir do seu retiro sombrio para a civilização comprar roscas de polvilho com a minha mesada, fornecida por ele. E assim foi, até um dia, em que estava no meu caminho para comprar mais roscas de polvilho e Nescafé, eu indiquei a um cavaleiro da luz a localização do esconderijo. E foi então que Roscan foi finalmente destruído. E passei a morar em um orfanato, até os 17, quando eu descobri como meus pais me abandonaram, e eu fugi, em busca de vingança [flashback cor de sépia, mostra Spi tirando de baixo da sua cama uma caixa de sapato, e de lá tirando uma arma]. Em minha busca, descubri que minha mãe havia morrido de linfoma, e meu pai, que nunca trabalhou na vida, e vivia de parasitar minha mãe, enlouqueceu depois da morte dela, e não só enlouqueceu, como soltou a franga! Se tornou um travesti tão patético, que, quando me encontrei com ele, em seu apartamento, eu me recusei a matá - lo. Ele já estava morto, lá no fundo. E descobri no dia seguinte que ele se suicidou pouco depois de eu tê - lo visto. Sem mais nada para me apegar no turbilhão da vida, eu me juntei à Divisão Especial de Anti - Terrorismo, ramo da Agência de Modelos e Inteligência Nacional, quando vi o anúncio deles numa caixa de pizza. E que, com o tempo, passou a ser a Divisão Especial de Anti - Terrorismo com Crianças Sequestradas, porque o Governo havia cortado nossa verba, e tomamos a medida desesperada de sequestrar crianças filhas de pais ricos, e tentar nos sustentar com os resgates pagos. Não somente, todos os agentes e inclusive o próprio chefe da divisão passaram a ter segundos, terceiros, quartos, quintos empregos para pagar a quantidade de Ice Tea disponível na sala dos funcionários e nossas máquinas caras, futuristas e decorativas.
O stress de ser agente secreto anti - terrorista, garçom e babá de cachorro no mesmo dia estava me consumindo. Após numerosos desacordos com Mestre, meu chefe, eu me demiti e  me tornei aquilo contra o qual eu tanto lutava antes. Me tornei um terrorista, um vândalo. Passei a andar com uma gangue das 2 às 6 da manhã, todos nós acreditando que a cidade nos pertencia, para escarrarmos nela, surrarmos e por fim destruí - la. Foi a queda mais brutal da minha vida. Minhas dependências e vícios que adquiri para suportar o trabalho naquela baiuca de divisão anti - terrorista se tornaram mais fortes que eu, e drenaram minha mente, decência, quase tudo o que eu tinha, e por fim, minha humanidade. A gangue para diante de uma lanchonete . Há um cartaz de papelão com a imagem de um terrorista caricato nela.

Líder (para um dos membros): - Você tá com a chave?

Membro: - Sim, está aqui... (procura no molho de chaves, demoradamente, até que um dos membros, com um martelo, arromba a porta de vidro. A gangue entra no estabelecimento. Alguns membros derrubam as cadeiras, Spi fica sentado embaixo de uma mesa, abraçando as pernas repetindo: "eu quero". Ele fala mais alto.

Líder: - Calma aí. espera. Tem uma farmácia no caminho, a gente passa lá depois.

Membro: - Por que a gente ainda anda com esse acabado de merda?

Líder: - Você vai passar a discutir de novo, porra? Vamos zoar esse mafuá inteiro!

(A gangue continua a destruição da lanchonete. O membro com o martelo quebra uma das mesas. O líder pula o balcão)

Líder: Abordar! (Ri confiante) (Começa a derrubar os pães de hamburguer pelo chão, o membro com o martelo amassa um deles com o martelo)

NARRAÇÃO: No meio daquele período, Mestre queria que eu voltasse, pois eu era um dos melhores agentes, e pelos meus conhecimentos básicos de informática, visto que ele importunava todos os agentes perguntando como se salva um jogo de paciência e por que ele não conseguia ver se ele era inteligente clicando AQUI! Ele me chamou para seu escritório, e usou toda sua lábia para me trazer de volta.

Mestre: - Você tem que voltar! Sentimos falta do seu serviço aqui!

Spi: - Ha, claro que não.

[Cenas da lanchonete]

Mestre: - Se você voltar, você ganha um almoço.

Spi: - Não.

Mestre: - Um jantar então.

Spi: - Não.

Mestre (furioso): - Caralho!!

[Cenas da lanchonete]

Mestre (Inquieto): - Se você voltar, eu te levo para jantar.

Spi: - Não.

[Cenas da lanchonete]
[Spi: - EU QUERO.
Líder: - Você sabe o que é esperar dois minutos, porra?!]

Mestre: - Assim que você me elogiar duas vezes, você volta e eu te levo para jantar.

Spi: - Bom, eu acho que seus olhos tem uma cor linda, mas não.

Mestre: - Você me elogiou uma vez.

Spi: - Tá, e daí?

Mestre: - Agora você só precisa me elogiar mais uma vez.

Spi: - Foda - se, vadia.

[Cenas da lanchonete]

Mestre (irritado): - Tá, tá legal. Eu te dou a minha coleção de DVDs do Crepúsculo.

Spi (alegre): S - sério?!

Mestre (enfático): - Emprestada! Por duas semanas! Por DUAS SEMANAS!

Spi (enfadado): Então não.

Mestre (ainda mais irritado): TÁ, pode ficar. Porra.

Spi (alegre/confiante): Beleza, então eu tô dentro de novo.

Mestre (confiante): E nós ainda por cima agradecemos por ter nos dado a oportunidade de livrar a cidade daqueles vândalos.

Spi (confuso): - C-como assim?

Mestre (confiante): Ha, se enturmou enquanto estava fora, ãh? As ações do seu grupo não foram discretas para ficar fora do nosso radar, e foram, no mínimo, amadoras demais. Nós apenas esperamos você desertar, o que ia acontecer mais cedo ou mais tarde. Eles agora serão exterminados.

[Franco - atiradores ao redor da lanchonete preparam suas armas]

Spi: - Não! Por favor! Eles são terroristas, (emotivo) mas são meus amigos!

Mestre: (Risada maligna) Eu não me importo! Não sei se você já se despediu deles, porque eles vão todos morrer! (Risada maligna)

Spi (desesperado): Não! Não! Por favor! Nããããão!

[Miram em dos membros]

(Mestre cotinua rindo diabolicamente)

[Disparam. Um deles cai morto.]

Líder (indignado): - Merda! São os pé - de - porco!

Membro (ponderando): - Ou seriam os rabo - de - rato?

[O membro com o martelo é atingido e morre (câmera foca ele caído, por cima, do busto)]

[Um dos membros se joga para evadir os tiros, mas é morto também]
[O líder saca a pistola, mira para frente, olha em volta, não há ninguém, há não ser os membros mortos e Spi repetindo freneticamente "eu quero". Close na parte superior do rosto do líder, suada, e com a visão preocupada. Ele é atingido e cai. Grita de dor, cobrindo com a mão o ferimento de tiro. Vê sua mão ensanguentada, e se enfurece [close nos olhos] Se levanta, e começa a atirar com a pistola, sem direção, gritando furiosamente. [Miram de novo no líder, mostrando dificuldade e dor para se manter em pé. Atirando novamente e ele é terminado, e cai de barriga para baixo sobre o balcão. Visão de cima da lanchonete. Atirador mira em Spi, mas recebe ordem de cessar fogo. Spi sai lentamente da lanchonete, assustado. E entra em um clarão branco.]

Short Colado: - Mas como você sobreviveu até os 4 anos com um ferimento no pulmão?

Spi: - Foi um saco. Eu não pudia correr, chorar, pular, e me mexer. Eu esperei até lá para o meu caso chegar no Criança Esperança.

Short Colado: - Puxa, sinto muito.

Spi: - Deveria sentir muito mesmo. Eu tenho feito qualquer coisa para esqueçer essa história, mas graças a você, eu lembrei dela toda.

Short Colado: - Ah, desculpa, eu não tinha a intenção, mas foi você que tocou no assunto...

Spi (irritado): - Não só isso. Você me lembra dela pelo que você é, pelo que você representa. Você é um moleque burguês engomado típico que toda emoção que chegar até você vai ser o mais pasteurizada e fria o possível. Você nunca vai ver a vida. Ou que ela tem pra ferrar você. Isso te faz um mimado, que daqui a um tempo, vai pensar em suícidio por qualquer coisinha que te desagrade. Eu cuspo em gente assim.

Short Colado (indignado): - Escuta aqui, só porque tudo na sua vida é uma merda e você acha que eu sou responsável por isso, e os outros tem que sofrer que nem você, não quer dizer que você tenha que ficar me diminuindo ou descontar o seu ódio e fracasso na vida com o seu discurso "engajado socialmente" ou sua história "impressionante" de superação na vida, que nem superação tem, porque você não presta. Você só é um cretino arrogante. [mostra o dedo do meio]



Spi se exalta, e se levanta pega Short pela gola. Short bate em Spi e este joga short em uma mesa de vidro e chuta ele. Os dois começam a brigar. E Spi tentou subir nele, mas Short, começa a chutá - lo violentamente. 

Spi (deixa escapar): - Porra! É mais difícil do que eu pensava!

Babá eletrônica (voz irritada): - O que que é mais difícil, (ênfase) Spi?! Sai da minha casa. Por favor, sai da minha casa. Você não é mais bem - vindo aqui.

Spi (zombando): Ah! Você ainda tem uma babá eletrônica! Vocês ainda usam uma babá eletrônica!

Short Colado (irritado, quase ao ponto de choro): - Sai daqui! Você ouviu? Sai daqui!

Spi deixa o uniforme vermelho e vai embora da enorme casa em que entrou. Ninguém o aguentava naquela época. Ele queria ser bem mais do que queria. Por algum motivo ou vírus ele virou um fanático das ideias crassas que ele teve na juventude. Talvez porque ele enfrentasse seu pior inimigo, Arenque, um sujeito que o despia da humanidade apenas para vê - lo como assassino, coisa que não era, e que iria ajudar um ditador, general Merdano. Ele iria ver a sua Spi Girl do momento, Mariko Krauz, se ao menos conseguisse falar com ela, pois ela tinha cara de cabra e nunca deu bola para ele, primeira vez. Foi nessa época que ele começou a procurar respostas astrológicas pra tudo, e não conseguia, e a filosofia não fazia mais tanto sentido.

Eu tinha vontade de fazer um desses filmes caseiros para apresentação maior para as turmas do ensino médio se houvesse a ocasião em que todos pudessem fazer. Desde o 1º ano. Essa tentativa de parte de roteiro foi escrita no começo do ano de vestibular e a vontade continuava, talvez só tivesse "acabado" quando entrei na faculdade.

Era do Conan o esmalte de unha verde

Saiba, ó príncipe, que há muito tempo, nos anos em que os oceanos tragaram Atlântida com suas cidades cintilantes e nos anos que presenciaram a ascensão dos filhos de Aryas, houve uma era inimaginada, na qual havia uma academia de MMA. Lá estava um moleque que havia começado há pouco tempo, um franzino que jogava league of legends e que entrou para cumprir a promessa que fez pelos comentários de Facebook de ir atrás de um cara e lhe dar uma surra porque ele disse que o jogo era "um lixo e ele era uma bichona por jogar", visto que a internet é coisa séria.
Ele foi abrir seu armário para pegar sua tralha e ir embora ao final da aula, mas ele abriu o armário errado e caiu tudo o que tinha dentro dele, junto com uma garrafa de água mal tapada que, ao cair, fez a maior merda. Foi um jorro de desculpas infantiloide o que seguiu, e dentre a galera que se encontrava ao redor, ele tentava saber de quem era toda a tralha que ele acabara de zonear.
-"É do Conan" - foi a resposta.

Conan era um cimério instrutor de MMA, um profissional de educação física que só falava de suplemento e alimentação, se apalpava a cada 5 minutos, e dava em cima de todas as suas "alunas". Mas não só isso. Em vida, Conan foi de tudo o que se pode imaginar, mendigo cantor, um ladrão miserável, um mercenário, um pirata, um estagiário, até finalmente sustentar a coroa da Aquileia sobre sua fronte frondosa que assusta as invejosas com cabeças decepadas, e transtornada pela bipolaridade com a qual se autodiagnosticou porque viu uma página na internet que ele olhou por cima, e achou tudo verdade.

Conan rondava em busca de álcool e emprego o vilarejo costeiro de Avadaquedavra, um rego do mundo onde estranhamente havia muitos mercenários nas ruas, na proporção de cinco por habitante. Sua população minúscula era extorquida até o último centavo para sustentá - los. O prefeito fisiculturista com chapéu cretino dizia que toda aquela despesa era protegê - los melhor dos ataques de piratas, que somavam quase um por dia. Os piratas promoviam uma violência bárbara e sem sentido naquela região, que roubavam todo o ouro, sequestravam as mulheres, queimavam os celeiros, mijavam fora do bacio, atacavam o zoológico e incentivam a fuga dos animais para estes intensificarem a destruição e pisotearem as crianças. Tudo numa frequência absurda que logo os deixava sem praticamente nada para roubar, de tão depauperado aquele povoado, mas talvez pudessem roubar o dinheiro que o prefeito fisiculturista desviava do orçamento dos mercenários para comprar seu uísque com whey e prostitutas. Com whey. Era isso que ele mais queria proteger daqueles bandidos sanguinários do mar, e dependesse dele eles nunca descobririam.

Tudo bem que o número de pilhagens havia despencado naqueles últimos meses depois que os mercenários vieram do Oeste. Mas isso também era um problema. Conan ia ter trabalho em achar um trabalho em sua área de especialização, que era trucidar pessoas com aço, fora que mercenários entediados e alcoolizados podiam ser um problema de vez em quando.

Conan achou a pior pousada da face da terra para ficar. Era cheia de cupim e formiga, e não tinha colchão; Ele teve que dormir no azulejo mesmo. Como um cimério, ele estava acostumado a condições piores, mas a recepcionista foi grossa com ele, daí não tinha como, ele quase chorou.

Por algum motivo, havia uma porta falsa que dava para o quarto dele. Um mercenário se esgueirou pelo estreito corredor até ela com óbvias intenções. Conan parecia absorto nos próprios sonhos, mas quando ele se aproximou, em um piscar de olhos Conan pegou sua espada pronta ao seu lado e atravessou o mercenário, cujos olhos ficaram vidrados de morte e em seguida largou o punhal que carregava. Conan esparramou as vísceras dele no chão, até por vingança besta contra o péssimo atendimento do lugar; ele queria ver a cara da faxineira quando entrasse, mas a reação mais provável seria: -"de novo?!".

Depois de exterminar o mercenário, ele destruiu a porta em um golpe de espada, pois era uma porta falsa e ele odiava falsidade e rabanete, pelo menos segundo as comunidades em que ele estava. Foi então que ele chegou em um quarto com uma mulher de beleza fantástica e pernas tortas, chamada Rainha Kashassa. Conan estava agindo com raiva louca e irracional (que ele ia justificar com a bipolaridade, assim como qualquer coisa), brandindo sua espada ensanguentada para todos os lados para baixo, parecendo um esfregão e coreografia do furacão 2000.
Conan queria pra ontem uma justificativa pela tentativa de assassinato.

Kashassa disse que queria purificar aquela região, achava que ele era só mais um mercenário nojento, ou pior, um pirata. Os piratas eram odiados pela antiga dinastia de Huanacon, governada por vampiros segundo as lendas, pelos aldeões de Avadaquedavra, pelos indígenas, e até certo ponto por eles mesmos, então se tornavam emos, e em seguida eram odiados pela sociedade em geral.

Mas ela acreditava que Conan se provou digno (só matando um pelassaco dispensável e quebrando uma porta, mas quem imagina as ideias estranhas de dignidade que ela tinha), e juntos poderiam limpar os mares de piratas e restaurar Huanacon à sua antiga e tenebrosa glória, com sacrifícios humanos.
Conan achou boa a ideia disse que sim, queria participar, só que ele tinha problemas para se comunicar, então disse sim tacando uma luminária a óleo no quarto, incendiando toda a pousada, e todos os hóspedes e funcionárias morreram naquele incêndio criminoso.

No dia seguinte, o prefeito fisiculturista verificou a situação, e disse que Conan não podia ficar fazendo isso, que tinha que ser bom ateu com a família. Ele foi condenado à ficar no mesmo lugar, sentado na praça, pensando no que fez.
Mas ele fugiu logo que o prefeito idiota deu as costas! Conan não respeitava nenhuma lei e não dava a descarga!

Conan subiu no primeiro navio no estaleiro que viu. O capitão era um mestre homem - barco, que podia flutuar sobre a água e nem precisava de um barco realmente, mas ele queria ter um barco para chamar de seu "escravo"! E ele tinha medo de trovoada e palhaços. Ele era muito simpático para aquele tempo sombrio e se apresentou:

"Meu nome é Olerit, estamos indo para Cush trocar bolinhas de gude e sedas e açúcar e figurinhas da copa repetitivas e sandálias de gladiador por marfim e cobre e cobras e escravos ou talvez pérolas"

E Conan disse que ele era Conan. E disse para partir logo porque a polícia estava atrás dele. Foi uma desculpa péssima, pois além do lugarejo não ter nenhuma polícia digna de ser chamada assim, Olerit disse que não podia transportar um homem procurado, então Conan fez beicinho.

Mas então Conan pensou um pouco... tinha algo errado com aquele barco, não podiam ser mercantes de verdade... Afinal, aquela carga... Quem em sã consciência compraria bolinhas de gude e sandálias de gladiador?! Assim eles foram expostos!

"Sim" - Uma mulher fez umas acrobacias com cordas que demoraram uma hora inteira pra terminar, e quando quase todos estavam pegando no sono, ela disse: "não somos um navio mercante. Somos contrabandistas, e piratas. Meu nome é Valesca da Irmandade Negra" - disse Valesca da Irmandade Negra; a pior dançarina do mundo, mais descoordenada impossível,  rosto feio, corpo razoável, que tinha armadura expositiva com powerpoint e outras bugigangas, e um elmo de chifres nojento que parecia não ser lavado a meses.

Ela aceitou Conan como seu passageiro, na condição de manter a cabeça e os braços dentro do navio durante toda a viagem. Logo ela e Conan se tornaram mais íntimos, apesar da mania do último de tocar My Chemical Romance, e de jogar restos de comida do casal para Olerit, da janela da suíte marítima com espelho no teto.

Muitos perderam a cabeça por essa paixão, e os dois incendiaram vários barcos ao longo da Costa Muito Boa Com Coisas Legais, que apesar do nome possuía lugares como Avadakedavra. Só que eles não conseguiam roubar nada deles, pois incendiavam os barcos antes de saqueá - los, só para vê - los queimar em caos e destruição. Fora que piromania é comum em pessoas com retardo mental.

E às noites, a tripulação ficava apreensiva e tinha que aturar o rito de acasalamento de Valesca, que era muito forçado, imbecil e asanino, com direito a gritinhos agudos irritantes e choro fingido. Eles tacariam um sapato nela, mas era o emprego deles que estava em jogo...

E assim seguiu, só que Valesca e Conan romperam, sob supostas diferenças criativas, que começaram depois que Conan começou a ver uma japonesa.
Ele foi então abandonado ao longo da costa, apenas com sua espada enferrujada pela maresia para sobreviver. Alguns dias depois, o barco "mercante" foi destroçado por navegação alcoolizada e fuga de perseguidores.

Agora era só Valesca sozinha, andando pelas selvas de Zarqueba, procurando comida chinesa. Logo Conan caiu das árvores imediatamente acima dela. E ela teve orgasmos múltiplos quando o viu, dizendo: "Conan da Ciméria!" - apenas para ouvir em réplica um "Pára, porra". Agora eram dois andando pelas selvas de Zarqueba procurando comida chinesa, com a única mudança sendo a busca de Conan por frutas saudáveis de Derqueta, e um açaízinho, pois ele tinha medo de ficar frango depois de tanto tempo sem 'treino'. Quando ele perguntou como ela foi parar ali, ela explicou mal a história do naufrágio e disse que o motivo foi ter se metido com os interesses comerciais de um nobre estígio, comedor de gatos, em vários sentidos, só que apenas da palavra "comedor". Fora que ela peremptoriamente se recusou a cantar e rebolar pra ele.

Assim que deixaram o matagal para se aventurarem pelas planícies, avistando à distância uma enorme cidadela. Mas logo descobriram que seus arredores estavam cheios de furiosos dragões terrestres! Eles correram para a segurança, e Valesca arrancou das mãos de Conan uma das frutas saudáveis e atirou em um dos dragões, que explodiu em seguida. Mas Conan ficou triste com a perda daquela fruta em especial dentre 30 iguais que ele perdeu tempo coletando.

Ao entrar na cidadela, viu que ela era cheia de corredores quase que projetados para gigantes, praticamente vazia, mas já viram que lá mesmo havia problemas com gangues, mendigos, e drogas. Foi um longo caminho com o cheiro da morte à espreita até o que identificaram como a sala do trono, e lá encontraram dois líderes, Ayepec e Cancela. Foram eles que lhes deram as boas vindas a Huanacon, outrora uma gloriosa capital. Aqueles corredores guardavam várias histórias de encarniçados conflitos, e era muito evidente a decadência daquele lugar. Praticamente deserto, exceto por aqueles dois, um segurança de supermercado sempre alerta, e um filme ruim projetado na parede, 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Conan viu em Cancela a mulher mais bonita que já havia visto, mas os olhos... era estranho, era como se já tivesse visto aqueles olhos antes... Onde poderia tê - los visto? Em um rosto, pois é lá onde ficam os olhos. Isso tranquilizou a mente de Conan.

Quando Ayepec, da barba afiada, perguntou o que faziam ali, eles responderam que eram náufragos e queriam o caminho da saída, para a civilização mais próxima. Só que a única civilização próxima era a odiada Estígia...

Foi então que Cancela ofereceu uma oferta para eles: que atacassem os piratas que vagavam por ali, em troca de abrigo nesse mundo cão. Sem que ela soubesse, ela inventou todo um sistema primitivo de trabalho. Em que o método para bater ponto era colocar um esmalte de unha verde em uma estante toda vez que um odioso pirata morresse.

E aceitaram, fazer o que, não tinham nada melhor pra fazer. Só que fazia muito tempo que não aparecia um pirata por ali... talvez fossem os dragões que rondavam a região. O único que conseguiram foi Auro, um terrível bucaneiro fumante vindo de Sargos que veio ali trocar iogurte grego por espelhos para ver um mundo doentiiiii. Valesca já sabia do papo dele, que não colou. E foi assim que a cabeça dele rolou pelo convés, junto com o corpo.

Mas foi a única empolgação que conseguiu. Tudo estava andava de mau a pior. A falta de comida saída do céu era um problema, e aquele segurança por mais que recebesse nunca aparecia. Um dia Conan foi se queixar com Ayepec que tava com sono, com fome, com sede, e com frio, mas o que viu era um ritual muito louco: Valesca estava sem nenhuma roupa deitada sobre um altar sacrificial presa por tiras de couro, e Cancela erguia uma faca!

Conan agora se lembrava dela, era a antiga rainha de Huanacon, Kashassa, que agora ele achava que era Kaishadechá, ou Kaisercomchá, não se lembrava e ficou sem graça. E ela foi bem devagar e de forma ridícula até ele, agora com um sabre de luz dos sith, e ela disse: "dessa vez, não haverá entrevistas!" - "Mas da outra não teve!" - foi a resposta de Conan. E ela decidiu transformar Ayepec em um demônio, no demônio que ele sempre foi, só que sem ameixa e brigar com os filhos por causa de the sims. O sabre de luz foi uma distração barata, e não ajudou quando Ayepec se descontrolou e matou ela com suas garras e ignorância geográfica.

Ayepec também matou Valesca com o sabre de luz e depois o jogou fora: "as gerações futuras nunca precisarão disso!" - E foi nesse momento chocante que Conan descobriu que Kashassa foi um travesti durante toda a sua vida imortal, além de meio racista. Ele tinha esse incrível talento de fazer descobertas inúteis em horas inapropriadas.

E quando Ayepec ergueu as garras e deu a glória ao seu senhor, Conan achou que aquela era a hora que ele iria se encontrar com seu criador. Mas o fantasma de Valesca apareceu e cortou a mão do monstro com uma espada que não existia, e ele começou a gritar de dor. E foi a deixa para Conan atravessar o coração de trevas da fera com sua espada, que existia. Ayepec encontrou a paz final depois de sua horrível e demente transformação.

Conan agora tinha perdido tudo e estava meio triste. A primeira coisa que escutou, quando virou as costas num sobressalto foi um "oieeee" - era o duende tolo e meio vampiro que era o amante com qual Cancela, ou Kashassa, no caso, chifrava Ayepec, e não valia a pena para nenhum dos lados. Na saída, Conan o tirou de sua miséria com decapitação.

A tristeza assolava a alma do gigante cimério. Um cimério não iria chorar, mas Conan estava se debulhando, feito uma criança, pois somente os fortes choram. Ele foi embora daquele litoral cheio de más memórias com duas tartarugas amarradas por seu cabelo cimeriano e eventualmente chegou na Aquileia, a terra da qual seria rei.

Mas enquanto isso, ele teve que se contentar em arranjar logo um emprego para não morrer, e no caso foi com algo que não precisava de técnica, prática ou formação: MMA. E ensinar essa arte marcial era meio que um eufemismo para "revendedor de suplementos". Eventualmente Conan deu a volta por cima e descobriu que para suas melancolias gigantescas do passado havia gigantescos júbilos no presente.

E quando Conan viu que aquele nerd franzino zoneou suas coisas, e que ainda quebrou um vidro de esmalte verde que tinha guardado, teve que botar moral e arrebentou a fuça do guri com um soco, e disse: "Isso é por encher a linha do tempo dos outros dessas porcarias irrelevantes de league of legends".

Moral: Faça esportes ao ar livre com os amiguinhos.


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Jesus chorou

Tudo começou há muito tempo, quando tinha um seriado bom, e depois de um monte de temporadas, prolongado à exaustão por intenções mercenárias. Os fãs viviam para choramingar que "as três primeiras temporadas eram melhores", mas continuavam assistindo de qualquer jeito, O Criador sabia que não poderiam parar, era pior do que crack, ele mesmo sabia, enquanto enchia as burras de dinheiro com os anunciantes. Pode se falar em fãs como quem simplesmente liga a televisão ou baixa na internet o bendito seriado, mas há fãs que se dividiram em uma categoria patética, os tropeiros!
Os tropeiros formavam exércitos, de legiões, de falanges, de coortes infernais, de gaviões da fiel, de furacão 2000, destinados a analisar cuidadosamente tudo o que ocorria no seriado e bolar categorizações crassas a respeito, como um jargão forçado para uma coisa tão besta.
O lobby infecto deles era TÃO forte na internet que eles editaram a página na wikipédia sobre tropeiros, definiram como uma filosofia de vida, emprestando toda a credibilidade que o site tinha a seus ideais!
Uma coisa inócua em geral, mas o problema veio que eles ficaram simplesmente ultrajados com o fato de um dos personagens teve uma mudança de comportamento e se antes ele agia de uma forma cativante para eles, ele se tornou um 'bobão' que agia sem nunca considerar os outros! Certamente era o maior problema deles o que ocorria com uma pessoa fictícia às 3 da tarde!
Então entraram com uma petição no Tribunal Internacional da Haia para processar esse criador terrível que permitia que uma atrocidade dessas acontecesse, de um personagem elevar a voz com alguém que ele gostava! Sem nem pedir desculpas no episódio seguinte.
Não obstante, eles foram até a casa dele, arrastaram ele para fora, e começaram a bater nele com um cano. E deixaram avisado: se ele ousasse que um personagem fizesse algum mal a outro, seria o fim dele!
Infelizmente não havia nenhum grupo para julgar como imoral e chocante o que eles tinham acabado de fazer. E o programa foi cancelado umas poucas semanas depois, enquanto que porcarias que nunca tiveram um momento bom continuavam lá.

Epílogo: Na esteira de seriados enlatados idiotas, houve um que tratava da vida cotidiana de personagens uma vizinhança na Noruega. Eles tinham bons empregos, boas famílias e tudo dava certo. Teve um episódio que teve uma festa na casa de um, em que um deles sem querer esquecia a carteira, momento categorizado como "dramático" pelos tropeiros, deixando eles em lágrimas histéricas e convulsivas. Só que no fim do episódio ele consegue achar, estava no bolso de trás. Mas o simples fato de ter havido uma festa em um dos episódios já destoou completamente de toda a série e esses fãs ficaram ultrajados com essa guinada obviamente comercialista e apelativa da direção. A série perdeu toda a credibilidade e pararam de assistir, acabando duas semanas depois.

Spi: Nada arriscado, tudo perdido

Tudo começou há muito tempo, com Spi, o maior espião de todas as lendas da espionagem, que envolviam tirar fotos de mulheres mortas no Instagram com uma câmera de 2 pixels, também para deixar o orc envergonhado com as fotos dele bêbado num casamento. Spi, quando vestia alguma coisa, era um colante roxo muito apertado e másculo, tal como sua bebida favorita, caipirinha de cereja com adoçante e guardanapo enrolado no copo; batida, não mexida; fora sua crença fanática em astrologia.

Naqueles últimos dias, Spi andava muito preocupado em encontrar sua versão feminina, porque Mestre disse que ele tinha uma, enquanto lhe ordenava cuidar de Olga Relâmpago, a filha do nazista: "É muito importante para nós que você cuide da Olga Relâmpago, filha do nazista. E, a propósito, você tem uma versão feminina".

Sim, seria bom encontrar a versão feminina... Spi a conheceu há muitos anos, e ela era uma falsa bruxa de um coven mais ou menos, seguidores da bruxaria hipster, comunidade cujo uso de ironia forçada e superficialidade crassa eram sofríveis, tanto que a ideia deles de paganismo era colocar "Deusa" de vez em quando em suas imagens com memes esgotados... E eram seguidores do Deus - Couve, bebedor do sangue dos inocentes, quebrador de colunas vertebrais ao meio, espectador de terceiros filmes do Batman decepcionantes... Deus patrono de vegetarianos fanáticos.
Agora Spi acreditava mais do que nunca que estavam prometidos um para o outro, pois foi a única que ele realmente amou, e estava conforme suas interpretações completamente canhestras de horóscopo feitas por "astrólogos" imbecis que nem ele.

Ele havia  ouvido rumores pouco confiáveis sobre o paradeiro e atividades dela; segundo eles, a versão feminina dele era uma vagabunda indulgente e arrogante com um estilo de vida "bon vivant", o que quer dizer que ela só bebia aquelas cervejas importadas ou de "microcervejarias" com preços exagerados que têm gosto de perfume aguado servidas em copos de proporções idiotas e só come coisas compradas no mercado municipal que não custam menos de R$ 40,00... O que em si não é tão mau, mas toda a vida vazia dela girava em torno de coisas fúteis e/ou comestíveis; era a guria que achava legal ficar bêbada pra chamar atenção, fora que a ideia pessoal dela de ser legal era ter uma pistola pífia. E ainda achava que era uma cidadã de bem "mente aberta" que conseguia esses confortos patéticos com seu "nobre" trabalho, que aliás, como versão feminina de Spi, era de se esperar também que ela vivesse aventuras nas quais arriscava a vida, mas sua rotina era de fazer nada e dormir, com o mal que ela precisava combater se ferrando de algum jeito alheio à própria vontade, porque a palhaça não tinha vontade; parecia uma criança mimada e preguiçosa. Verdade seja dita, ela tentava às vezes matar algum carinha a serviço do mal (diga - se pobre) com movimentos de ioga. O criador dela foi muito mau com ela, ele em si já era um otário metido e pretensioso igualzinho à ela, só que com menos dentes... e o filho dela que ela nunca via era um mimadinho babaca.
Ela entediava todos à sua volta a ponto de cogitarem o suicídio, e absorveu umas coisas muito ruins do seu ex, Anjo Godzilla, sujeito gótico-punk que sofria de uma doença mental grave que fazia com que sua cabeça nunca saísse de cultura mais datada dos anos 90 e achasse ela relevante. Spi pesquisou o passado dele para ver se era um agente inimigo, mas era só um agente da cretinice grotesca.

Ele interrogou os integrantes do Couve mais ou menos de bruxaria em que ela participou, incluindo Cavalo de Prata; revirou todos os dados a respeito deles, com tecnologia de ponta e rastreamento de dados avançadíssimo... Orkut. Eles todos se incomodaram aos montes com a implicância que Spi tinha com sua versão feminina e só falaram que ela havia deixado o Couve há vários sem dar satisfação, que haviam querelas internas e seres tramavam para dispersar o grupo. Diante da falta de resultados, Spi bateu os pés e começou a chorar, como qualquer superespião profissional faria.

Ele via o rosto feio dela em todos os lados, e precisava de uma resposta dos céus... Ela só poderia ser encontrada em um lugar com consumo ilimitado e infantiloide de bebida e drogas. E na hora lhe veio à cabeça o Comunicabitch 2014. Assuntos de espionagem e segurança nacional tiveram que esperar até a data desse evento escroto, enquanto Spi se angustiava em casa, preparando umas frases feitas para encontrar sua versão feminina.

Quando a hora chegou para lutar, ele além de não lutar foi para aquela convenção de cretinos, levando a Olga junto. Afinal, nada melhor do que levar uma guriazinha de 11 anos para um lugar onde as pessoas agem que nem animais de tão bêbadas e drogadas, ou se tornam babacas contadoras de vantagens que se excedem.

E lá estavam eles, se acotovelando entre os trastes que se amontoavam na praia que eles poluíam já somente com a presença deles. Olga disse que talvez não valesse a pena procurar ela, afinal, ela era uma pagã  e merecia ser queimada, porque não foi capaz de encontrar a verdade hipster na Igreja Católica e tinha que ser aquela do papa anterior, esse aí tá muito frouxo. Tinha que trazer a Inquisição de volta. Fora isso, ela achava um absurdo que houvesse negros e judeus naquele evento... não, sério, como é que pode! Imagina que tipo de abominações poderiam sair daquela miscigenação, até a ciência e os FATOS dos jornais provam, todo mundo deveria saber.
Das muitas coisas que Olga odiava em seu coração odioso, a principal era cabras. Sim, cabras. Cabras são animais imundos que deveriam ser executados sumariamente pelo que fazem... Nada... Sim! Nada! Elas estão sugando nas tetas do Estado e tirando recursos dos cidadãos brancos superiores para não fazer NADA que não seja comer grama! E além de tudo, se permitem matar para virar comida de sub-raças como nordestinos!

Spi mandou ela pastar, porque o que estava em jogo era importante. Para se identificar melhor para sua versão feminina, ele pegou uma faca e talhou uma lua crescente na testa, símbolo da Deusa, que provavelmente ela ia achar linda, em especial com a infecção que estava formando. Do nada, ele viu que o Couve que ele interrogou antes estava lá! Mundo de homens! Eles também estavam atrás da versão feminina... pois ela simplesmente tinha deixado o Couve há 10 anos atrás, quando faziam reiki, levando todo o dinheiro que tinham! A busca de Spi lhes deu motivação para viver e um pretexto para encontrá - la e lhe atribuir uma justiça não - especificada. Era a marcha de Jesus! Só que sem Jesus, e com Deusa no lugar, e Deus - Couve.

Mas antes de mais nada, tinham que achar a versão feminina. Não poderia ser tão difícil assim, era quase certo que ela estava naquele antro de vício. Havia representação de várias baterias, inclusive a da FDP, chamada Los Mamados, um bando de playbas que só sabiam encher a cara, era a única coisa que faziam certo, e olhe lá. Além disso, eles prometiam nos pacotes para seduzir os inocentes coisas como acasalamento de cactos e uma guria em estilo anime, com um peito decepado.

Spi achava que poderia adquirir informações deles, não pergunte por quê. O problema era que o principal fornecedor de bebida e drogas era Shawarma, um árabe muito mau que não se importava com os problemas da humanidade, não reparava na dor da vendedora de chicletes. Nem na dor de Spi em busca de sua grande paixão que ele imaginou em uma tarde em sua casa cheia de fezes de gato.

Dependesse do inescrupuloso Shawarma, todos lá ficariam sem poder dar nenhuma resposta a Spi de tão grogues, e achando isso legal. Alguns achavam que eram vampiros, e era uma pena que não morressem quando expostos ao Sol, de tão vergonhosos. Era uma questão de honra agora dar um jeito em Shawarma para que os pobres acadêmicos não se enchessem de drogas e esgotassem completamente suas vidas que papai e mamãe supriram.

Foram tentar encontrar ele, ver se ele quis pegar uma prainha, enquanto que Olga odiava o Couve mais ou menos por suas heresias, e ouvia hip hop hipócrita. E ele foi abordado por um moleque de prédio, com os dois olhos opacos de tanta maconha, que já havia bebido todas, que perguntava, muito generoso, se ele queria camisinhas, se ele queria orgia com travecos, se ele queria loucura anal, se ele queria fotos de filha de professor. Spi disse não para todos os itens, embora se deteve na parte da loucura anal pra refletir. Mas quando notou, o meliante já tinha sacado uma faca enferrujada, estava na dele! Então Spi usou de sua maestria milenar do jiu jitsu para se abaixar, pegar um galho no chão e jogar nele. O galho caiu entre os dois braços do meliante, e ele se debateu um pouco para tirá - lo e morreu em seguida, devido a graves ferimentos.

Olga e o Couve ficaram chocados com o assassinato daquele guri! Pobrezinho! As drogas turvaram o pensamento dele! Spi era um monstro que agiu de pura maldade só porque ele tinha uma faca enferrujada apontada pra goela dele.

 Precisavam urgentemente encontrar logo esse Shawarma. Já sabiam da presença dele ali, mas como?

Os dias de paz não estavam para durar... O amor de Shawarma pelo dinheiro dos estudantes se tornou forte demais. Uma doença começou a crescer dentro dele; era uma doença da mente. E onde a doença prospera, coisas ruins seguem.

A primeira coisa que ouviram foi um barulho que parecia um furacão vindo do norte. As árvores rangeram e se quebraram em um vento quente e seco.

Era um helicóptero de ataque vindo do norte. Pêssego veio.

Foram tiros de metralhadoras e explosões para todos os lados!  Vários dos festeiros iam pelos ares! Em pedaços. A areia foi completamente tingida de sangue! O número de mortes entre os participantes só aumentava; alguns se jogavam no mar desesperadamente para sobreviver, mas acabavam encontrado o destino do mesmo jeito, enquanto o odioso helicóptero os enchia de chumbo.

E Shawarma, o único que poderia ajudar Spi e seus inquietos amigos, também levou vários tiros que estouraram sua cabeça e morreu em cima de um isopor cheio de Itaipava, e todos ficaram com nojinho de beber Itaipava suja de sangue e miolos. E tinha um isopor de bohemia ali no lado, que Pêssego fez questão de destruir completamente. O lugar daquela cerveja pretensiosa não era ali, quer dizer, não era em nenhum lugar.

O Couve mais ou menos foi mais ou menos aniquilado, com todos os seus integrantes transformados em peneiras humanas e com uma explosão entre eles, a fim de espelhar suas tripas pela praia.

Olga estava apavorada e chorando: "O horror... É cruel demais!" - e campos de concentração não o são, eram que nem colônias de férias, não é mesmo, querida? Spi correu para protegê - la, por mais que ela não merecesse.

E ele conhecia Pêssego... Seu arquiinimigo desde sempre! Nascido de uma orgia muito louca entre seus pais pilotos e um helicóptero, foi ele que ajudou os assassinos que mataram seus pais, mas em nome de quê? De dinheiro! Maldito seja!

Spi correu em cima da água para deter Pêssego, e com jiu jitsu travou luta corporal ferrenha contra ele! E paquera de montão!

Spi ainda queria respostas de Pêssego, se não ele, quem mais poderia saber sua versão feminina, que não fosse Mestre, que disse que sabia, mas Spi tinha vergonha de perguntar? Pêssego pertencia a uma sociedade meio alternativa chamada Agamenon, envolvendo uma família também importantíssima, mais importante que as outras, dentre as 5 do universo em seus almoços de domingo!
Pêssego só conhecia a versão feminina de Spi como uma conspiração maligna da Agamenon para atrair Spi e matá - lo, com a participação de Pêssego que queria pessoalmente assegurar a eliminação de um superespião para jogar dinheiro em cima dele. Mas sabia que ela existia.

"E onde ela estaááá?!" - perguntou um Spi todo mordido. Pêssego teve que falar no ouvido dele, porque ele era todo encabulado. Spi agradeceu bastante e irritantemente, indicando traição! Spi o atirou numa velocidade de 150 km/h e Pêssego atingiu um tronco que funcionava de trave de futebol para alguma falecida atlética que esteve lá, e não foi a primeira vez que Spi viu um helicóptero explodir.

Spi localizou Olga e a levou para casa, e finalmente soube qual fim teve sua versão feminina.

Ela estava no Inferno, em um mar das fezes de Satã, e foi condenada a ver seu criador ser impalado lentamente, só para ver se ela sentia algo, e no caso negativo como foi, ela teve seu interior substituído por moscas varejeiras e era corroída por um ácido que era o que ela consumiu em vida como álcool e carne azulada, isso sem falar de milhares de fantasmas apareceram para violentá - la por propagar cervejas pretensiosas. E ela explodiu também.

Moral: Sempre abra a porta do carro para os outros.

Epílogo: Olga Relâmpago, filha do nazista, por sua vez, teve a humilhação de sua vida quando ela viu os resultados de sua análise do DNA que diziam que ela era 99,999% negra, mesmo sendo loira de olhos azuis. Quando ela postou isso nos fóruns do Stormfront brasileiro, seus nobres "camaradas" crianções,  que tem queijinho entre as vastas dobras e cogumelos no cabelo, iludidos e pretensiosos de 30 anos que parasitam os pais, se mijaram de rir e a expulsaram do site para sempre. Existem males que vêm para o bem...

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Abinoã: Futebol no Inferno

Tudo começou há muito tempo, em um pacato jogo de futebol amador da firma em que Abinoã estava jogando. Abinoã cometeu exatamente nessa ordem, um gol contra, uma falta e um frango.
Ele foi reclamar com o árbitro do que ele considerava uma tremenda injustiça, pois não era possível que um gol feito exatamente no gol do time dele pudesse contar pro adversário, ou que um murro na nuca de um jogador fosse uma falta! Isso ou explicaram rápido demais as regras pra ele...
O árbitro não quis nem saber, prontamente puxou uma faca de manteiga, que era só pra ameaçar, mas nisso sem querer rasgou o ventre de Abinoã, que jorrava sangue!
A torcida de 5 bêbados do time de Abinoã reagiu com sangue nos olhos, e eles desceram da arquibancada e espancaram e apedrejaram o time adversário, e logo em seguida os travestis da outra torcida começaram a atacá - los com facões de cana.
Dois torcedores do time de Abinoã agarraram um jogador do time rival e puxaram cada um de um lado até que ele fosse rasgado ao meio num jorro de tripas e sangue!
Atearam fogo em um dos travestis e quebraram o pescoço de outro! Mas um dos torcedores de Abinoã levou um talo de facão no braço que com certeza iria infeccionar e seria o fim dele. 
O árbitro se escondeu no banheiro, mas torcedores de Abinoã que lutavam kung fu o encontraram e arrebentaram todo o banheiro com ele. Ele foi arrastado com cacos de azulejo alojados em todo o corpo, deixando uma trilha de sangue atrás dele. Em seguida ele foi decapitado com uma marreta e seus outros membros foram cortados e transformados em churrasco, muito para a alegria de um dos "jogadores" do time de Abinoã que era um tibiano que odiava esportes e foi lá só por pressão dos pais.
Mas os travestis apareceram! Eles também queriam comer! Então o 'líder' da torcida de Abinoã, que estava mais bêbado que um gambá, descarregou um revólver na cara de um deles! Pegou todas as balas e jogou nele! Ele jurava que isso ia funcionar, ele achava que tinha visto isso no Naruto!
Foi então que os travestis atacaram com seu grito de guerra da linguinha hedionda, que nem índios! Todos os torcedores de Abinoã foram esfaqueados na língua e alguns nos olhos.
Mas um deles, o mais gordinho, foi feito refém pelo tibiano, o único do time de Abinoã que sobrou, que queria também extorquir a conta do gordinho no jogo! Mas então ele descobriu que ele não jogava tibia, disse em voz bem alta: "nossa, que otário!" - e matou ele e saiu correndo; mas ele era muito sedentário, e tropeçou e morreu.
E ninguém ajudou Abinoã, que morreu ali no meio do campo à noite, depois de agonizar durante horas. Puxa vida essa mentalidade atrasada e obscurantista que impede as pessoas de tomarem cuidados mínimos de primeiros socorros.

Moral: Obedeça seus pais.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Lábios que nem trovoadas

Tudo começou há muito tempo, em um evento de caridade para ajudar as crianças com pernas de banana. A maior atração dele era um ringue e a presença de Lábios de Trovoada, famoso lutador de Nestleio, assim chamado por causa de uma alergia grave a tiros e a ar puro que fazia seus lábios incharem grotescamente.

Nestleio era a mais nova arte marcial modista do momento, criada pela Nestlé, que consistia em imobilizar e bater nas pessoas com chocolate. Tudo relacionado à luta era monopolizado pela Nestlé, que para atender às demandas dos boçais que acompanhavam ativamente as lutas criou barras de chocolate sabor whey e energético. E Lábios de Trovoada era cercado pelos fãs e distribuía autógrafos aos montes, apenas fazendo pose de mau e  provocando seus desafiantes do ringue vazio, que ia continuar assim, porque só ele se incomodou em aparecer e era o único válido; todos os outros lutadores de Nestleio estavam se tratando de diabetes.

Mas, em meio à multidão, eis que aparece Abinoã, o tigre que vomitava, que ousou desafiar Lábios de Trovoada a um duelo até a morte! - Todos observaram em choque! E em tais circunstâncias Lábios de Trovoada aceitou!
Abinoã, em realidade, não sabia patavina de luta, mas achava que era páreo para ele, pois havia feito calistênicos quando tinha 9 anos de idade, mesmo que recentemente ele passava o dia inteiro vendo pornografia e fazia 3 abdominais e se achava forte!

E mal começou a luta, Lábios de Trovoada já limpava o chão com Abinoã; ele quase fez uma fratura exposta no braço de Abinoã, quase lhe causou duas punções pulmonares ao lhe arremessar no chão, fez uma massagem nas costas que quase quebrou a coluna dele em pedacinhos de peixe! Tudo "quase"; a única coisa que não foi "quase" foram os beijinhos que ele deu na nuca de Abinoã com seus lábios inchados e cheios de eletricidade estática, contra os quais Abinoã protestava: "Para com essa veadagem, porra!" - O que era meio hipócrita vindo de alguém que jogava League of Legends.

E Abinoã conseguiu se livrar e passou a reagir! Abinoã deu uns murros medonhos na fuça de Lábios de Trovada; o barulho que faziam poderia ser confundido por um passante distraído com alguém sacudindo uma folha de alumínio contra o vento... E Lábios de Trovoada ficou completamente desfigurado e ensopado do próprio sangue!

Foi então que ele fez com que um raio caísse exatamente em cima de Abinoã, que foi eletrocutado de tal forma que todos os fluídos corporais dele evaporaram e ele foi carbonizado.

Entre tudo isso, o evento de caridade não arrecadou nem dois reais, visto que todos os presentes eram uns carniças que nem se incomodaram com objetivos filantrópicos, e ainda comeram toda a comida do lugar, que nem uma praga de gafanhotos;

Pelo menos depois da luta houve uma entrevista com Lábios de Trovoada, e todos viram que ele era uma pessoa muito bacana.

Moral: Estude todos os dias.

Moral 2: Diga não a pessoas que sentem necessidade de ler todas as placas que veem pela janela do carro/ônibus.